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RUI MOREIRA DEFENDE LINHA FERROVIÁRIA PORTO-MADRID VIA TRÁS-OS-MONTES

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, defendeu hoje que uma linha ferroviária Porto-Madrid via Trás-os-Montes “só pela parte das mercadorias já valia a pena”, mas manifestou mais reservas quanto ao transporte de passageiros.

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O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, defendeu hoje que uma linha ferroviária Porto-Madrid via Trás-os-Montes “só pela parte das mercadorias já valia a pena”, mas manifestou mais reservas quanto ao transporte de passageiros.

“Pensando numa estratégia de desenvolvimento ligando com o porto de Leixões, ligando com aquilo que são os polos industriais, só pela parte das mercadorias já valia a pena”, disse hoje Rui Moreira à margem da conferência “A Linha de Alta Velocidade Porto/Madrid – via Trás-os-Montes e Castela e Leão”, que decorreu hoje na Câmara do Porto.

Nesta conferência foi apresentado o estudo da Associação Vale d’Ouro que sugere uma ligação de pouco mais de duas horas entre o Porto e Madrid via Trás-os-Montes, com ligação em Espanha por Zamora, podendo ser também uma alternativa na ligação Lisboa – Madrid.

Rui Moreira salientou que esta ligação, do lado espanhol, não requer “grande investimento”, uma vez que há já uma estação de alta velocidade em Zamora, com ligação a Madrid.

Porém, o autarca independente do Porto referiu que “a questão se coloca de maneira diferente”, apesar de ser “importante que o Porto e Madrid estejam ligados rapidamente”, sendo uma ligação de duas horas e meia “altamente competitiva” numa altura em que é necessário “diminuir a dependência relativamente ao transporte aéreo”.

“Agora, tudo isto atravessa um enorme território, um território de baixa densidade em que temos pouca população. Do ponto de vista estratégico, isto só faz sentido, como eu disse, se outras medidas de caráter político-económico fizerem com que essas cidades tenham crescimento”, apontou Rui Moreira.

O presidente da Câmara do Porto antevê que se não houver essas medidas acontecerá com a ferrovia o que “o que aconteceu com o Túnel do Marão”.

“O Túnel do Marão, que nós esperávamos que viesse a dar uma nova vida àquilo que são as regiões para além do Marão, acabaram por drenar”, pois “há mais pessoas a virem para cá com as suas competências do que pessoas a ir daqui para lá”, assinalou.

Rui Moreira considerou também “inviável” a hipótese de uma ligação Lisboa-Madrid através do Porto e Trás-os-Montes, como já sugeriu a Associação Vale D’Ouro, acrescentando que não acredita que “a ligação Lisboa – Madrid fique pelas cinco horas” noutros trajetos.

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BOTICAS: AUTARQUIA “GARANTE” INEXISTÊNCIA DE CONTRAPARTIDAS DA EMPRESA MINEIRA

A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

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A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

“Nunca, e fique sublinhado, a Savannah Resources se sentou à mesa com o município de Boticas para negociar o que quer que fosse. Nem ‘royalties’, nem qualquer outro tipo de contrapartida, muito menos nos valores apresentados pela empresa, que fala numa compensação anual ao município de Boticas de 10 milhões de euros”, afirmou a autarquia do norte do distrito de Vila Real.

Essas conversações ou negociações, acrescentou, “nem sequer fariam sentido, tendo em conta a posição clara do município contra esta exploração”.

O município de Boticas presidido por Fernando Queiroga quis reiterar a sua posição contra o projeto de mineração, garantindo que se mantém ao lado da população que contesta a exploração e que vai apoiar todas as iniciativas que tenham como objetivo travar a mina do Barroso.

“A Câmara de Boticas subordina esta posição não só por todas as questões de caráter ambiental e de saúde pública que a exploração mineira acarreta, mas também pela forma ‘pouco séria’ e ‘pouco transparente’ com que este processo sempre se desenvolveu, com a Savannah Resources a usar de um discurso e uma estratégia intimidatórios, ao mesmo tempo que anuncia o ‘paraíso’ ao nível do desenvolvimento socioeconómico da região”, referiu.

A autarquia disse que a empresa se apresenta como um “‘profeta salvador’ capaz de resolver todos os problemas que afetam este território, ao criar uma espécie de ‘época dourada’ para a economia local ao distribuir, qual Robin dos Bosques dos tempos modernos, riqueza por toda a região”.

“Podem prometer os milhões que entenderem, onde entenderem, podem falar dos empregos, das estradas, dos hospitais, das escolas, das creches, dos centros de dia, num sei lá mais de contrapartidas, mas isso não passa de promessas atiradas para o ar”, salientou.

Acrescentou que a “realidade é que a única coisa que se tem visto é destruição, devassa, falta de respeito pelo espaço público e privado e sobretudo muita arrogância”.

“Podemos ser pobres, podemos ser um concelho pequeno no número de habitantes, podemos ter um orçamento municipal limitado, mas temos orgulho na gestão rigorosa, criteriosa e sem desperdício dos recursos financeiros, que faz de nós o 6.º município do país com melhor eficiência financeira e uma autarquia familiarmente responsável há 12 anos consecutivos”, pode ler-se ainda no comunicado.

O município lembrou ainda a condição do território do Barroso ser Património Agrícola Mundial e garantiu que “não há dinheiro, nem ouro, nem lítio, que cheguem perto da riqueza” desta ruralidade.

“O mais importante são e serão sempre as pessoas. Esta é a nossa verdadeira riqueza. Não tem preço e não é negociável”, concluiu.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.

A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.

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MACEDO DE CAVALEIROS: SUSPEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DETIDO PELA GNR

A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

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A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

A detenção aconteceu na terça-feira daquele concelho do distrito de Bragança. A GNR vinha a investigar o caso.

Segundo descreveu a Guarda, os militares “apuraram que o suspeito exerceu violência física, psicológica e verbal contra a vítima, sua mulher de 52 anos”.

No seguimento das diligências policiais, numa busca domiciliária, foi apreendida uma arma de fogo alterada ao suspeito, mais 12 munições.

O homem foi presente a tribunal no dia seguinte, quarta-feira. Como medidas de coação, ficou proibido de ter ou usar armas de fogo, vai ter de frequentar um programa específico para tratar dependência de álcool e não podeo contatar a vítima ou aproximar-se a menos de 200 metros da casa e do trabalho dela.

A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.

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