CIÊNCIA & TECNOLOGIA
TRÁFEGO DE DADOS NA INTERNET AUMENTOU 26,7% EM 2021
O tráfego no acesso à Internet por banda larga aumentou 26,7% em 2021, um “ritmo semelhante” ao verificado antes do aumento extraordinário de 60,6% em 2020, devido ao confinamento, informou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O tráfego no acesso à Internet por banda larga aumentou 26,7% em 2021, um “ritmo semelhante” ao verificado antes do aumento extraordinário de 60,6% em 2020, devido ao confinamento, informou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“O volume de tráfego associado ao acesso à Internet por banda larga alcançou os 12,8 mil milhões de GB [gigabytes], tendo crescido 26,7%, um ritmo semelhante ao verificado antes do período de confinamento devido à pandemia covid-19, em que ocorrera um aumento extraordinário do volume de tráfego devido sobretudo à massificação do teletrabalho e do acesso intenso à internet nesse período (+60,6% em 2020 e +28,7% em 2019)”, apontam as ‘Estatísticas dos Transportes e Comunicações 2021’ do INE.
Em 2021, o número de acessos à Internet aumentou 3,7% (+4,9% em 2020), atingindo 4,31 milhões, e os acessos por fibra ótica “continuaram a crescer a um ritmo assinalável (+12,8%), ainda que ligeiramente inferior ao do ano anterior (+14,1% em 2020)”.
Segundo o instituto estatístico, contrariamente aos transportes, que no ano passado ainda não tinha recuperado totalmente da crise pandémica, o setor das comunicações “saiu reforçado” da pandemia, com “acréscimos continuados das principais variáveis financeiras”.
Assim, o volume de negócios do setor somou 7.800 milhões de euros, aumentando 7,5% face ao ano anterior (+9,5% em 2020; +17,7% face a 2019), com a componente de telecomunicações a crescer 5,5% (+11,0% em 2020; +17,1% comparando com 2019), correspondendo a 6.500 milhões, e a componente de atividades postais a subir 18,9% (+1,8% em 2020; +21,0% face a 2019).
Já o Valor Acrescentado Bruto (VAB) cresceu ainda mais em 2021 do que em 2020, aumentando 9,4% após uma subida de 3,3% em 2020.
Em 2021, o serviço telefónico fixo com acesso direto registou 4,3 milhões de clientes, aumentando 2,0% face ao ano anterior, e o número de acessos telefónicos continuou a crescer (+2,0%; +2,4% em 2020), atingindo 5,3 milhões de acessos.
Segundo o INE, o tráfego de voz com origem na rede móvel registou um crescimento de 6,5% em número de chamadas (-4,5% em 2020), para 11,0 mil milhões e de 4,6% no número de minutos (+16,4% em 2020), para 35,4 mil milhões.
O tráfego internacional registou uma diminuição em chamadas (-1,6%) e em minutos (-1,1%) e o tráfego de mensagens escritas (SMS) continuou a diminuir (-5,8%; -22,6% no ano anterior), para 10,7 mil milhões de mensagens.
Em 2021, o número de assinantes do serviço de televisão por subscrição continuou a crescer (+3,0%, +3,9% em 2020), atingindo 4,4 milhões de assinantes.
O serviço com tecnologia de fibra ótica (FTTH), tal como no ano anterior, foi o único a registar um aumento de subscritores (+13,3%; +14,4% em 2020) e representou 56,9% do total, com 2,5 milhões de assinantes.
Quanto à rede postal nacional, cresceu 1,7%, após o crescimento de 8,3% em 2020, sendo composta por 15.047 pontos de acesso.
“Com mais oito novos estabelecimentos, as estações de correio cresceram 1,4% (+4,3% em 2020) para 570 estações enquanto, em sentido inverso, os postos de correio diminuíram 1,0% (-1,5% em 2020) para 1786 postos, traduzindo-se numa diminuição de 18 postos. O tráfego postal diminuiu 2,9% em 2021 (-12,0% em 2020; -14,6% face a 2019), tendo sido expedidos cerca de 586 milhões de objetos”, detalha o INE.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
CIENTISTAS “MAPEIAM” O CORAÇÃO HUMANO QUE FACILITARÁ O ESTUDO DE DOENÇAS
O coração, primeiro órgão que se desenvolve nos mamíferos, é formado por estruturas altamente organizadas que precisam ser coordenadas para funcionar corretamente e uma equipa científica conseguiu criar um mapa espacial do coração humano em desenvolvimento, com resolução unicelular.
O coração, primeiro órgão que se desenvolve nos mamíferos, é formado por estruturas altamente organizadas que precisam ser coordenadas para funcionar corretamente e uma equipa científica conseguiu criar um mapa espacial do coração humano em desenvolvimento, com resolução unicelular.
Os detalhes da investigação são publicados esta quarta-feira na revista Nature, num artigo liderado por cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, e que revela como as células se organizam à medida que o coração se desenvolve.
Apesar da importância deste órgão, os cientistas sabem pouco sobre como exatamente as suas células estão organizadas, não sabendo, por exemplo, como são coordenados espacialmente para criar estruturas morfológicas complexas, que são cruciais para a função cardíaca.
Este ‘atlas’ celular completo avança precisamente neste conhecimento e revela como os diferentes tipos de células cardíacas interagem e se organizam em estruturas complexas essenciais para o funcionamento do coração, noticiou hoje a agência Efe.
Se essas estruturas musculares deste órgão não se formarem corretamente, podem ocorrer doenças cardíacas congénitas, o defeito congénito mais comum, e várias doenças cardíacas também se podem desenvolver na idade adulta, lembram os autores.
Para mapear o coração, os investigadores, liderados por Elie Farah, Quan Zhu e Neil Chi, combinaram sequenciamento de ARN e tecnologia de imagem de ponta, pode ler-se na revista.
Graças a estas tecnologias unicelulares, foram capazes de gerar uma lista melhorada de tipos de células cardíacas humanas.
O mapa revelou a distribuição regional de uma ampla gama de subpopulações de células cardíacas, revelando como estas células interagem durante o desenvolvimento do coração.
A análise unicelular identificou 75 subpopulações que exibiam características que correspondiam à sua localização anatómica e estágio de desenvolvimento, incluindo novos subtipos de células nas válvulas cardíacas.
Além disso, os autores descobriram interações entre combinações específicas de populações celulares. Observaram, por exemplo, interações entre células do músculo cardíaco ventricular, fibroblastos (parte do tecido conjuntivo) e células endoteliais (revestimento dos vasos sanguíneos), que podem desempenhar um papel na formação da parede ventricular.
Especificamente, a equipa científica utilizou um método de imagem espacial chamado Merfish, que permitiu a identificação espacial preliminar de células individuais.
Juntamente com a técnica de transcriptómica unicelular, que permite saber quais genes são expressos e em quais células (transcritoma), os cientistas alcançaram uma resolução e profundidade de compreensão “sem precedentes” de células individuais e onde elas residem.
As informações detalhadas descobertas neste estudo podem ajudar a melhorar a compreensão dos mecanismos subjacentes às doenças cardíacas congénitas e em adultos, e também podem orientar novas estratégias de reparo cardíaco, concluem os autores.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
ESTUDO: NOS PRÓXIMOS 50 ANOS AS SECAS VÃO SER MAIS FREQUENTES
Um estudo hoje divulgado pela Universidade de Aveiro antevê, para os próximos 50 anos, maior frequência de períodos de seca na Península Ibérica, com consequências económicas, sociais e ambientais.
Um estudo hoje divulgado pela Universidade de Aveiro antevê, para os próximos 50 anos, maior frequência de períodos de seca na Península Ibérica, com consequências económicas, sociais e ambientais.
O estudo conclui que, ao longo do século XXI, ocorrerão alterações no regime de secas para a Península Ibérica, que poderão trazer mudanças ao modo de vida de portugueses e espanhóis.
O trabalho de investigação científica parte de dois cenários de concentração de gases de efeito estufa na atmosfera (um moderado e um severo), definidos pelo ‘Intergovernmental Panel on Climate Change’ (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas).
“Foram analisados dois tipos de secas: as meteorológicas, que se definem pelo desvio da precipitação em relação ao valor normal esperado, e as hidrológicas, que se relacionam com a redução dos níveis médios de água nos reservatórios e no solo.
Até 2040, adianta o investigador Humberto Pereira, “prevê-se que as secas hidrológicas sejam mais comuns e intensas na região noroeste da Península Ibérica e menos frequentes, mas mais duradouras, nas restantes regiões da península”.
Já quanto às secas meteorológicas, “os principais resultados do estudo revelam que, para ambos os cenários do IPCC, as secas meteorológicas serão globalmente menos frequentes na Península Ibérica no período compreendido entre 2006-2040″.
No entanto, serão mais intensas e duradouras na região Este da Península Ibérica, intensificando-se esse efeito ao longo do século XXI”.
As secas meteorológicas e hidrológicas podem ter consequências na região e, segundo os investigadores da UA, “a nível económico poderão resultar em impactos negativos para a agricultura, o turismo, e a produção de energia”.
“A nível ambiental, terão impactos negativos para a biodiversidade da região, degradação dos solos, e potencial aumento do risco de incêndios florestais, e, a nível social, pela possível escassez de água potável para a população”, acrescentam.
O estudo agora anunciado teve a participação de Humberto Pereira e João Miguel Dias do Departamento de Física (DFis) e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, em colaboração com Nieves Lorenzo e Ines Alvarez da Universidade de Vigo.
-
MAGAZINE1 semana atrás
PORQUE SE COMEMORA O DIA DA MULHER ?
-
REGIÕES4 semanas atrás
LISBOA: ATIVISTAS PRÓ-PALESTINA ATACAM MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS
-
DESPORTO3 semanas atrás
LIGA DOS CAMPEÕES: FC PORTO VENCE ARSENAL COM GOLO DE GALENO AOS 90+4
-
INTERNACIONAL4 semanas atrás
RÚSSIA: ALEXEY NAVALNY (OPOSITOR DE PUTIN) MORREU NA PRISÃO
-
MAGAZINE2 semanas atrás
COMO POUPAR E GERIR O SEU CRÉDITO?
-
DESPORTO2 semanas atrás
FC PORTO X SL BENFICA: ANÁLISE DE JOSÉ AUGUSTO SANTOS
-
REGIÕES4 semanas atrás
LISBOA: POLÍCIAS VOLTAM A PROTESTAR PELAS CONDIÇÕES SALARIAIS
-
NACIONAL2 dias atrás
GREVE GERAL DOS JORNALISTAS PORTUGUESES