DESPORTO
PORTIMONENSE X FC PORTO: ANÁLISE DE JOSÉ AUGUSTO SANTOS
FC Porto a dar sequência a uma excelente fase no aspeto psicológico, com domínio total só resolveu o jogo na 2ª parte porque lhe continua a faltar eficácia, para a qualidade ofensiva que tem desde que Sérgio Conceição alterou a estrutura tática com o novo posicionamento de Pepê e a inclusão no 11 titular de Francisco Conceição e Nico González.
FC Porto a dar sequência a uma excelente fase no aspeto psicológico, com domínio total só resolveu o jogo na 2ª parte porque lhe continua a faltar eficácia, para a qualidade ofensiva que tem desde que Sérgio Conceição alterou a estrutura tática com o novo posicionamento de Pepê e a inclusão no 11 titular de Francisco Conceição e Nico González.
Portimonense continua a demonstrar falta de soluções na sua organização ofensiva e no jogo de hoje também cometeu alguns erros defensivos. Nem a grande capacidade de Dener e de Carlinhos, a velocidade de Hélio Varela ou a regularidade e consistência defensiva habitualmente dada pelos centrais, Alemão e Filipe Relvas conseguiu sobressair, tão evidente foi o domínio portista. Não poder utilizar Pedrão, que está a fazer excelente época, serve de atenuante, mas na minha opinião a falta de agressividade, intensidade e capacidade para ter posse de bola, foi o grande fator de desequilíbrio.
Pepê neste novo posicionamento no triângulo do meio-campo é decisivo na forma como transporta a bola e como consegue desbaratar qualquer defesa em ações individuais ou na criação de vantagens numéricas. Forma com Francisco Conceição e João Mário uma ala direita difícil de contrariar e em quase todos os jogos poderá ter capacidade para se isolar. Precisa de melhorar o último passe e finalizar mais vezes como fez no 3º golo para se transformar num jogador de seleção. Nico González começa a assumir-se como um médio completo com capacidade para aparecer no ataque a desequilibrar e finalizar e forma com Varela e Pepé um trio de meio-campo de grande capacidade defensiva e dinâmica ofensiva. Galeno continua a ser decisivo com os seus golos e no jogo de hoje nem foi preciso que Evanilson, que não tem o faro de golo dos grandes goleadores portistas, como Fernando Gomes, Jardel ou Falcão, mas é um excelente avançado, fizesse uma grande exibição.
O Arsenal será um excelente teste ao bom momento portista, porque o grau de dificuldade é máximo, a jogar em Londres, continua favorito apesar da desvantagem na eliminatória, mas pode ter uma maior oposição do que a prevista, porque a equipa azul e branca com vários jogadores em bom momento, pode, se conseguir bloquear Saka, Martinelli e Odegaard, surpreender.
Boa arbitragem de Artur Soares Dias.
José Augusto Santos, Comentador Desportivo e Treinador de Futebol Nível IV UEFA Pro.
