REGIÕES
MURÇA: EX-AUTARCA JULGADO POR PECULATO, PREVARICAÇÃO E FALSIFICAÇÃO
O ex-presidente da Câmara de Murça João Teixeira (PS) começa a ser julgado na terça-feira, no Tribunal de Vila Real, pelos crimes de peculato, prevaricação e falsificação de documentos, segundo fonte judicial.
O ex-presidente da Câmara de Murça João Teixeira (PS) começa a ser julgado na terça-feira, no Tribunal de Vila Real, pelos crimes de peculato, prevaricação e falsificação de documentos, segundo fonte judicial.
O ex-autarca, com 69 anos, chega a tribunal acusado pelo Ministério Público (MP) num processo relacionado com uma viagem a Angola e com o pagamento, pelo município a que presidia, das despesas de duas pessoas integradas na comitiva municipal, mas que não tinham qualquer relação com a autarquia do distrito de Vila Real, sendo uma delas a sua própria mulher.
João Teixeira, que vai ser julgado por um coletivo de juízes, foi presidente da Câmara de Murça entre 2002 e 2013, tendo sido eleito pelo PS com três maiorias absolutas (2001, 2005 e 2009).
De acordo com a tese do MP, com o propósito de proceder à assinatura de um protocolo de geminação entre os municípios de Murça (Portugal) e o de Cambulo (Angola), o arguido integrou na comitiva municipal duas pessoas que não trabalhavam para a câmara, uma delas sua mulher, tendo os custos da viagem de avião e dos vistos consulares sido pagos pelo município de Murça.
O MP especifica que a câmara pagou 3.193 euros pelos bilhetes de avião para Angola e vistos para aquelas duas pessoas, que também não mantinham qualquer relação de cariz profissional com o município, e, com esta conduta, defende que o ex-presidente prejudicou “os interesses financeiros e patrimoniais do município”.
A viagem a Angola aconteceu entre 30 de junho e 07 de julho de 2013, e, ainda de acordo com o Ministério Público, a deslocação daquelas duas pessoas, integradas na comitiva municipal, “não foi precedida de qualquer deliberação ou autorização camarária”.
Ainda sobre esta viagem, o MP acusa o autarca de ter ordenado que o valor total de 9.580 euros com a viagem da comitiva fosse repartido em duas parcelas (4.680 e 4.900 euros), “com o fito de contornar as regras de contratação pública que imporiam, se considerado o referido valor global da aquisição, procedimentos de contratação mais exigentes”.
O ex-autarca pediu a abertura da instrução do processo, mas o juiz decidiu remeter o caso para julgamento.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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