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VIRGIN GALACTIC, DE RICHARD BRANSON, LEVA PRIMEIROS CLIENTES AO ESPAÇO

A Virgin Galactic levou hoje os seus primeiros clientes para o Espaço, uma etapa marcante para a empresa do multimilionário Richard Branson, que lhe deve permitir relançar-se no setor desejado do turismo espacial, onde está atrasada face à concorrência.

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A Virgin Galactic levou hoje os seus primeiros clientes para o Espaço, uma etapa marcante para a empresa do multimilionário Richard Branson, que lhe deve permitir relançar-se no setor desejado do turismo espacial, onde está atrasada face à concorrência.

A empresa, fundada em 2004, já esteve cinco vezes no Espaço, mas apenas com tripulantes a bordo, ao contrário da Blue Origin, que já levou vários clientes além da designada última fronteira.

A nave da Virgin Galactic, VSS Unity, transportou hoje quatro passageiros, a saber, dois oficiais da Força Aérea italiana, um engenheiro do Conselho Nacional de Investigação italiano e um empregado da empresa, além dos dois pilotos.

O veículo superou os 80 quilómetros de altitude, o limite que marca o início do Espaço, segundo os militares dos EUA. “Bem-vindos ao Espaço, astronautas”, congratulou-se em Terra Sirisha Bandla, uma funcionária da Virgin Galactic que já fez a viagem em 2021.

A cabina tem uma bandeira italiana colocada.

“Foi uma experiência inesquecível”, disse em conferência de imprensa o coronel Walter Villadei, que descreveu o contraste entre o negro do Espaço e a Terra. Admirar esta vista foi “verdadeiramente o melhor momento”, disse.

A missão, batizada Galactic 01, saiu da base da Spaceport America, no deserto do Estado do Novo México.

Um enorme avião de transporte descolou às 08h30 locais de uma pista clássica. Cerca de uma hora depois, a 15 quilómetros de altura, largou um veículo, um avião, parecido com um jato privado.

Este acendeu o motor e acelerou na vertical até atingir 85 quilómetros de altitude. Minutos depois desceu, planando até aterrar na mesma pista.

O próprio Richard Branson tinha feito esta breve viagem em julho de 2021. A agência norte-americana de aviação (FAA, na sigla em Inglês) suspendeu depois os voos da empresa para inquirir sobre um desvio de trajetória durante este voo muito mediatizado então.

Depois, a Virgin Galactic anunciou uma pausa nas suas operações, para melhorar um motor, que durou mais tempo do que anunciado.

Em maio, a empresa realizou o seu último voo teste antes das operações comerciais.

Estas eram esperadas desde há anos. Cerca de 800 clientes já compraram bilhetes, por um preço entre 200 mil e 250 mil dólares por passageiro, mas já subiram para 450 mil.

O programa espacial da Virgin Galactic tem anos de atraso, devido em particular a um acidente em 2014, que provocou a morte de um polícia.

O voo de hoje foi apresentado como tendo vocação científica, com várias experiências realizadas a bordo.

A nova plataforma disponibilizada pela Virgin Galactic resolve uma carência na investigação, disse Walter Villadei.

“Se se vir as possibilidades de voar em microgravidade hoje para a comunidade internacional, pode-se fazer durante uns segundos em voos parabólicos (…), ou na Estalão Espacial Internacional, durante seis meses”, recordou. “Não há nada no meio”.

Depois de uma segunda missão (Galactic 02) prevista para agosto, a Virgin Galactic promete voos espaciais todos os meses.

A empresa está em concorrência com a do multimilionário Jeff Bezos, Blue Origin, que também propõe suborbitais curtos e já enviou 32 pessoas ao Espaço, mas a mais de 100 quilómetros, a designada linha de Karman, que marca o início do Espaço segundo a convenção internacional.

Mas, depois de um acidente em setembro de 2022, durante um voo sem pessoas, o foguete caiu no chão. A Blue Origin prometeu em março retomar “em breve” os seus voos espaciais.

A empresa do multimilionário Elon Musk, SpaceX, também já fez ou participou em missões de turismo espacial, mas a experiência proposta é muito diferente porque de cada vez duram vários dias.

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INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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