ECONOMIA & FINANÇAS
GÁS NATURAL EUROPEU RECUA PARA NÍVEL MAIS BAIXO DESDE JUNHO DE 2021
O gás natural europeu continua a negociar em baixa e atingiu esta quinta-feira o valor mais baixo em dois anos, com níveis de armazenamento confortáveis na Europa e um aumento das temperaturas que trava a procura.
O gás natural europeu continua a negociar em baixa e atingiu esta quinta-feira o valor mais baixo em dois anos, com níveis de armazenamento confortáveis na Europa e um aumento das temperaturas que trava a procura.
Às 15h20 (hora em Lisboa), o contrato de futuros do TTF holandês, considerado a referência na Europa, estava em 30,25 euros por megawatt hora (MWh), momentos após ter recuado para 29,85 euros, o preço mais baixo desde junho de 2021.
“O nível global de consumo de gás natural continua a baixar” com a subida das temperaturas na Europa, explica numa nota Bjarne Schieldrop, analista na Seb.
“O aquecimento global reduz a procura de gás para aquecimento”, acrescentou, uma vez que as temperaturas esperadas a curto prazo estão acima da média para esta altura do ano, diminuindo a procura.
Os níveis de armazenamento na Europa são também bastante superiores à média, segundo analistas da Energi Danmark, citados pela AFP.
“Os stocks estão perto dos níveis recorde para este período do ano”, indicou também Schieldrop, lembrando que a procura se mantém fraca.
“A crise energética europeia foi efetivamente interrompida graças a uma adaptação excecional da União Europeia (UE), na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia”, apontou.
A Europa reduziu acentuadamente a sua dependência do gás russo. Segundo estimativas de analistas da DNB, a Rússia fornecia cerca de 40% das importações de gás na Europa antes da guerra na Ucrânia e menos de 10% atualmente.
Na terça-feira, a Comissão Europeia anunciou ter recebido propostas de 25 empresas para fornecimento de mais de 13,4 mil milhões de metros cúbicos de gás, no âmbito do primeiro concurso para aquisição conjunta ao nível da União Europeia (UE).
Após este primeiro concurso, em junho haverá uma segunda ronda de agregação da procura e de concursos, à qual se seguirão mais três rondas até ao final do ano.
Desde o início do ano, o gás natural europeu caiu mais de 60%, estando longe do recorde histórico de 345 euros por MWh em março de 2022, mas ainda em níveis elevados em comparação com anos anteriores. Em 2020, o preço do gás situava-se em 15 euros por MWh.
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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