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TORRES VEDRAS: ADVOGADO PAULO SARAIVA CONDENADO A 4 ANOS DE PRISÃO POR BURLA

O advogado Paulo Saraiva, com escritório em Torres Vedras, foi condenado pelo Tribunal de Lisboa a quatro anos de prisão, com pena suspensa por igual período, por burla qualificada, segundo o acórdão a que a Lusa teve hoje acesso.

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O advogado Paulo Saraiva, com escritório em Torres Vedras, foi condenado pelo Tribunal de Lisboa a quatro anos de prisão, com pena suspensa por igual período, por burla qualificada, segundo o acórdão a que a Lusa teve hoje acesso.

“O arguido é o único responsável pela prática do crime e agiu com elevado grau de culpa e ilicitude”, lê-se no acórdão, proferido na semana passada e que ainda não transitou em julgado.

O coletivo de juízes deu como “provada” a acusação de burla qualificada deduzida pelo Ministério Público contra Paulo Saraiva e a sociedade de advogados, de que é sócio maioritário.

O advogado foi condenado como “autor material de um crime de burla qualificada na pena de quatro anos de prisão suspensa na sua execução pelo mesmo período e subordinada à condição de o condenado pagar” a indemnização de 77.240 euros, o “valor do prejuízo causado” à empresa lesada, acrescido de juros.

Durante esse período, deverá pagar esse montante em prestações semestrais de, pelo menos, 9.655 euros.

Já a sociedade de advogados foi condenada pelo mesmo crime a pagar uma multa de 54 mil euros.

O tribunal deu como provado que um grupo económico ligado ao setor da construção civil atravessava dificuldades de tesouraria e necessitava de 30 a 40 milhões de euros de liquidez, sem que existisse disponibilidade dos bancos para o financiamento.

Nesse contexto, em julho de 2018, o administrador do grupo contactou o advogado que lhe foi indicado por “gerir interesses/fortunas de grandes investidores”.

Durante as negociações, que se prolongaram por cinco meses, o advogado disse ter investidores interessados, e que o financiamento estava assegurado, e foi prometendo encontros e a assinatura de contratos entre investidores e credores que nunca se concretizaram.

A título de honorários pela intermediação do negócio, durante esse período, o advogado cobrou à empresa diferentes montantes que atingiram 77.240 euros.

“Não obstante o prometido, o arguido foi adiando, sucessivamente, quer a assinatura dos contratos, quer a disponibilização das verbas”, é referido no acórdão.

A empresa “sentiu-se enganada em todo este procedimento” pelo advogado e, em meados de novembro desse ano, solicitou a devolução do dinheiro que pagou, o que o arguido recusou, “situação que se mantém” à data do acórdão.

O coletivo de juízes concluiu que “o arguido, num plano previamente definido, intencionalmente induziu o assistente em erro sobre a existência dos ditos clientes com intenção de investirem cem milhões de euros, com o objetivo de obter dinheiro sem a intenção de fornecer qualquer contrapartida equivalente”.

Este comportamento, é acrescentado, “revela um propósito claro de enriquecimento ilícito desde o início da relação com o assistente”.

O advogado está também a ser investigado por outros crimes de burla qualificada alegadamente praticados a clientes particulares, existindo vários inquéritos em segredo de justiça na Comarca Lisboa Norte, confirmou à Lusa o Ministério Público.

Clientes lesados e os seus advogados contaram à Lusa que o defensor ter-se-á apropriado de elevadas quantias de dinheiro que pedia aos clientes, no âmbito de processos judiciais ou de penhoras que acompanhava em sua representação, sem chegar a dar andamento aos processos ou devolver os montantes.

Questionada pela Lusa, a Ordem dos Advogados confirmou ter recebido “mais do que uma” queixa contra o advogado, tendo em curso “procedimentos” com vista a instaurar um inquérito disciplinar.

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MATOSINHOS: ESCOLA GONÇALVES ZARCO EVACUADA DEVIDO A QUEDA DE ÁRVORE

A chuva intensa e o vento forte que se fizeram sentir no Grande Porto ao início da manhã provocaram inundações e diversas quedas de árvores, designadamente em Matosinhos, onde por precaução a Escola Secundária Gonçalves Zarco foi evacuada.

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A chuva intensa e o vento forte que se fizeram sentir no Grande Porto ao início da manhã provocaram inundações e diversas quedas de árvores, designadamente em Matosinhos, onde por precaução a Escola Secundária Gonçalves Zarco foi evacuada.

Em declarações à Lusa, fonte das Relações Públicas do Comando Metropolitano da PSP do Porto disse que uma árvore caiu sobre a vedação daquela escola e provocou danos em viaturas estacionadas.

Segundo a fonte, não há vítimas, mas, uma vez que a escola é rodeada por árvores, foi decidido evacuar o estabelecimento de ensino como medida de precaução.

Ainda em Matosinhos, cerca das 08:20, uma árvore caiu sobre a linha do metro, junto à estação de Pedro Hispano, obrigando à interrupção da circulação até cerca das 08:40.

Neste concelho, há ainda a registar inundações, nomeadamente da via pública, e a queda de telhas sobre viaturas estacionadas.

No concelho do Porto, além de inundações, registou-se a queda de um telhado, na rua Silva Porto, na freguesia da Paranhos, que obrigou ao corte da via durante os trabalhos de remoção.

Neste caso, registaram-se também danos numa viatura estacionada.

A circulação na Linha ferroviária de Guimarães, entre as estações de Santo Tirso e Guimarães, encontra-se suspensa devido à queda de uma árvore, divulgou a empresa de transporte.

Numa nota na sua página oficial do Facebook, publicada pelas 09:30, a CP — Comboios de Portugal alerta para a situação ocorrida, sem dar mais pormenores.

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MATOSINHOS: HOMEM DETIDO DE VIOLAR MULHER EM “ENCONTRO SEXUAL”

Um homem de 36 anos foi detido por suspeita de violação de uma mulher, em Matosinhos, no domingo, depois de um “conflito motivado por ter sido ultrapassado o tempo contratado” para práticas sexuais entre ambos, foi anunciado esta quarta-feira.

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Um homem de 36 anos foi detido por suspeita de violação de uma mulher, em Matosinhos, no domingo, depois de um “conflito motivado por ter sido ultrapassado o tempo contratado” para práticas sexuais entre ambos, foi anunciado esta quarta-feira.

Em comunicado, a Polícia Judiciária explica que a vítima tem cerca de 30 anos e “dedica-se à prostituição, anunciando os seus serviços em plataforma online”.

Segundo o texto, “no dia dos factos, no decurso de práticas sexuais entre ambos, gerou-se um conflito motivado por ter sido ultrapassado o tempo contratado e o suspeito não querer pagar esse excesso”.

No decorrer do conflito, lê-se, o detido “acabou por mostrar-se extremamente violento, agredindo física e verbalmente a vítima, partindo o recheio da habitação e forçando-a a práticas sexuais através de agressões e do uso da força física”.

O detido vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.

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