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ECONOMIA & FINANÇAS

INE CONFIRMA AUMENTO SIGNIFICATIVO DO PREÇO DOS ALIMENTOS

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou em agosto um valor 6,3% superior a fevereiro, mês em que a Rússia invadiu a Ucrânia, destacando-se o encarecimento dos “produtos alimentares”, que contribuíram em 40% para a variação total.

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O Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou em agosto um valor 6,3% superior a fevereiro, mês em que a Rússia invadiu a Ucrânia, destacando-se o encarecimento dos “produtos alimentares”, que contribuíram em 40% para a variação total.

Segundo uma análise da evolução dos preços no consumidor desde fevereiro de 2022, divulgada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), “desde o início da guerra na Ucrânia, no final de fevereiro, o IPC tem refletido aumentos significativos de preços em grande parte dos produtos considerados na amostra”.

De acordo com o INE, embora sem atingir os valores de inflação média dos anos 70 e 80, “é evidente uma aceleração ao longo do ano de 2022, em particular nos agregados ‘produtos alimentares’ e, sobretudo, dos ‘produtos energéticos’”.

Assim, em agosto o IPC registou um valor 6,3% superior ao de fevereiro, tendo esta variação sido de 14,7% nos agregados ‘produtos energéticos’ e de 12,0% nos ‘produtos alimentares’.

“É visível uma redução do nível do índice dos ‘produtos energéticos’ em agosto, devido à redução de preços verificada na componente dos combustíveis”, nota o INE, acrescentando que “os agregados complementares, ‘serviços e restantes bens’ registaram variações inferiores à do total”, de 4,2% e 2,7%, respetivamente.

Em termos de contributos para a variação do IPC entre fevereiro e agosto, destacam-se os ‘produtos alimentares’, que contribuíram em cerca de 40% para a variação total do IPC, sendo que neste grupo são recolhidos “mais de 60 milhares de preços relativos a mais de 250 produtos”.

Ao nível das classes de despesa destacam-se os contributos positivos dos ‘produtos alimentares e bebidas não alcoólicas’, dos ‘restaurantes e hotéis’, da ‘habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis’ e dos ‘transportes’.

Já a classe da ‘saúde’ “é a única a apresentar um contributo negativo relevante, em consequência do alargamento dos critérios de isenção das taxas moderadoras ocorrido em junho”, explica o INE.

A um nível mais desagregado, o instituto estatístico refere que, “além das categorias relacionadas com o turismo, cuja sazonalidade resulta em preços mais elevados nos meses de verão, os contributos mais relevantes para a variação do IPC desde fevereiro referem-se aos subgrupos pertencentes aos dois agregados ‘produtos energéticos’ e os ‘produtos alimentares’.

No agregado dos ‘produtos energéticos’, os maiores contributos para a variação do IPC provêm da ‘eletricidade’ (variação de 28,0% face a fevereiro) e dos ‘combustíveis e lubrificantes para equipamento para transporte pessoal’ (5,4%, valor “substancialmente inferior” aos 14,6% registados no mês anterior).

Segundo detalha o INE, as componentes mais relevantes deste subgrupo são o ‘gasóleo’ (aumento de 8,2%) e a ‘gasolina’ (1,2%), que apresentaram reduções nos últimos dois meses face ao máximo atingido em junho.

Quanto ao comportamento dos preços do ‘gás natural’, “reflete o impacto significativo da guerra na Ucrânia”, registando uma variação de 35,5% entre fevereiro e agosto, com máximos de 39,2% em maio e junho.

Contudo, refere o INE, “o contributo deste item para a variação do IPC tem menor relevância do que os restantes produtos energéticos, dado o seu ponderador (0,5%) ser bastante inferior ao das restantes componentes deste agregado (7,7%)”.

Quanto aos ‘produtos alimentares’, destacam-se os subgrupos da ‘carne’ (16,7%), em particular a ‘carne de aves’ (25,1%) e a ‘carne de porco’ (23,4%); do ‘pão e cereais’ (10,7%), com destaque para os ‘outros produtos de padaria, bolachas e biscoitos’ (12,5%) e para o ‘pão’ (8,8%); do ‘peixe’ (8,7%); das ‘frutas’ (13,7%), especialmente a ‘fruta fresca ou frigorificada’ (14,4%); do ‘leite, queijo e ovos’ (10,3%); e dos ‘óleos e gorduras’ (22,9%), nomeadamente os ‘óleos alimentares’ (36,2%).

Da análise do INE à evolução dos índices destes subgrupos resulta que “os ‘óleos e gorduras’ registaram aumentos relevantes de preços a partir de março, sendo o impacto mais tardio e menos intenso nos restantes subgrupos em análise”. Contudo, e “à semelhança do ‘gás natural’, o ponderador relativamente reduzido desta categoria (0,9%) limita o impacto da sua variação no total do IPC”.

Nos serviços menos sujeitos a flutuações sazonais de preços, o INE destaca o contributo dos “restaurantes, cafés e estabelecimentos similares”, com um aumento de 4,5% face a fevereiro.

Os subgrupos ‘serviços de alojamento’, ‘eletricidade’, ‘carne’, ‘pão e cereais’, ‘transportes aéreos de passageiros’, ‘peixe’, ‘restaurantes, cafés e estabelecimentos similares’, ‘frutas’, ‘leite, queijo e ovos’, ‘combustíveis e lubrificantes para equipamento para transporte pessoal’ e ‘óleos e gorduras’ contribuíram em cerca de 4,7 pontos percentuais para a variação total do IPC entre fevereiro e agosto, que se fixou em 6,3%.

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CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.

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Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.

Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.

Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.

“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.

Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.

Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.

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RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL

A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.

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A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.

Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.

Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.

Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.

Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.

No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.

Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.

No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.

No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.

Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.

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