INTERNACIONAL
RÚSSIA: LISTAGEM DOS 300 MIL MOBILIZADOS JÁ É CONHECIDA, FILHO DE PESKOV FICOU DE FORA
Ao início da manhã de 21 de Setembro, o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, surpreende o mundo ao anunciar uma “mobilização parcial” dos cidadãos do país para guerra na Ucrânia, numa altura em que a “operação especial” programada para três dias, está próxima do sétimo mês do conflito. Pouco mais de 24 horas depois do discurso de Putin à nação, um grupo de hacker’s pró-Ucrânia já conhecem os nomes de quem vai engrossar as fileiras russas na Ucrânia.
Ao início da manhã de 21 de Setembro, o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, surpreende o mundo ao anunciar uma “mobilização parcial” dos cidadãos do país para guerra na Ucrânia, numa altura em que a “operação especial” programada para três dias, está próxima do sétimo mês do conflito. Pouco mais de 24 horas depois do discurso de Putin à nação, um grupo de hacker’s pró-Ucrânia já conhecem os nomes de quem vai engrossar as fileiras russas na Ucrânia.
Na ONU as nações do mundo reagem com surpresa e preocupação à nova escalada no conflito. Na Rússia, em pouco mais de 24 horas, mais de mil pessoas são detidas por participarem em manifestações contra a guerra, essencialmente mulheres que temem pelo futuro dos filhos ou maridos.
Hacker’s pró-Ucrânia, que recentemente obtiveram a listagem dos militares da Wagner presentes na Ucrânia, avançam agora com a listagem dos 306.926 contemplados com a obrigação de defender a “operação especial” de Vladimir Putin.
A Rádio Regional teve acesso à listagem na qual constam os nomes catalogados por apelido, datas de nascimento e moradas, contactos, e outras informações pessoais daqueles que já receberam, ou vão receber, a tão temida notificação de mobilização.
A esmagadora maioria são jovens nascidos entre 1992 e 1997, oriundos das mais diversas regiões da Federação Russa e não tanto das grandes cidades, como chegou a ser noticiado.
O grupo de Hacker’s garante a autenticidade da listagem, compactada num ficheiro alegadamente já entregue às autoridades ucranianas.
FILHO DE PESKOV FORA DA LISTAGEM
Há pouco mais de 24 horas o filho do porta-voz de Vladimir Putin, Dmitry Peskov, foi alvo de uma paródia em direto no Youtube. O filho do braço-direito e amigo de Vladimir Putin nasceu em 03-02-1990, tem agora 32 anos, chama-se Nikolay Dmitriyevich Peskov que em russo se escreve Николай Дмитриевич Песков.
Dos 21 cidadãos com apelido Песков (Peskov) nenhum é o filho do amigo e porta-voz de Vladimir Putin, que na idade de mobilizável não foi sequer convidado para o esforço de guerra de Moscovo.
VLADIMIR PUTIN MANTÉM A RETÓRICA
Para Vladimir Putin a questão agora é defender a soberania e integridade territorial da Rússia. “Temos o direito a definir a nossa vontade (…) e enfrentar o Ocidente que está a tentar enfraquecer, dividir e fragmentar a Rússia, apoiando terroristas no Cáucaso, apoiando o alargamento das fronteiras da NATO junto à fronteira da Rússiae também com reforço de armamento”, justificou.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, está – segundo Putin – pronta a utilizar “todos os meios” militares para “se proteger”, declarou o presidente russo, que acusou o Ocidente de procurar destruir o seu país.
BIDEN RESPONDE A PUTIN
O Presidente norte-americano, Joe Biden, elogiou os esforços da ONU para mediar negociações que permitiram a criação de corredores de exportação de cereais a partir da Ucrânia e lembrou que as sanções ocidentais contra Moscovo nunca colocaram em causa a possibilidade da Rússia continuar a exportar cereais e fertilizantes.
Na ONU, Biden disse ainda que “as provas de atrocidades” encontradas em valas comuns na Ucrânia devem “fazer o nosso sangue gelar”, condenando a Rússia por estar a “tentar apagar um estado soberano do mapa”.
“Que não fiquem dúvidas, nós não hesitamos. Escolheremos sempre a liberdade e a soberania”, prometeu Biden, que rejeitou os argumentos invocados por Putin de que a Rússia está a responder a ameaças ocidentais
INTERNACIONAL
VACINAS SALVARAM 154 MILHÕES DE VIDAS EM 50 ANOS
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
Em comunicado, a OMS salienta que a estimativa plasmada no estudo incide sobre a vacinação contra 14 doenças, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, tétano, febre amarela, rubéola, tuberculose, meningite A e tosse convulsa.
De acordo com o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet, a vacinação permitiu salvar 101 milhões de bebés entre as 154 milhões de vidas estimadas.
O estudo realça que a imunização contra as 14 doenças analisadas contribuiu diretamente para reduzir 40% da mortalidade infantil global e 52% em África.
Por si só, a vacinação contra o sarampo diminuiu 60% da mortalidade infantil à escala global.
A OMS destaca, ainda, que mais de 20 milhões de pessoas podem hoje andar graças à imunização contra a poliomielite.
“As vacinas estão entre as invenções mais poderosas da História, prevenindo doenças antes temidas”, sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado.
Os dados foram publicados num momento de retrocesso da vacinação, causado nomeadamente pela redução dos programas de imunização devido à pandemia da covid-19.
A OMS assinala que 67 milhões de crianças não receberam entre 2020 e 2022 todas as vacinas de que necessitavam, o que contribuiu para um aumento de 84% dos casos globais de sarampo entre 2022 e 2023.
O estudo foi divulgado na Semana Mundial da Vacinação 2024, que hoje começou e termina na terça-feira.
INTERNACIONAL
ADVOGADOS DE TRUMP DECLARAM EX-PRESIDENTE INOCENTE NO INÍCIO DE JULGAMENTO
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Nas declarações iniciais do julgamento de Trump, os procuradores defenderam que o ex-presidente “orquestrou um esquema criminoso para subverter” as eleições presidenciais de 2016.
Os advogados de defesa alegaram que Trump está inocente, acrescentando que o gabinete do procurador distrital de Manhattan “nunca deveria ter aberto este caso”.
Um painel de jurados nova-iorquinos — 12 jurados e seis suplentes — tomou posse na passada sexta-feira, após quatro dias de seleção do júri, e começou hoje a participar naquele que é o primeiro julgamento criminal contra um ex-presidente dos EUA.
Trump é acusado de falsificar registos comerciais como parte de um alegado esquema para dissimular histórias que acreditava que poderiam prejudicar a sua campanha presidencial em 2016.
No centro das acusações está um pagamento de cerca de 100 mil euros feito à atriz pornográfica Stormy Daniels por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, para evitar que fosse conhecida uma relação extramatrimonial com o empresário.
Os procuradores dizem que Trump dissimulou a verdadeira natureza dos pagamentos falsificando documentos comerciais.
O ex-presidente nega ter tido um encontro sexual com Daniels e os seus advogados argumentam que os pagamentos feitos a Cohen foram despesas legais legítimas, declarando-se inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.
Um dos advogados de defesa de Donald Trump concentrou-se durante as declarações iniciais em repetir argumentos colocando em questão a credibilidade de uma das principais testemunhas da acusação: Michael Cohen.
O advogado Todd Blanche forneceu um extenso relato sobre o cadastro criminal de Cohen e sobre o facto de ele já ter sido condenado por mentir sob juramento.
Blanche acusou Cohen de ser “obcecado pelo ex-presidente”, dizendo que “o seu sustento financeiro depende da destruição da reputação de Trump.
“Não se pode tomar uma decisão séria sobre o presidente Trump confiando nas palavras de Michael Cohen”, argumentou Blanche.
Antecipando os prováveis ataques da defesa à sua principal testemunha, o procurador Matthew Colangelo reconheceu o cadastro criminal de Cohen, logo no início do julgamento.
Os advogados de defesa argumentaram ainda que Trump não teve nada a ver com os pagamentos feitos para evitar que histórias sobre a sua vida sexual se tornassem públicas, nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.
Blanche questionou em particular a insinuação feita pela acusação de que o pagamento a Stormy Daniels se destinava a tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais.
“Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso chama-se democracia”, concluiu o advogado.
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