REGIÕES
LISBOA: JOVENS MANIFESTAM-SE CONTRA A PRECARIEDADE E CUSTO DE VIDA
Cerca de um milhar de jovens trabalhadores participam hoje, em Lisboa, na manifestação promovida pela Interjovem, organização da CGTP, pedindo aumentos dos salários e contestando a precariedade e a subida do custo de vida.
Cerca de um milhar de jovens trabalhadores participam hoje, em Lisboa, na manifestação promovida pela Interjovem, organização da CGTP, pedindo aumentos dos salários e contestando a precariedade e a subida do custo de vida.
Os jovens trabalhadores de vários setores de atividade partiram do Rossio cerca das 15h30 rumo à Assembleia da República, envergando uma faixa com as frases “basta de empobrecer a trabalhar”, e “precariedade é para acabar”.
Ao ritmo do cântico popular “Malhão, Malhão” — e respetivo bater de palmas –, sob os olhos dos turistas que passavam pela Rua do Carmo, os manifestantes entoavam “ó patrão, patrão, ó capitalista, ó patrão, patrão, ó seu vigarista, nós a trabalhar, lucros a aumentar, sem salário à vista”.
Além da faixa, os jovens empunhavam cartazes onde se lia “paz, pão e direito à habitação” e “há meses a mais para o meu salário”.
Na manifestação, que se realiza no Dia Nacional e Mundial da Juventude, estão, de acordo com a Interjovem, “perto de um milhar” de pessoas.
Em declarações à Lusa, o coordenador da Interjovem, Dinis Lourenço, defendeu a necessidade de “decisões urgentes que alterem o rumo” de “degradação das condições de vida dos jovens” que saem cada vez mais tarde de casa dos pais devido aos baixos salários e à precariedade.
Entre os manifestantes, Rita Branco, 26 anos, enfermeira na administração pública, contou que atualmente os enfermeiros fazem horas extraordinárias e têm “duplos e triplos empregos” para conseguirem viver e defendeu que é preciso “estabilidade” no emprego e que o Estado deve ser o primeiro a dar o exemplo.
Também Vinicius, jovem de 24 anos com contrato a termo no setor bancário há dois anos, disse receber o salário mínimo nacional “que não proporciona o mínimo” e por isso vive ainda em casa dos pais por não conseguir arrendar ou comprar casa.
Na Calçada do Combro, em declarações aos jornalistas, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, salientou que a manifestação mostra que a juventude trabalhadora “está a tomar nas mãos os destinos das suas vidas”, exigindo melhores salários e estabilidade.
“Neste combate contra os baixos salários, contra a precariedade, contra a desregulação de horários, é uma grande alegria ver esta gente nova, com esta capacidade e esta determinação. (…) Vamos daqui com muita confiança e de peito cheio”, disse.
Paulo Raimundo defendeu que são manifestações como a de hoje que estão a obrigar o Governo a tomar medidas como a isenção de IVA num cabaz de bens alimentares, apesar de, ainda assim, serem “muito limitadas e muito insuficientes”.
A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, participou numa outra ação da Interjovem, sob o mesmo tema, que se realizou em simultâneo em Vila Nova de Gaia.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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