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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

ESTUDO: VÍRUS MONKEYPOX TERÁ ORIGEM ÚNICA E JÁ TEM MAIS DE 50 MUTAÇÕES

Uma investigação do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) sugere que o surto de ‘monkeypox’ tenha uma única origem e que o vírus tem um número “anormalmente elevado” de mutações, tendo em conta as suas características.

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Uma investigação do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) sugere que o surto de ‘monkeypox’ tenha uma única origem e que o vírus tem um número “anormalmente elevado” de mutações, tendo em conta as suas características.

O estudo do INSA sobre a sequenciação genética do vírus ‘Monkeypox’, publicado na revista científica Nature Medicine, refere a origem única do surto mas indica que potencialmente terão existido várias introduções em países diferentes e salienta o número anormalmente elevado de mutações do vírus, uma média de 50, contrariando expectativas da comunidade científica tendo em conta as características do agente em causa.

“A origem mais provável do vírus que está a causar o surto de ‘monkeypox’ mundialmente em 2022 é um vírus ancestral comum que terá causado um surto na Nigéria em 2017 e que tenha sido responsável também pela exportação de alguns casos em 2018 e 2019 para o Reino Unido, Singapura e Israel”, disse hoje à agência Lusa o investigador do INSA João Paulo Gomes, que liderou o estudo.

A hipótese mais plausível será a de que a linhagem original tenha continuado a circular na Nigéria ou em países vizinhos ao longo dos últimos cinco anos e tenha acumulado mutações nesse processo.

De acordo com esta teoria, algumas pessoas infetadas terão viajado, provavelmente nos meses de março ou abril de 2022, para países não endémicos como Portugal, Reino Unido e Espanha e iniciado cadeias de transmissão.

Relativamente às características do vírus, o responsável da Unidade de Investigação do Núcleo de Genómica e Bioinformática do Departamento de Doenças Infecciosas do INSA disse que os investigadores ficaram surpreendidos quando se aperceberam que existiam “muito mais mutações do que o que era esperado”.

“Se ele provêm, muito provavelmente, do vírus da Nigéria, que circulou há cerca de cinco anos, e esperando uma taxa de mutação perfeitamente descrita de cerca de uma, não mais de duas, mutações por ano, não seria expectável que tivéssemos um vírus a circular agora e a causar este surto massivo com mais de dez mutações. No entanto, encontrámos uma média de 50 mutações no vírus que sequenciámos e isto fez com que apelidássemos de uma evolução acelerada”, salientou.

O que os investigadores observaram foi “um vírus muito evoluído” relativamente ao que estavam à espera, mas João Paulo Gomes referiu que não é conhecido “qual o impacto destas mutações em termos de maior ou menor transmissão, em termos de maior ou menor severidade”.

O investigador adiantou que “um número muito significativo” das mutações tinha como alvo proteínas do vírus que estão associadas à interação com as proteínas humanas, em particular com o sistema imunitário, o que “sugere claramente um processo de adaptação” aos humanos.

“A maior parte das mutações parecem resultar de um mecanismo de defesa do próprio ser humano, que atua normalmente com vista a modificar geneticamente o vírus invasor de forma a controlar a infeção, podendo, no entanto, acontecer que, por má regulação deste sistema, as mutações criadas no vírus não lhe sejam prejudiciais, o que parece ter sido exatamente o que aconteceu com o vírus ‘Monkeypox’ de 2022”, rematou.

Em Portugal, já foram reportados 402 casos de ‘Monkeypox’.

Até 27 de junho, tinham sido reportados um total de 4.357 casos em 48 países.

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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

SAÚDE: CIENTISTAS MAIS PERTO DA NOVA VACINA EFICAZ CONTRA O VIH (HIV)

Os cientistas fizeram vários avanços no desenho de uma classe de vacinas contra o VIH que pode oferecer ampla proteção contra o vírus, de acordo com quatro novas investigações com diferentes métodos para obter anticorpos neutralizantes de amplo espetro.

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Os cientistas fizeram vários avanços no desenho de uma classe de vacinas contra o VIH que pode oferecer ampla proteção contra o vírus, de acordo com quatro novas investigações com diferentes métodos para obter anticorpos neutralizantes de amplo espetro.

Os resultados destes estudos ainda preliminares foram publicados nas revistas Science, Science Translational Medicine e Science Immunology, e todos os quatro trabalhos descrevem novos passos numa estratégia de vacinação sequencial, para obter um candidato eficaz contra o vírus VIH-SIDA, noticiou esta quinta-feira a agência Efe.

As experiências foram realizados em macacos rhesus e ratos (camundongos), e uma das propostas está na fase 1 de testes clínicos.

Entre os autores estão cientistas do American Scripps Research Institute, da Universidade de Louisville e da Universidade da Califórnia, em San Diego.

A epidemia do VIH entrou na sua quinta década e a comunidade científica dedicou tempo e recursos ao desenvolvimento de vacinas candidatas contra o vírus.

No entanto, as autoridades de saúde ainda carecem de uma vacina eficaz e aprovada que induza anticorpos amplamente neutralizantes, capazes de neutralizar as estirpes de VIH circulantes mais comuns, sublinhou o grupo num resumo na revista Science.

Uma solução é um processo chamado seleção germinativa, no qual os investigadores utilizam uma série de proteínas dirigidas pelo sistema imunitário (imunógenos) para guiar e ‘preparar’ as células B jovens à medida que amadurecem em locais chamados centros germinativos.

O objetivo é induzir as células a produzirem anticorpos amplamente neutralizantes contra o VIH.

José Alcamí, diretor da Unidade de Imunopatologia da SIDA do Instituto de Saúde Carlos III, salientou que o objetivo de qualquer vacina preventiva é induzir a produção de anticorpos neutralizantes pelo sistema imunitário e normalmente o antigénio utilizado deve incluir ou ser formado pelo envelope ou proteínas de superfície do vírus.

São estas proteínas que interagem com os recetores de entrada na célula, pelo que o seu bloqueio por anticorpos neutraliza a infeção do vírus, explicou o Science Media Center Spain (SMC), uma plataforma de recursos científicos.

A dificuldade na obtenção de uma vacina deve-se à estrutura do envelope do VIH, que o torna muito inacessível à ação dos anticorpos neutralizantes, detalhou o virologista, que não está envolvido nos estudos.

Dada a dificuldade de gerar anticorpos neutralizantes contra o VIH, os autores destes novos trabalhos orientam o sistema imunológico a gerar um tipo específico de anticorpos neutralizantes com diferentes imunógenos.

Primeiro mais simples (para que possam ser melhor reconhecidos) e depois mais complicados e próximos da proteína do envelope original do VIH, detalhou Julià Blanco, chefe do grupo de Virologia e Imunologia Celular do Instituto IrsiCaixa de Pesquisa em SIDA.

A proteína do envelope do VIH possui diferentes regiões que são reconhecidas por anticorpos neutralizantes. Para uma região específica (o sítio de ligação do CD4), essa estratégia já tinha sido utilizada e chegou até a estudos em humanos.

Agora aparece uma segunda região (a base do loop V3) que também pode ser usada de forma semelhante.

“Se as duas estratégias forem combinadas, poderá ser gerada uma maior quantidade e diversidade desses anticorpos neutralizantes (o que tornaria uma potencial vacina mais eficaz)”, realçou Blanco, que não participa dos estudos.

A vacinação sequencial pode ser uma excelente estratégia, mas pode exigir um número excessivo de imunógenos, o que dificultaria sua conversão num produto que chegasse à população mais necessitada.

“Há muito trabalho pela frente”, resumiu a SMC.

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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

DESCOBERTA UMA NOVA FORMA DE PRODUZIR HIDROGÉNIO EM GRANDE ESCALA

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Investigadores no Japão apresentaram uma forma de poupar o uso do metal raro irídio na produção de hidrogénio, o que pode permitir a produção do gás em larga escala, indica um estudo esta quinta-feira divulgado.

A produção de hidrogénio “verde” em grande escala, importante para a transição energética para tecnologias sustentáveis, é difícil porque requer irídio, um metal extremamente raro, mas o método apresentado pelos investigadores liderados por Ryuhei Nakamura, do Centro RIKEN para a Ciência dos Recursos Sustentáveis (CSRS), no Japão, reduz em 95% a quantidade de irídio necessária para a reação química, sem alterar a taxa de produção de hidrogénio.

Os investigadores conseguiram estabilizar a produção de hidrogénio verde (assim chamado se for gerado com recurso a energias renováveis) a um nível relativamente elevado, utilizando uma forma de óxido de manganês como catalisador da reação química de eletrólise que extrai hidrogénio da água. No entanto, reconhecem que ainda faltam muitos anos para se conseguir uma produção a nível industrial desta forma.

“Esta descoberta poderá revolucionar a nossa capacidade de produzir hidrogénio ecológico e ajudar a criar uma economia de hidrogénio neutra em termos de carbono”, dizem os investigadores no estudo que será publicado na sexta-feira na revista Science, lembrando que o hidrogénio é uma fonte de energia renovável e que existe em larga escala, embora a sua produção ainda não rivalize com os combustíveis fósseis.

Para extrair hidrogénio da água é preciso um catalisador que provoca uma reação química. Os catalisadores mais eficientes são metais raros, sendo o irídio o mais eficiente, mas tão raro que usá-lo para que o hidrogénio alcance uma escala de produção de energia da ordem dos terawatts, tal como hoje é produzida a partir de combustíveis fósseis, serão precisos 40 anos, disse Shuang Kong, coautor da investigação.

“Precisamos de uma forma de preencher a lacuna entre os eletrolisadores baseados em metais raros e os baseados em metais comuns (…) para o hidrogénio verde ser completamente sustentável”, disse Ryuhei Nakamura.

A técnica apresentada no estudo faz isso, combinando manganês com irídio. Os investigadores descobriram que espalhar átomos de irídio em óxido de manganês permite manter o ritmo de produção de hidrogénio no mesmo nível de quando é utilizado apenas irídio, mas com 95% menos irídio.

Com o novo catalisador, a produção contínua de hidrogénio foi possível durante mais de 3.000 horas (cerca de quatro meses) com uma eficiência de 82% sem degradação.

“A interação inesperada entre o óxido de manganês e o irídio foi a chave do nosso sucesso”, afirmou o coautor do estudo Ailong Li.

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