REGIÕES
MÉDICOS FIXAM-SE EM VILA REAL E GANHAM TEMPO PARA A FAMÍLIA
O médico Tiago Mendes escolheu fixar-se em Vila Real por causa da família, após anos a trabalhar na Maia, uma decisão que lhe permite ter mais tempo para os filhos, estar próximo dos utentes e concretizar desafios profissionais.
O médico Tiago Mendes escolheu fixar-se em Vila Real por causa da família, após anos a trabalhar na Maia, uma decisão que lhe permite ter mais tempo para os filhos, estar próximo dos utentes e concretizar desafios profissionais.
É coordenador da Unidade de Saúde Familiar (USF) Corgo, localizada na cidade de Vila Real e inserida no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Marão — Douro Norte, médico de família e faz visitas domiciliárias aos seus utentes.
Maria do Céu, 92 anos, recebe a visita regular de Tiago Mendes. As escadas do prédio, sem elevador, impedem a idosa de sair de casa e é com um sorriso na cara, de bata branca vestida e uma pequena mala na mão que o médico entra na sala onde a doente o espera.
“Enquanto médicos de família temos que estar o mais próximo possível dos nossos utentes. Cada um tem as suas necessidades e alguns têm necessidades mais especiais”, afirmou Tiago Mendes à agência Lusa, após a visita domiciliária à sua utente que sofre de várias patologias.
Maria do Céu gosta da visita que quebra a rotina imposta por uma queda e um consequentemente problema na perna que a obrigada a ficar em casa. “Está sempre disponível (…) Tive muita sorte com o meu médico”, contou a nonagenária à Lusa.
Tiago Mendes tem 1.750 utentes, 30 deles em visitação domiciliária neste momento.
“Temos que gerir muito bem o nosso tempo, temos que gerir muito bem a nossa lista, cada utente tem um grau de exigência diferente, obviamente, cada um tem as suas necessidades. Agora, um utente não é um número, é uma pessoa, com as suas necessidades, com as suas expectativas, mas acho que isso é o que torna a nossa profissão tão rica: a proximidade com as pessoas”, afirmou o clínico.
É de Cinfães, trabalhou durante anos na Maia e, depois de a sua esposa, também médica, ter vindo trabalhar para o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, optou por fazer viagens diárias entre a cidade transmontana e a do Grande Porto.
Ao fim de cinco anos “na estrada” decidiu fixar-se em Vila Real.
“E estou muito satisfeito com o trabalho, porque a unidade onde trabalho é exemplar, e estou satisfeito com a parte pessoal, porque me permite estar com a família, estou mais próximo, mais disponível”, salientou, acrescentando que agora até tem uma horta e já não tem que “andar uma hora no trânsito todos os dias”.
A USF do Corgo é a única em Trás-os-Montes com modelo B, tendo, por isso, um sistema remuneratório mais atrativo e um trabalho por objetivos.
“Atingindo os objetivos a que são propostas, as pessoas auferem um ordenado superior e isso também lhes traz outro tipo de motivação (…) Se temos profissionais motivados, obviamente o serviço que vão prestar é melhor e a população é quem vai beneficiar desse serviço”, frisou.
A USF Corgo tem oito médicos, apenas um com mais de 60 anos.
Segundo Tiago Mendes, a gestão da equipa – médicos, enfermeiros ou secretários clínicos – “não é difícil”, mas “é exigente” e obriga a pensar “no futuro”, a programar as reformas ou a fazer convites a outros clínicos.
Depois de 20 anos na zona do Porto, a estudar e a trabalhar, a médica Márcia Sá decidiu regressar a Vila Real, a sua terra natal. Ter um filho foi o mote para esta decisão.
“Achámos que iríamos ter mais qualidade de vida, mais apoio familiar, e achámos que estava na hora de fazer as malas e vir embora. Já tínhamos o sonho de voltar um dia (…) e o nosso ‘clique’ foi o bebé”, afirmou.
A médica de família destacou a “qualidade de vida”, o ter “tudo perto” e o viver a cinco minutos do local de trabalho, na USF Corgo, e salientou que lidar com os utentes “é mais fácil” e o ambiente é “mais tranquilo”.
Tem quase 1.800 utentes a seu cargo.
“O que está definido por médico de família é, pelo menos, 1.550 utentes, mas acabamos por ter sempre mais (…) É mais um filho que nasceu, um marido porque agora casaram, e acabamos por ir acrescentando aos agregados familiares, e as listas vão crescendo”, referiu.
Alexandrina Martins é interna de medicina geral e familiar e, após os quatro anos de internato, ambiciona ficar nesta região do Interior do país, mas ressalva que o concurso é de âmbito nacional.
É natural de Pedras Salgadas, estudou no Porto e quer “fugir da confusão”.
À tranquilidade do Interior junta também os desafios profissionais que há na região, salientando que, na USF Corgo, é possível fazer investigação e participar em projetos, nomeadamente um “pioneiro” que tem como objetivo diagnosticar e tratar pessoas com alto risco de desenvolverem apneia do sono, o que rompe com a imagem um pouco “monótona” que é comummente associada a esta especialidade.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
-
REGIÕES3 semanas atrás
ANACOM E ERC RENOVAM LICENÇAS DA RÁDIO REGIONAL
-
NACIONAL2 semanas atrás
JOSÉ MANUEL MOURA É O NOVO PRESIDENTE DA PROTEÇÃO CIVIL
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: VITÓRIA E SPORTING EMPATAM EM JOGO “ÉPICO” COM CHUVA DE GOLOS (VÍDEO)
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: JOGO “NACIONAL X PORTO” INTERROMPIDO DEVIDO AO NEVOEIRO
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: BENFICA PERDE NA LUZ COM O BRAGA E DESPERDIÇA EMPATE DO SPORTING (VÍDEO)
-
REGIÕES4 semanas atrás
TROFA: ACIDENTE DE TRABALHO CAUSA UM MORTO EM SANTIAGO DE BOUGADO
-
NACIONAL4 semanas atrás
MINISTÉRIO PÚBLICO ACUSA MULHER DE ACESSO ILEGAL A MAIS DE 80 CONTAS BANCÁRIAS
-
REGIÕES4 semanas atrás
MIRANDA DO DOURO: MOVHERA ACUSADA DE “COMPORTAMENTO COLONIAL” – BARRAGENS