INTERNACIONAL
UNIÃO EUROPEIA ANUNCIA CÓDIGO DE CONDUTA CONTRA AS FAKE-NEWS
Um novo código de conduta para combater a desinformação foi hoje assinado por 34 signatários, incluindo grandes plataformas ‘online’, e reforça a versão anterior tendo já em conta a pandemia e a guerra na Ucrânia, anunciou a Comissão Europeia.
Um novo código de conduta para combater a desinformação foi hoje assinado por 34 signatários, incluindo grandes plataformas ‘online’, e reforça a versão anterior tendo já em conta a pandemia e a guerra na Ucrânia, anunciou a Comissão Europeia.
O novo código reforçado, subscrito por plataformas como Meta, Google, Twitter, TikTok e também Microsoft, entre outros atores da indústria publicitária online, empresas de tecnologia avançada, verificadores de factos, e sociedade civil, “visa colmatar as lacunas do código anterior, com compromissos e medidas mais fortes, que se baseiam nas lições operacionais aprendidas nos últimos anos”, designadamente com a desinformação em torno da pandemia da covid-19 e da agressão militar russa à Ucrânia, aponta a Comissão Europeia.
“Este novo código contra a desinformação surge numa altura em que a Rússia está a utilizar a desinformação como uma arma no quadro da sua agressão militar contra a Ucrânia, mas também quando vemos ataques à democracia de forma mais ampla”, comentou a vice-presidente da Comissão responsável pela Transparência, Vera Jourova.
De acordo com a comissária, a União Europeia passa a dispor agora de “compromissos muito significativos para reduzir o impacto da desinformação ‘online’ e instrumentos muito mais robustos para medir a forma como estes são implementados em toda a UE em todos os países e em todas as suas línguas”.
“Os utilizadores terão também melhores ferramentas para assinalar a desinformação e compreender o que estão a ver. O novo código reduzirá também os incentivos financeiros para a divulgação da desinformação e permitirá aos investigadores acederem mais facilmente aos dados das plataformas”, assinalou.
O primeiro código de conduta para combater a desinformação foi criado em 2018 e tratou-se do primeiro instrumento de autorregulamentação a nível mundial que reuniu agentes da indústria para se empenharem voluntariamente em medidas de luta contra a desinformação.
Após uma avaliação, a Comissão publicou, em maio de 2021, um guia detalhado sobre como o código deveria ser reforçado pelos signatários para “criar um ambiente em linha mais transparente, seguro e digno de confiança”, tendo então agora sido adotada a nova versão, à qual se podem juntar novos signatários.
Os signatários terão seis meses para implementar os compromissos e medidas a que se comprometeram, e, no início de 2023, fornecerão à Comissão os seus primeiros relatórios de implementação.
INTERNACIONAL
VACINAS SALVARAM 154 MILHÕES DE VIDAS EM 50 ANOS
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
Em comunicado, a OMS salienta que a estimativa plasmada no estudo incide sobre a vacinação contra 14 doenças, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, tétano, febre amarela, rubéola, tuberculose, meningite A e tosse convulsa.
De acordo com o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet, a vacinação permitiu salvar 101 milhões de bebés entre as 154 milhões de vidas estimadas.
O estudo realça que a imunização contra as 14 doenças analisadas contribuiu diretamente para reduzir 40% da mortalidade infantil global e 52% em África.
Por si só, a vacinação contra o sarampo diminuiu 60% da mortalidade infantil à escala global.
A OMS destaca, ainda, que mais de 20 milhões de pessoas podem hoje andar graças à imunização contra a poliomielite.
“As vacinas estão entre as invenções mais poderosas da História, prevenindo doenças antes temidas”, sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado.
Os dados foram publicados num momento de retrocesso da vacinação, causado nomeadamente pela redução dos programas de imunização devido à pandemia da covid-19.
A OMS assinala que 67 milhões de crianças não receberam entre 2020 e 2022 todas as vacinas de que necessitavam, o que contribuiu para um aumento de 84% dos casos globais de sarampo entre 2022 e 2023.
O estudo foi divulgado na Semana Mundial da Vacinação 2024, que hoje começou e termina na terça-feira.
INTERNACIONAL
ADVOGADOS DE TRUMP DECLARAM EX-PRESIDENTE INOCENTE NO INÍCIO DE JULGAMENTO
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Nas declarações iniciais do julgamento de Trump, os procuradores defenderam que o ex-presidente “orquestrou um esquema criminoso para subverter” as eleições presidenciais de 2016.
Os advogados de defesa alegaram que Trump está inocente, acrescentando que o gabinete do procurador distrital de Manhattan “nunca deveria ter aberto este caso”.
Um painel de jurados nova-iorquinos — 12 jurados e seis suplentes — tomou posse na passada sexta-feira, após quatro dias de seleção do júri, e começou hoje a participar naquele que é o primeiro julgamento criminal contra um ex-presidente dos EUA.
Trump é acusado de falsificar registos comerciais como parte de um alegado esquema para dissimular histórias que acreditava que poderiam prejudicar a sua campanha presidencial em 2016.
No centro das acusações está um pagamento de cerca de 100 mil euros feito à atriz pornográfica Stormy Daniels por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, para evitar que fosse conhecida uma relação extramatrimonial com o empresário.
Os procuradores dizem que Trump dissimulou a verdadeira natureza dos pagamentos falsificando documentos comerciais.
O ex-presidente nega ter tido um encontro sexual com Daniels e os seus advogados argumentam que os pagamentos feitos a Cohen foram despesas legais legítimas, declarando-se inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.
Um dos advogados de defesa de Donald Trump concentrou-se durante as declarações iniciais em repetir argumentos colocando em questão a credibilidade de uma das principais testemunhas da acusação: Michael Cohen.
O advogado Todd Blanche forneceu um extenso relato sobre o cadastro criminal de Cohen e sobre o facto de ele já ter sido condenado por mentir sob juramento.
Blanche acusou Cohen de ser “obcecado pelo ex-presidente”, dizendo que “o seu sustento financeiro depende da destruição da reputação de Trump.
“Não se pode tomar uma decisão séria sobre o presidente Trump confiando nas palavras de Michael Cohen”, argumentou Blanche.
Antecipando os prováveis ataques da defesa à sua principal testemunha, o procurador Matthew Colangelo reconheceu o cadastro criminal de Cohen, logo no início do julgamento.
Os advogados de defesa argumentaram ainda que Trump não teve nada a ver com os pagamentos feitos para evitar que histórias sobre a sua vida sexual se tornassem públicas, nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.
Blanche questionou em particular a insinuação feita pela acusação de que o pagamento a Stormy Daniels se destinava a tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais.
“Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso chama-se democracia”, concluiu o advogado.
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