Ligue-se a nós

DESPORTO

VITÓRIA DE GUIMARÃES X FC PORTO: ANÁLISE DE JOSÉ AUGUSTO SANTOS

A mais-valia das individualidades do FC Porto ganham ao melhor coletivo do Vitória. Diogo Costa ao defender tudo o que era possível e Francisco Conceição a assistir Zaidú no primeiro golo e a marcar o segundo em grande jogada individual fizeram a diferença, num jogo em que os vitorianos foram melhores na maioria do tempo de jogo e mereciam ter vencido.

Online há

em

A mais-valia das individualidades do FC Porto ganham ao melhor coletivo do Vitória. Diogo Costa ao defender tudo o que era possível e Francisco Conceição a assistir Zaidú no primeiro golo e a marcar o segundo em grande jogada individual fizeram a diferença, num jogo em que os vitorianos foram melhores na maioria do tempo de jogo e mereciam ter vencido.

O FC Porto até é a primeira equipa a criar perigo num excelente remate cruzado de Evanilson bem contrariado pela grande defesa de Bruno Varela, mas logo a seguir acaba por num lance fortuito, a bola vai à mão de João Mário, um penalti indiscutível que André Silva só na recarga conseguiu marcar. Essa defesa ao primeiro remate do avançado do Vitória motivou Diogo Costa para uma memorável exibição que fez toda a diferença no jogo.

O Vitória depois do golo começou a justificar a vantagem no marcador com uma excelente agressividade no corredor central e velocidade nas transições, foi impedindo o Porto de ter bola e criando sucessivas oportunidades de golo, pela mobilidade dos seus 3 jogadores mais adiantados Jota, André Silva e João Mendes que apesar dos excelentes e bem direcionados remates tiveram a forte oposição do guarda-redes portista.

O Porto que alterou o seu sistema tático, retirando um avançado Mehdi Taremi que tem sido uma sombra do jogador que é e colocou André Franco no corredor central a completar o trio de meio campo com os habituais Alan Varela e Eustáquio na tentativa de assumir o controle e domínio de jogo, mas a alteração não resultou porque os 3 jogadores nunca se conseguiram libertar da forte pressão e agressividade dos 2 jogadores do meio campo vitoriano, Tomás Handel e Dani Silva e mesmo no processo defensivo os 3 revelaram dificuldade de impedir as transições da equipa da casa. André Silva e em especial Jota que foi uma autêntica dor de cabeça para os defesas portistas foram desperdiçando oportunidades, a maioria por mérito das defesas incríveis de Diogo Costa com o pé e com as mãos, que deixou o FC sempre no jogo ao impedir por diversas vezes aquele que seria o dois a zero.

Na segunda parte seria impossível os jogadores vitorianos conseguirem jogar com a mesma intensidade, agressividade, pressão sem bola, dinâmica em posse e transições que tiveram na primeira parte e o FC do Porto foi melhorando acertando os seus posicionamentos e marcação, David Carmo que teve muitas dificuldades nos primeiros 45 minutos melhorou e fez uma boa segunda parte e o Porto que com o golo do empate no final da primeira parte por Zaidú a dar sequência a um excelente cruzamento de Francisco Conceição ficou mais autoconfiante e estável. Essa melhoria teve reflexos com o aproveitamento da perda de bola na zona proibida que Francisco Conceição lançado por Taremi e depois de jogada individual característica com movimento à procura do seu melhor pé, a desferir um fantástico remate, não deu hipótese de defesa a Bruno Varela. O Porto ficou ainda mais confortável e até desperdiçou algumas situações de vantagens numéricas para pode fazer o 1-3 e “matar o jogo”. Na parte final apresar da saída de Pepe, o líder da defesa portista o Porto não permitiu grandes oportunidades aos jogadores do Vitória que estavam muito desgastados.

Foi uma excelente exibição dos comandados de Álvaro Pacheco que na segunda foi tentando refrescar a equipa no meio-campo, dar velocidade, largura e profundidade no ataque com as entradas de Nélson da Luz (um pouco tarde, embora André Silva estivesse bem no jogo) e Butzke. Com a entrada de Zé Carlos tentou controlar a velocidade de Galeno que estava a tirar partido do imenso desgaste de Miguel Maga para criar perigo. As intenções eram boas, mas não tiveram a eficácia pretendida porque o Porto nessa fase já estava bem melhor na sua organização defensiva e saídas em contra-ataque apesar da dificuldade no último passe. Nuno Santos não teve tempo de influenciar o jogo.

Sérgio Conceição foi corrigindo posicionamentos, nomeadamente de David Carmo na primeira parte e no regresso ao seu sistema predileto, 1x4x4x2. Taremi não atravessa um bom momento, mas a sua entrada e a de Galeno melhorou o rendimento coletivo defensivo e ofensivo da equipa. As alterações de recurso por lesão de Pepe e Zaidú, fazendo entrar Fábio Cardoso e Jorgie também não comprometeram e a de Grujic foi para estancar a previsível tentativa final do Vitória chegar ao empate.

No Vitória os melhores foram Jota que se não tivesse encontrado pela frente Diogo Costa provavelmente teria feito 2 golos. Excelente a sua entrega ao jogo no momento defensivo e a sua movimentação ofensiva a pôr a cabeça em água aos defensores portistas. Também bom jogo de Jorge Fernandes, Dani Silva e André Silva.

No Porto o melhor foi Diogo Costa, o principal responsável pela difícil vitória portista, com defesas incríveis, até no penalti só na recarga foi batido. Francisco Conceição foi decisivo no ataque com o cruzamento teleguiado que proporcionou a Zaidú marcar o primeiro e marca o segundo com um movimento e remate de grande categoria. Pepe e João Mário também estiveram ligeiramente melhor que os seus colegas.

Nuno Almeida fez um bom jogo atendendo à dificuldade do estado do terreno e agressividade dos jogadores das 2 equipas. Não teve influência no resultado e dou-lhe o benefício da dúvida no lance em que Ricardo Mangas aparece de mão dada na área com Pepe. Para os adeptos do Porto penalti nítido, para os do Vitória aproveitamento de Pepe ao sentir a mão de Mangas…


José Augusto Santos, Comentador Desportivo e Treinador de Futebol Nível IV UEFA Pro.

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

DESPORTO

CHAMPIONS LEAGUE: SPORTING EMPATA COM BOLONHA E SEGURA PARA O PLAY-OFF DOS OITAVOS

O Sporting qualificou-se hoje para o play-off de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões de futebol, ao empatar 1-1 na receção ao Bolonha, em jogo da oitava e última jornada da fase de liga.

Online há

em

O Sporting qualificou-se hoje para o play-off de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões de futebol, ao empatar 1-1 na receção ao Bolonha, em jogo da oitava e última jornada da fase de liga.

O avançado dinamarquês Conrad Harder assinou o golo ‘leonino’, aos 77 minutos, depois de o médio Tommaso Pobega ter dado vantagem aos italianos, ainda na primeira parte, aos 21.

O Sporting voltou a pontuar na ‘Champions’, após três derrotas seguidas, concluindo a fase de liga com 11 pontos.

LER MAIS

DESPORTO

CHAMPIONS LEAGUE: BENFICA VENCE JUVENTUS E SEGUE PARA O PLAY-OFF DOS “OITAVOS”

O Benfica garantiu hoje um lugar no play-off de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões de futebol, ao vencer por 2-0 em casa da Juventus, na oitava e última jornada da fase de liga.

Online há

em

O Benfica garantiu hoje um lugar no play-off de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões de futebol, ao vencer por 2-0 em casa da Juventus, na oitava e última jornada da fase de liga.

O grego Vangelidis Pavlidis inaugurou o marcador, aos 16 minutos, e o turco Orkun Kokçu fixou o resultado, aos 80, consumando a sétima vitória dos ‘encarnados’ em nove encontros com o conjunto de Turim.

Depois do desaire com o FC Barcelona (4-5) na ronda anterior, a formação comandada por Bruno Lage fez o que precisava e manteve uma posição entre os 16 que vão disputar o play-off de acesso aos oitavos de final.

LER MAIS

MAIS LIDAS