REGIÕES
TRÁS-OS-MONTES: HELICÓPTERO DO INEM NÃO ATERRA EM TODOS OS HOSPITAIS DO NORTE
O helicóptero de emergência médica do INEM que está desde 03 de janeiro a operar na base de Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança, não consegue aterrar em alguns dos heliportos dos hospitais do Norte.
O helicóptero de emergência médica do INEM que está desde 03 de janeiro a operar na base de Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança, não consegue aterrar em alguns dos heliportos dos hospitais do Norte.
Ainformação foi avançada à Lusa por Tiago Faria Lopes, presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, depois da troca entre bases do modelo anterior, o A109S, pelo AW139, de maior porte, que estava antes em Évora.
A base alentejana está agora a operar com o helicóptero mais pequeno e apenas durante o dia.
“O que acontece é que o helicóptero [AW139] não tem nem tamanho e, por vezes, nem peso, para aterrar nos heliportos para onde está adjudicado”, avançou Tiago Faria Lopes.
Em causa estão, pelo menos, e segundo a mesma fonte, os dois hospitais com heliporto em Bragança, na capital de distrito e em Mirandela, e o de Massarelos, no Porto, usado para helitransportes para o Hospital de Santo António.
Em Bragança a alternativa passou a ser o aeródromo municipal, a 15 minutos por estrada, mais o tempo de transferir o doente entre hospital, ambulância e aeronave, o que perfaz 20 minutos no total.
“Isto faz com que uma viagem entre Bragança e Porto demore mais 50 minutos, entre Bragança e Vila Real mais 40 minutos. E, em Bragança e após um acidente, mais 20 minutos do que era expectável”, detalhou o dirigente sindical.
Com o helicóptero mais pequeno, a efetuar o transporte a partir do hospital de Bragança, uma viagem, com partida da base de Macedo de Cavaleiros, entre Bragança e Porto demorava 55 minutos e entre Bragança e Vila Real 35.
Em Mirandela, por falta de certificação de segurança para aterrar no heliporto em período noturno, o helicóptero A109S só já podia fazê-lo durante o dia, sendo a alternativa durante a noite um relvado sintético na cidade ou o aeródromo municipal.
Contactado pela Lusa, o presidente da câmara municipal de Bragança, Hernâni Dias, informou que o INEM solicitou à autarquia, a 03 de janeiro, a aterragem do helicóptero no estádio municipal, que fica do outro lado da rua do hospital, algo que o autarca disse ser “inviável”.
“Tendo em conta o elevado peso do helicóptero, que vai provocar danos irreversíveis na estrutura (…,) para além da impossibilidade de garantir a operação durante a noite”, explicou o autarca brigantino, segundo o qual seria necessário ter recursos humanos no campo de futebol durante a noite, para ligar as luzes e abrir as portas.
Para Hernâni Dias, com o ponto de aterragem atual, no aeródromo, o auxílio não pode ser “conforme deveria ser feito” o que revela “uma falta de preocupação” com o socorro à população, que fica “seriamente comprometido”.
Num documento interno da Avincis, a quem tem sido adjudicado o serviço, e a que a Lusa teve acesso, lê-se que a empresa teve conhecimento a 28 de dezembro que tinha ficado com a adjudicação por ajuste direto para a manutenção da prestação de serviços de transporte médico aéreo de emergência entre 01 de janeiro e 30 de junho.
Ainda nessa comunicação interna, detalha-se que “o dispositivo em termos de número e tipologia de helicópteros mantém-se o mesmo (dois AW139 e dois A109S)”, mas que “o novo contrato introduz uma nova realidade de disponibilidade operacional”, uma vez que dois dos aparelhos, o de Viseu e de Évora, passam apenas a operar 12 horas, durante o dia, em vez de 24. As bases de Macedo de Cavaleiros e de Loulé mantêm-se com serviço permanente, com os AW139.
“Este novo modelo operacional determinará a necessidade de reorganização interna por parte da Avincis e, nesse contexto, existirão movimentações de helicópteros entre bases operacionais, a serem decididas pelo cliente e até mesmo a necessidade de reajustamento das equipas, designadamente ao nível dos pilotos”, explica-se no documento.
Antes do final do ano, o INEM emitiu uma nota onde disse que não era possíveis voos 24 horas “como resultado do litígio laboral com os pilotos decorrente de questões legais relacionadas com o limite de horas de serviço dos pilotos”.
Nas bases aéreas com redução de horário no período noturno, o INEM vai manter em funcionamento uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) e respetiva equipa médica.
O procedimento concursal que vai ser lançado, válido entre 2024 e 2028, com 12 milhões de euros anuais, foi aprovado na Resolução de Conselho de Ministros de 19 de outubro e publicado a 25 desse mês, e prevê a cobertura da emergência médica permanente. Entretanto, foi feito um ajuste direto por seis meses, por ter terminado o anterior contrato no final do ano.
Contactado pela Lusa, o INEM reforçou que “as medidas de ajustamento do dispositivo de helitransporte do INEM assumem natureza transitória e visam otimizar a capacidade de resposta enquanto decorre o processo concursal para contratação do serviço”.
A Lusa tentou contactar a empresa Avincis, sem resposta até ao momento.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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