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MODERNIZAÇÃO DA LINHA DO OESTE ATÉ AO LOURIÇAL VAI A CONCURSO

A Infraestruturas de Portugal (IP) prevê lançar nas próximas semanas o concurso para o projeto de modernização da Linha do Oeste entre Caldas da Rainha e Louriçal, obra incluída no programa Ferrovia 2030.

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A Infraestruturas de Portugal (IP) prevê lançar nas próximas semanas o concurso para o projeto de modernização da Linha do Oeste entre Caldas da Rainha e Louriçal, obra incluída no programa Ferrovia 2030.

“Temos já os documentos do concurso preparados para o lançar e estamos a aguardar autorização para fazer o lançamento do concurso para contratação do projeto, que perspetivamos que possa ser lançado nas próximas semanas”, anunciou hoje o vice-presidente da IP, Carlos Fernandes.

Nas Caldas da Rainha, onde hoje foi consignada a empreitada de modernização do troço da Linha do Oeste entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, o responsável da empresa anunciou que a continuação da empreitada, para Norte, é um dos principais investimentos do programa Ferrovia 2030, que representa um investimento total de oito mil milhões de euros na via e de 1.700 milhões de euros em material circulante.

A “intervenção ambiciosa” prevista para o troço Caldas da Rainha-Louriçal vai permitir, segundo Carlos Fernandes, o aumento da velocidade “para patamares na ordem dos 160 quilómetros/hora, a duplicação da linha preparada para articular com o futuro projeto de alta velocidade que terá estação em Leiria, a eletrificação do troço a 25 mil volts, a instalação de modernos sistemas de sinalização, a supressão de várias passagens de nível e a intervenção em pontes metálicas para reforçar a sua capacidade de carga”.

Esta será a terceira fase do projeto de modernização e eletrificação da linha, que tem atualmente em curso um investimento global de 158 milhões de euros, dividido em duas grandes empreitadas, a primeira das quais corresponde à eletrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras, no valor de 61,5 milhões de euros, e a segunda o troço Caldas da Rainha-Torres Vedras, no valor de 38,4 milhões de euros, cuja empreitada foi hoje consignada.

Com esta modernização em curso “o Governo português propôs a inclusão da Linha do Oeste na rede transeuropeia de transporte”, anunciou o mesmo responsável, adiantando ainda que a proposta “já foi aceite pela Comissão Europeia” e encontra-se atualmente em fase de consulta pública, devendo ser posteriormente votada no Parlamento Europeu.

Com esta inclusão “cria-se uma responsabilidade para o país, que é assegurar que a Linha do Oeste vai ser uma estrutura multioperável e eletrificada até 2050, permitindo cargas até 2,5 toneladas e a circulação de comboios de mercadorias com pelo menos 750 metros”.

Na sua intervenção o vice-presidente da IP admitiu “preocupação” com o ritmo da empreitada entre Torres Vedras e Meleças, com apenas 30% de execução por “razões exógenas à obra”, como a pandemia de covid-19, “as dificuldades logísticas provocadas pela guerra na Ucrânia e um aumento brutal dos materiais”.

E, acrescentou, também pela “dificuldade do consórcio em avançar com a obra, por via da saída que tinha a componente ferroviária”.

Carlos Fernandes informou hoje que a empresa submeteu já à IP uma proposta de cedência contratual para o consórcio Ramalho Rosa (responsável pelo troço Caldas da Rainha-Torres Vedras).

A IP “irá pronunciar-se rapidamente sobre o pedido, mas acredito que chegámos a uma solução que nos permite resolver o problema que estava criado nesta obra e que podemos rapidamente mobilizar meios e avançar com a execução”, disse.

A Linha do Oeste é um troço ferroviário que liga a estação de Agualva-Cacém, na Linha de Sintra, à estação de Figueira da Foz, cuja modernização é reivindicada há décadas pelas populações e municípios.

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BOTICAS: AUTARQUIA “GARANTE” INEXISTÊNCIA DE CONTRAPARTIDAS DA EMPRESA MINEIRA

A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

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A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

“Nunca, e fique sublinhado, a Savannah Resources se sentou à mesa com o município de Boticas para negociar o que quer que fosse. Nem ‘royalties’, nem qualquer outro tipo de contrapartida, muito menos nos valores apresentados pela empresa, que fala numa compensação anual ao município de Boticas de 10 milhões de euros”, afirmou a autarquia do norte do distrito de Vila Real.

Essas conversações ou negociações, acrescentou, “nem sequer fariam sentido, tendo em conta a posição clara do município contra esta exploração”.

O município de Boticas presidido por Fernando Queiroga quis reiterar a sua posição contra o projeto de mineração, garantindo que se mantém ao lado da população que contesta a exploração e que vai apoiar todas as iniciativas que tenham como objetivo travar a mina do Barroso.

“A Câmara de Boticas subordina esta posição não só por todas as questões de caráter ambiental e de saúde pública que a exploração mineira acarreta, mas também pela forma ‘pouco séria’ e ‘pouco transparente’ com que este processo sempre se desenvolveu, com a Savannah Resources a usar de um discurso e uma estratégia intimidatórios, ao mesmo tempo que anuncia o ‘paraíso’ ao nível do desenvolvimento socioeconómico da região”, referiu.

A autarquia disse que a empresa se apresenta como um “‘profeta salvador’ capaz de resolver todos os problemas que afetam este território, ao criar uma espécie de ‘época dourada’ para a economia local ao distribuir, qual Robin dos Bosques dos tempos modernos, riqueza por toda a região”.

“Podem prometer os milhões que entenderem, onde entenderem, podem falar dos empregos, das estradas, dos hospitais, das escolas, das creches, dos centros de dia, num sei lá mais de contrapartidas, mas isso não passa de promessas atiradas para o ar”, salientou.

Acrescentou que a “realidade é que a única coisa que se tem visto é destruição, devassa, falta de respeito pelo espaço público e privado e sobretudo muita arrogância”.

“Podemos ser pobres, podemos ser um concelho pequeno no número de habitantes, podemos ter um orçamento municipal limitado, mas temos orgulho na gestão rigorosa, criteriosa e sem desperdício dos recursos financeiros, que faz de nós o 6.º município do país com melhor eficiência financeira e uma autarquia familiarmente responsável há 12 anos consecutivos”, pode ler-se ainda no comunicado.

O município lembrou ainda a condição do território do Barroso ser Património Agrícola Mundial e garantiu que “não há dinheiro, nem ouro, nem lítio, que cheguem perto da riqueza” desta ruralidade.

“O mais importante são e serão sempre as pessoas. Esta é a nossa verdadeira riqueza. Não tem preço e não é negociável”, concluiu.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.

A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.

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MACEDO DE CAVALEIROS: SUSPEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DETIDO PELA GNR

A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

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A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

A detenção aconteceu na terça-feira daquele concelho do distrito de Bragança. A GNR vinha a investigar o caso.

Segundo descreveu a Guarda, os militares “apuraram que o suspeito exerceu violência física, psicológica e verbal contra a vítima, sua mulher de 52 anos”.

No seguimento das diligências policiais, numa busca domiciliária, foi apreendida uma arma de fogo alterada ao suspeito, mais 12 munições.

O homem foi presente a tribunal no dia seguinte, quarta-feira. Como medidas de coação, ficou proibido de ter ou usar armas de fogo, vai ter de frequentar um programa específico para tratar dependência de álcool e não podeo contatar a vítima ou aproximar-se a menos de 200 metros da casa e do trabalho dela.

A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.

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