REGIÕES
AVEIRO: SUSPEITA DE HOMICÍDIO DO MARIDO ALEGA ‘LEGÍTIMA DEFESA’
A mulher suspeita de ter matado à facada o marido em agosto de 2021 disse hoje no Tribunal de Aveiro ter agido em legítima defesa, alegando que o que aconteceu foi “um ato de sobrevivência”.
A mulher suspeita de ter matado à facada o marido em agosto de 2021 disse hoje no Tribunal de Aveiro ter agido em legítima defesa, alegando que o que aconteceu foi “um ato de sobrevivência”.
Perante o coletivo de juízes, a arguida, de 57 anos, relatou os factos ocorridos na residência do casal de uma forma calma e sem qualquer emoção, afirmando que foi o marido que começou com as agressões, por não aceitar a ideia de que ela pudesse pedir o divórcio.
“Ele disse que me tirava a vida, que se não fosse dele não era de mais ninguém e começou a espetar-me com uma faca”, contou a arguida, que falava na primeira sessão do julgamento em que responde por um crime de homicídio qualificado.
A mulher, que se encontra em prisão preventiva, afirmou que agarrou num ancinho e começou a lutar com o marido, tendo perdido a noção do que estava a fazer.
“Não sei como é que consegui fazer aquilo (…) Foi um ato de sobrevivência”, exclamou, negando ser uma pessoa violenta.
Após as agressões, a arguida contou que o companheiro disse que ia à casa de banho e caiu no chão, não se tendo apercebido que ele estava inanimado, e explicou que não pediu socorro porque pensava que ele “estava a fazer fitas”.
“Na minha cabeça ele estava vivo”, referiu a arguida, afirmando que o chamou várias vezes para ir para a cama.
Já de manhã, a arguida referiu que saiu à rua para comprar cigarros e regressou a casa, tendo chamado o marido para comer qualquer coisa, e só perto da hora do almoço é que teve a noção de que ele estava morto, tendo enviado uma mensagem à irmã a contar o sucedido.
O crime ocorreu na noite de 04 de agosto de 2021, na residência do casal na rua Cândido dos Reis, no centro da cidade de Aveiro.
A acusação do Ministério Público (MP) refere que a arguida e a vítima mantinham, desde o início da relação em julho de 2019, conflitos no seio do casal, existindo uma queixa pelo crime de violência doméstica contra o elemento masculino que não chegou a ter julgamento.
De acordo com a investigação, a mulher desferiu uma pancada na cabeça da vítima com um ancinho, logo após muniu-se de uma faca e, já no quarto, desferiu vários golpes na zona da garganta da vítima.
O MP refere ainda que quando a vítima estava inanimada, caída no chão do corredor, para onde fugiu na tentativa de sair de casa, a arguida desferiu-lhe diversas facadas na zona do tórax, tendo-lhe provocado, no total, 85 ferimentos.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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