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PÓVOA DE VARZIM: EMPRESA ANGOLANA ACUSA AUTARQUIA DE ‘RACISMO E XENOFOBIA’

Uma empresa angolana acusou a Câmara da Póvoa de Varzim, do distrito do Porto, de “racismo e xenofobia institucional” num diferendo sobre a construção de um projeto imobiliário, nos terrenos do Clube Desportivo da Póvoa (CDP).

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Uma empresa angolana acusou a Câmara da Póvoa de Varzim, do distrito do Porto, de “racismo e xenofobia institucional” num diferendo sobre a construção de um projeto imobiliário, nos terrenos do Clube Desportivo da Póvoa (CDP).

Em causa está um pedido indemnização, de 13,2 milhões de euros, reclamado, na Justiça, pela empresa PEC – Projetos, Consultoria e Investimento, com sede em Angola, por alegadamente a autarquia poveira não ter possibilitado a construção de um empreendimento residencial nos terrenos do clube, junto à costa, para o qual tinha um contrato-promessa com o CDP.

“A PEC procurou apresentar a sua vontade de investimento na cidade e dialogar diretamente com o presidente da Câmara, desde janeiro de 2018, tendo sido expressamente rejeitado pelo mesmo, de forma insultuosa, colocando nosso ofício de apresentação na comunicação social, de forma jocosa e injustificadamente insultuosa”, pode ler-se num comunicado da empresa.

No documento, assinado por António Castro Vide, da gerência da PEC, o responsável disse que “nunca em 40 anos de atividade académica e empresarial em vários continentes” sentiu “tal confrontação gratuita que revela contornos de racismo e xenofobia institucional”.

“A PEC viu-se forçada a avançar para tribunal, contra a sua vontade, em julho de 2021, uma vez que os direitos que lhe advinham do contrato promessa assinado com o CDP prescreviam nessa altura. A empresa tudo fez para chegar ao diálogo com o município, sem sucesso, face a uma conduta totalmente avessa ao diálogo, baseada no abuso do autoritarismo do presidente da Câmara”, pode ler-se no mesmo texto.

Ainda assim, a empresa continua a manifestar “vontade para dialogar com o município” mostrando esperança “numa solução consensual”.

Confrontado pela Lusa sobre o teor do comunicado da empresa PEC, o presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, escusou-se a fazer comentários, lembrando apenas que esta quinta-feira o Clube Desportivo da Póvoa vai a votos para eleger novos órgãos sociais.

À conta deste imbróglio, o clube viu a autarquia suspender os habituais apoios anuais no âmbito do desporto de formação.

Recorde-se que os terrenos do CDP, onde a empresa PEC teria acordado a construção do empreendimento, situam-se na Zona E52 do Plano de Pormenor da cidade, que foi suspenso em 2018, impossibilitando a edificação no local.

A área continuará destinada a acolher os equipamentos desportivos do CDP e também do Varzim Sport Clube, contemplando, ainda, a reconversão da praça de touros num pavilhão multiusos e a construção de uma alameda.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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