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ECONOMIA & FINANÇAS

PRODUÇÃO DE VINHO VERDE CRESCE EM ANO DE ‘RECORDE DE EXPORTAÇÕES’ – PRESIDENTE

A produção de vinho verde cresceu mais de três milhões de litros em 2021 e bateu o “recorde de exportações”, disse, em entrevista à Lusa, o presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro.

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A produção de vinho verde cresceu mais de três milhões de litros em 2021 e bateu o “recorde de exportações”, disse, em entrevista à Lusa, o presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro.

“Na última vindima ficámos um tudo nada acima da anterior, cerca de 3%, 4% da vindima anterior”, disse à Lusa Manuel Pinheiro, detalhando que a produção na campanha 2021/2022 atingiu os 84,9 milhões de litros, acima dos 81,8 milhões registados no ano anterior (aumento de 3,7%).

O presidente da CVRVV, que abandonará o cargo em abril, adiantou ainda que, apesar dos números de 2021 ainda não estarem fechados, já é possível dizer que no ano passado a região atingiu um “recorde de exportações”.

De acordo com Manuel Pinheiro, até novembro de 2021 foram registados 73 milhões de euros de exportações, “um aumento de 6,9%” face ao mesmo período de 2020, que deverá levar à ultrapassagem dos 74,3 milhões de euros da totalidade de 2020.

“O vinho verde exporta-se para cerca de 104 mercados. Os primeiros são os Estados Unidos e a Alemanha. Os Estados Unidos é um mercado muito interessante, mais de 10 milhões de litros, porque é um mercado muito diverso, no qual nós estamos a crescer imenso”, detalhou à Lusa o responsável.

Na Alemanha, o comércio faz-se mais em “supermercados”, diz Manuel Pinheiro, pelo que o preço é “um bocadinho mais baixo”, algo que contrasta com o Japão: “um mercado de valor onde vendemos alguns dos nossos melhores vinhos”.

“Entre os mercados que se têm movimentado, eu diria, pela positiva, a Polónia, que tem crescido muito, a Rússia que tem crescido muito”, acrescentou ainda, detalhando que o mercado polaco cresceu 34%, de 3,8 milhões de euros para 5,2 milhões.

Questionado sobre quais os efeitos das atuais pressões sobre os preços de produção, Manuel Pinheiro reconheceu que o custo da energia “afeta a fileira toda”, e que nos exportadores, em particular, “há dificuldades de obter contentores e de obter barcos”, pelo que “há produtores que têm produto para enviar e têm dificuldade em o colocar no mercado”.

Sobre o preço do vinho para os consumidores portugueses, Manuel Pinheiro afirmou que “Portugal é um dos países da Europa onde o vinho é mais barato e onde a relação qualidade-preço do vinho é mais interessante para o consumidor”.

“Nós não achamos que ele vá ficar mais caro, embora o objetivo de todos nós, de facto, é trazer mais valor para o negócio do vinho”, disse à Lusa.

Fazendo um balanço das dificuldades sentidas nos últimos anos, incluindo com a pandemia de covid-19, o responsável da CVRVV afirmou que “estes anos foram muito diferentes para grandes e pequenos”.

“Os grandes produtores e as grandes marcas estão presentes em força na distribuição moderna e na exportação, onde tiveram melhores resultados, e os produtores mais pequenos estão sobretudo em vinhos de maior valor e na restauração nacional”, caracterizou.

Assim, com o fecho da restauração e hotelaria em Portugal durante a pandemia de covid-19, “houve produtores muito pequenos que viram o chão desaparecer debaixo dos seus pés”, mesmo que os números gerais se tenham mantido “bons”.

“É preciso perceber que números gerais bons não nos podem impedir de perceber que ali no meio há pessoas que passaram com muita dificuldade”, alertou.

Manuel Pinheiro, presidente da CVRVV há 22 anos, fez ainda notar a diferença de preços pagos aos agricultores nacionais face ao que sucede, por exemplo, na região do Champagne, em França.

“Quando sabemos que na região do Champanhe as uvas são pagas ao agricultor aos cinco euros o quilo e em Portugal são pagas a menos de 50 cêntimos, em média, aqui está um objetivo, que é o de valorizar as nossas uvas”, ilustrou.

O responsável considera que uma valorização do seu produto “é fundamental para que os agricultores tenham uma vida digna e para que as novas gerações se possam dedicar à agricultura”.

Para isso acontecer, Manuel Pinheiro defende a segmentação de mercado, já que “durante os últimos anos, o grande objetivo do vinho verde foi ganhar mercado e ganhar notoriedade, e houve sucesso nisso”, mas agora é necessário “gerar mais valor”.

“Temos de dizer ao cliente que há um vinho verde base jovem, verde e fresco, com um preço mais competitivo, e depois há Loureiros, há Alvarinhos, de pequenas regiões e pequenos produtores que merecem bem ser pagos a um preço mais elevado porque são vinhos, também, de elevada qualidade”, argumentou.

A Região dos Vinhos Verdes abrange 48 concelhos do noroeste do país, conta com cerca de 16 mil hectares de vinha, aproximadamente 15 mil produtores de uva e cerca de 370 engarrafadores com marca própria.

Cerca de metade dos 150 a 170 milhões de euros do volume de negócio do vinho verde, à saída dos produtores, destina-se à exportação.

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RECICLAGEM EM PORTUGAL CONTINUA AQUÉM DAS METAS DEFINIDAS

A recolha seletiva de resíduos em Portugal continua abaixo das metas definidas para 2025, sendo o plástico o menos reciclado, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

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A recolha seletiva de resíduos em Portugal continua abaixo das metas definidas para 2025, sendo o plástico o menos reciclado, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

No relatório da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) sobre reciclagem relativo a 2022, a recolha indiferenciada (lixo comum) representa 77% dos resíduos recolhidos, enquanto a recolha seletiva (reciclagem) representa apenas 21%.

A APA alerta que, apesar de algumas melhorias na recolha seletiva, que tem aumentado na última década, a taxa de recolha indiferenciada “mantém-se elevada” e que “é crucial inverter” o panorama.

Segundo os dados do relatório, o vidro foi o resíduo mais reciclado em 2022, representando cerca de 55% da recolha, enquanto a percentagem de plástico reciclado é de apenas 22% e a de papel e cartão de 47%.

A agência refere que nos resíduos urbanos produzidos em Portugal, a maioria – cerca de 57% – é depositada em aterro e apenas 16% são encaminhados para reciclagem.

A recolha de resíduos indiferenciados representa cerca de 80% do recolhido em 2022, sendo este um indicador “que ao longo dos anos não tem dado sinais de melhoria”, apesar dos investimentos efetuados para o efeito.

A APA diz ainda que os resíduos recolhidos de forma indiferenciada têm “um enorme potencial” que é pouco aproveitado, por terem como destino o aterro ou a valorização energética.

Citada em comunicado a propósito do Dia Internacional da Reciclagem, que se comemora hoje, a diretora executiva da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, defende que Portugal “tem feito um trabalho notável no que diz respeito à reciclagem de embalagens” e o sistema “tem vindo a evoluir”, mas considera que “é preciso acelerar” porque o país “tem novas metas para cumprir”.

“Motivar para gerar ainda mais ação é fundamental. São os cidadãos que depositam as suas embalagens nos ecopontos e, por isso, a par de terem ao dispor um serviço de qualidade e conveniente, há que investir em campanhas de proximidade e diferenciadoras, ensinando o impacto positivo que este gesto tem no planeta”, argumenta.

De acordo com os objetivos definidos pela União Europeia, os estados-membros devem reciclar cerca de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado até ao final de 2025.

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IMPOSTOS: COBRANÇA COERCIVA DE DÍVIDAS FISCAIS DISPARA 21% EM 2023

O valor da cobrança coerciva de dívidas fiscais ascendeu a 1.294,9 milhões de euros em 2023, mais 20,9% face ao ano anterior, segundo a Conta Geral do Estado (CGE) do ano passado, hoje divulgada.

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O valor da cobrança coerciva de dívidas fiscais ascendeu a 1.294,9 milhões de euros em 2023, mais 20,9% face ao ano anterior, segundo a Conta Geral do Estado (CGE) do ano passado, hoje divulgada.

A Conta Geral do Estado de 2023, publicada hoje pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) e entregue na quarta-feira à Assembleia da República e ao Tribunal de Contas, revela que foi registado em receita do Estado decorrente da cobrança coerciva um acréscimo de 223,6 milhões de euros em 2023 face a 2022, totalizando 1.294,9 milhões de euros.

Para este acréscimo contribuíram, essencialmente, o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS), com um acréscimo de 24,3%, o imposto sobre o valor acrescentado (IVA), com um aumento de 15,2%, e nos juros de mora, de 34,8%.

Apenas se observa um decréscimo pouco significativo na recuperação de dívidas relativas ao Imposto do Selo (IS) e nas reposições não abatidas nos pagamentos, de 23,1% e 37,8%, respetivamente, o correspondente a cerca de 3,4 e 0,4 milhões de euros.

O IRS é o imposto com o maior peso das dívidas fiscais recuperadas (29,7%), totalizando 384,8 milhões de euros, seguido pelo IRC (14,8%), com um total de 191,2 milhões de euros, e pelo IVA (23,3%), que ascendeu a 301,3 milhões de euros.

Por outro lado, as reposições não abatidas nos pagamentos têm o menor peso das dívidas fiscais recuperadas (0,1%), seguida pelo imposto do selo (1%).

De acordo com a CGE, a receita por cobrar pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) — passado o prazo de cobrança voluntária – ascendeu a 26.757,7 milhões de euros no final de 2023, representando um aumento de 10,2% face ao valor de 2022.

O documento indica que “para esta evolução contribuiu o aumento de 721,4 milhões de euros (+10,1%) da dívida ativa e de 1726,6 milhões de euros (+19,9%) da dívida incobrável”.

No final de 2023, 29,9% da carteira correspondia a dívida ativa, 31,6% a suspensa e 38,9% classificada como incobrável.

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