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PORTO: 68% DOS HABITANTES UTILIZAM O CARRO PARA TRABALHAR OU ESTUDAR

Mais de dois terços dos residentes na Área Metropolitana do Porto (AMP) utilizam o automóvel para ir estudar ou trabalhar, com os principais transportes públicos a representarem 14,6% destas deslocações, de acordo com os dados dos Censos 2021.

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Mais de dois terços dos residentes na Área Metropolitana do Porto (AMP) utilizam o automóvel para ir estudar ou trabalhar, com os principais transportes públicos a representarem 14,6% destas deslocações, de acordo com os dados dos Censos 2021.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos aos Censos 2021, consultados pela Lusa, das mais de 930 mil deslocações diárias para trabalhar ou estudar feitas por residentes na AMP, 68%, percentagem superior a dois terços do total, são feitas de automóvel, seja no papel de condutor ou de passageiro.

Os números dos Censos 2021 estão em linha com o Inquérito à Mobilidade na AMP, realizado em 2017, ainda que este inclua dados de natureza diferente, já que inclui todo o tipo de deslocações, e não só as dos movimentos pendulares para estudar ou trabalhar.

Em causa estiveram, no inquérito de 2017, deslocações para o trabalho (30,3%), compras (18,5%), acompanhar familiares/amigos (15,7%), assuntos pessoais (14,6%), lazer (10,8%) e estudo (9,6%).e

Das deslocações registadas pelo inquérito do INE em 2017, 67,6% eram feitas de automóvel, sendo os segundos meios de deslocação mais utilizados os modos suaves (a pé ou de bicicleta).

Em 2017, os movimentos a pé representavam 18,5% e a bicicleta 0,4% de todas as deslocações, e em 2021, contabilizadas as deslocações para o trabalho e estudo, o movimento a pé representou 14,0% por parte dos residentes da AMP e a bicicleta manteve-se nos 0,4%.

Relativamente aos transportes públicos mais utilizados (comboio, metro e autocarro), em 2017, para todas as deslocações, representaram 11% do total (8,2% o autocarro, 2,0% o metro e 0,8% o comboio), mas em 2021, nas deslocações para local de estudo ou trabalho, chegaram aos 14,6% no total, entre autocarro (9,3%), metro (3,6%) e comboio (1,7%).

Quanto ao tempo das deslocações, no inquérito de 2017 o INE apurou que “cada deslocação efetuada pelos residentes na AMP teve em média uma duração de 22,0 minutos”.

Já com base nos Censos 2021, entre os residentes da AMP, as deslocações para estudar ou trabalhar de até 15 minutos representaram 50,7% do total, as deslocações entre 16 e 30 minutos 33,4%, entre 31 minutos e uma hora 12,9%, entre uma hora e hora e meia 1,9%, e mais de uma hora e meia 0,9% do total.

No inquérito de 2017, o INE deu conta que 71% de todas as deslocações registadas foram dentro do próprio município e 29% para fora do município de residência dos inquiridos.

Já em 2021, quanto a deslocações para trabalho ou estudo, 58,2% realizaram-se dentro do próprio município de residência na AMP, e 41,4% para outros concelhos, dentro ou fora da AMP.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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