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NOVO FILME DA SAGA ‘VELOCIDADE FURIOSA’ PASSA POR PORTUGAL E COM PORTUGUESES

“Fast X”, décimo filme da lucrativa série “Velocidade Furiosa”, é realizado pelo francês Louis Leterrier e estão previstas nas regiões norte, centro e em Lisboa. Rodagem contará com atores portugues.

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“Fast X”, décimo filme da lucrativa série “Velocidade Furiosa”, é realizado pelo francês Louis Leterrier e estão previstas nas regiões norte, centro e em Lisboa. Rodagem contará com atores portugues.

A rodagem em Portugal de parte do filme “Velocidade Furiosa 10”, e de outras produções de grande orçamento, “tem um enorme impacto economicamente, porque é investimento direto no país”, afirmou à agência Lusa a produtora portuguesa associada ao projeto, sem quantificar.

Sofia Noronha, da produtora Sagesse Productions, confirma que estão previstas filmagens do mais recente filme da série “Velocidade Furiosa” nas regiões norte, centro e em Lisboa, “durante umas boas semanas”, envolvendo muitos municípios e a presença em Portugal de uma equipa que contará com 600 a 700 pessoas, entre profissionais portugueses e estrangeiros.

Na quinta-feira, o Jornal do Centro noticiava que a região de Viseu, nomeadamente o antigo IP5, será palco de algumas filmagens desta longa-metragem, enquanto o presidente da câmara de Vila Real, Rui Santos, afirmava publicamente que a cidade acolherá uma produção de Hollywood ligada à “alta velocidade”, entre junho e julho.

“Este tipo de produções abrange vários setores, carpintaria, construção, maquinaria, guarda-roupa, pequenos negócios, é uma área bastante completa”, disse Sofia Noronha, adiantando que a rodagem contará também com atores portugueses, ainda não anunciados.

“Fast X”, o décimo filme da lucrativa série “Velocidade Furiosa”, é realizado pelo francês Louis Leterrier, que dirigiu, entre outros, “Mestres da Ilusão” e “O Incrível Hulk”. Inicialmente o realizador de “Fast X” era Justin Lin, que acabou por desistir de dirigir o filme, mas manteve-se ligado ao projeto.

Com argumento de Justin Lin e Dan Mazeau, o filme conta no elenco com, entre outros, Vin Diesel, Charlize Theron, Jason Momoa, Brie Larson, Michelle Rodriguez e a portuguesa Daniela Melchior, e a rodagem acontece no Reino Unido, Itália e Portugal.

De acordo com a publicação norte-americana The Hollywood Reporter, o orçamento do filme já ultrapassou os 300 milhões de dólares (cerca de 284 milhões de euros), valor que não inclui gastos em ‘marketing’ e publicidade.

Por questões de confidencialidade contratual, há muitos detalhes que não podem ser revelados, nomeadamente orçamentais, mas a produtora diz que “é um investimento económico brutal no país”.

“É abrir as torneiras e utilizarmos o máximo de serviços portugueses. […] Portugal tem todas as condições para ser um grande sítio de filmagens, não só pelo tempo, pelos preços acessíveis e pela mão de obra, que somos todos bastante flexíveis, os portugueses aprendem muito rápido. Mas não tínhamos ainda este mercado aberto”, disse.

A Sagesse Productions foi criada em 2020 em plena pandemia, “numa altura tão incerta”, disse Sofia Noronha, mas com trabalho consecutivo deste então.

Além de “Fast X”, a produtora esteve envolvida, por exemplo, nas filmagens de “House of the Dragon”, a prequela da série televisiva “A Guerra dos Tronos”, parcialmente rodada em 2021 em Monsanto, e que se estreia a 22 de agosto próximo na plataforma de ‘streaming’ HBO MAX.

“Já tinham filmado em Espanha, surgiu-lhes curiosidade em Portugal, em fazer uma visita técnica, para explorarem sítios – e encontraram vários -, mas aquele que ficou mesmo, que eles se apaixonaram, foi Monsanto”, recordou Sofia Noronha, que dá como certo o regresso da produção a Portugal para uma nova temporada.

Outra das produções em que está envolvida é o filme “Nobody’s Heart”, da realizadora espanhola Isabel Coixet, cuja pré-produção arrancará em agosto em Portugal.

Para Sofia Noronha, a criação de incentivos fiscais, pelo Governo em 2018, é uma das razões de ser da presença de mais produções estrangeiras como “Fast X” em Portugal.

“A indústria cinematográfica está habituada a esses incentivos e todos os nossos concorrentes e vizinhos têm incentivos fiscais, porque normalmente o investimento feito no país é quase o dobro desse incentivo fiscal, o país acaba sempre por beneficiar”, disse.

De acordo com o relatório mais recente sobre incentivos à produção cinematográfica e audiovisual e captação e filmagens internacionais, referente a 2018-2020 e disponibilizado online, foi apoiada a produção de 48 obras, com um incentivo total de 15,3 milhões de euros, e o investimento global em Portugal foi de 58,7 milhões de euros.

O filme “Fast X” tem estreia prevista para 19 de maio de 2023, nas salas de cinema dos Estados Unidos da América.

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PAUL MCCARTNEY PEDE AO GOVERNO PARA PROTEGER ARTISTAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

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O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

Numa entrevista à BBC, o cantor e compositor britânico, de 82 anos, alertou que os músicos podem ser “despojados” das suas criações e voltou a criticar o projeto do Governo trabalhista que prevê alterações à legislação sobre direitos de autor.

Entre as propostas está “uma exceção aos direitos de autor” para treinar modelos de IA com fins comerciais, cujo projeto ofereceria aos criadores a possibilidade de “reservar os seus direitos”.

Paul McCartney, que manteve uma carreia praticamente a solo após a dissolução oficial dos Beatles, em 1970, sustenta que, com essa reforma, os artistas perderão o controlo sobre as suas obras.

“Os jovens podem escrever uma bela canção, mas podem acabar por não ser os proprietários dela”, disse.

Pior ainda, “qualquer pessoa poderá apropriar-se dessa canção”, denunciou.

“A verdade é que o dinheiro irá para algum lado. Alguém será pago. Não deverá ser o tipo que escreveu ‘Yesterday’?”, um dos temas mais conhecidos dos The Beatles, composto por Paul McCartney (creditada a Lennon/McCartney), gravada em 1965 para o álbum “Help!”, questionou.

“Se apresentarem um projeto de lei, assegurem-se de que protegem os pensadores e os artistas, caso contrário, não terão o seu apoio. Somos o povo, vocês são o Governo. É suposto que nos protejam. Esse é o vosso trabalho”, reforçou McCartney.

O Governo britânico anunciou que aproveitará o período de consulta pública, que decorre até 25 de fevereiro, para explorar os principais pontos do debate, incluindo a forma como os criadores poderão obter licenças e ser remunerados pela utilização das suas obras.

Questionada sobre estas propostas numa entrevista à BBC, a ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves, garantiu que “quer apoiar os artistas” e fará “tudo para que os direitos de autor sejam respeitados”.

Em novembro de 2023, McCartney e Ringo Starr, os membros sobreviventes dos Beatles (George Harrison morreu em novembro de 2001), usaram a IA para extrair a voz de John Lennon, assassinado em 1980 em Nova Iorque, de uma canção inacabada com várias décadas, intitulada “Now and Then”.

“Eu acho que a IA é fantástica e pode fazer muitas coisas incríveis”, admitiu Paul McCartney.

“No entanto, a IA não deve despojar os criadores. Isso não faz sentido”, concluiu.

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PORTO: SERRALVES RECEBE 37 OBRAS CONTEMPORÂNEAS DA COLEÇÃO DUERCKHEIM

A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

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A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

Em comunicado, a Fundação de Serralves anunciou que vai receber, neste âmbito, o depósito de peças de Darren Almond, Georg Baselitz, Isaak Brodsky, Roman Buxbaum, Jake e Dinos Chapman, Theaster Gates, Gilbert & George, Antony Gormley, Damien Hirst, Zhang Huan, Stefan Hunstein, Anselm Kiefer, Michael Landy, Mamedov, Haralampi Oroschakoff, Sam Taylor-Wood, Matthias Wähner, Cerith Wyn Evans e Remy Zaugg.

O acordo inclui a doação de “Dat rosa miel apibus”, de Anselm Kiefer.

“É com grande alegria que Serralves recebe em depósito esta extraordinária coleção reunida ao longo de décadas de dedicação à arte pelo Conde Duerckheim. Este é um momento de grande importância para Serralves, e o acordo representa o reconhecimento da capacidade da Fundação para atrair e acolher as maiores coleções internacionais de arte contemporânea”, disse a presidente do conselho de administração da fundação, Ana Pinho, citada no mesmo comunicado.

De acordo com Serralves, o acordo foi possível graças à influência de Nuno Luzio, que deu a ideia ao Conde Christian Duerckheim, algo saudado por ambas as partes.

“Tendo estado fora de Portugal durante mais de 20 anos, Nuno Luzio demonstra o poder da diáspora portuguesa e o bem maior que podem fazer pelo seu país”, afirmou Ana Pinho.

Nascido em 1944 na região alemã da Saxónia, o industrial Christian Duerckheim viveu em Londres na década de 1960 e tornou-se num dos “mais significativos colecionadores da Europa”, como escreveu o jornal britânico The Guardian, em 2013, aquando de uma doação de 34 desenhos de artistas alemães modernos e de mais 60 trabalhos ao British Museum.

Em 2011, Duerckheim vendeu cerca de 80 obras através da leiloeira Sotheby’s por um valor recorde de mais de 100 milhões de libras, segundo notícias publicadas então pela imprensa especializada.

Na altura, ao New York Times, Christian Duerckheim afirmou que sempre quis ver a arte do seu tempo, enquanto alguém interessado em história que ficou obcecado com a arte do seu próprio país depois de ver uma obra de Georg Baselitz em 1970.

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