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MARINHA GRANDE: BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS ‘QUEIXAM-SE’ DE FALTA DE MEIOS

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Marinha Grande queixou-se hoje da falta de meios humanos e materiais, e lembrou que tem dois veículos florestais de combate a incêndios, um com 36 e outro com 39 anos.

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A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Marinha Grande queixou-se hoje da falta de meios humanos e materiais, e lembrou que tem dois veículos florestais de combate a incêndios, um com 36 e outro com 39 anos.

“O voluntariado tem vindo a ter menos adeptos nestes últimos anos e temos muita dificuldade em atrair jovens para a escola de recrutas. Quanto ao parque de viaturas, está muito envelhecido, mercê do subinvestimento nesta área ao longo dos últimos anos”, afirmou à agência Lusa o presidente da associação, Pedro Franco.

A corporação conta com 33 bombeiros assalariados, além de cinco civis. Os bombeiros voluntários são cerca de 90.

Numa carta aberta hoje divulgada e que tem como destinatários o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, e da qual foi dado conhecimento a outras entidades, Pedro Franco salientou que a corporação tem “falta de recursos humanos” e “necessidade de renovação” da frota.

“Para que se saiba, temos um VFCI [veículo florestal de combate a incêndios] com 36 anos e outro VFCI com 39 anos. No total, são sete veículos, mais uma cisterna, com mais de 25 anos”, lê-se na missiva, assinada por Pedro Franco, e que surge na sequência do programa na RTP 1 “É ou não é? O grande debate”, emitido no dia 12.

Na carta aberta, a associação alertou que, se houver outra ocorrência semelhante à de outubro de 2017, resta ter fé, “como sugerido no painel”.

No documento, o presidente da Associação Humanitária convidou ainda aquelas entidades a visitarem o quartel dos bombeiros, para mostrar as dificuldades por que passa a corporação e que limitam a ação dos bombeiros no terreno, avisando que “em causa poderá estar o socorro a pessoas e bens”.

Os incêndios de outubro de 2017 na região Centro provocaram 49 mortos e cerca de 70 feridos, registando-se ainda a destruição, total ou parcial, de cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas.

Mais de 80% da Mata Nacional de Leiria, que tem 11.062 hectares e ocupa dois terços do concelho da Marinha Grande, ardeu nestes fogos.

“Estamos dependentes da sorte”, disse, a este propósito.

O dirigente salientou que, no âmbito da renovação da frota, a corporação gostaria de ter tido acesso ao Plano de Recuperação e Resiliência para um VFCI, o que não se concretizou.

Segundo Pedro Franco, a corporação presta apoio à Capitania da Nazaré na zona costeira, tem uma equipa de mergulhadores, mas não tem barco, nem mota de água, e o veículo de apoio a mergulhadores tem 26 anos.

Adiantando que o saldo financeiro da associação é atualmente positivo, Pedro Franco antecipou que, devido ao preço dos combustíveis, entre outros gastos, como a reparação e manutenção dos veículos, no final do ano esse saldo seja negativo “caso não haja nenhum apoio extraordinário”.

“A Câmara e o CODIS [comandante distrital de operações de socorro de Leiria] sabem as condições em que trabalhamos e os meios que temos”, acrescentou.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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