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BRAGANÇA: UM TERÇO DAS ALDEIAS ABASTECIDAS POR AUTOTANQUES – SECA

Cerca de um terço da população que vive no meio rural no concelho de Bragança está a ser abastecida de água por autotanques devido à seca, que levou o município a anunciar hoje medidas de poupança.

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Cerca de um terço da população que vive no meio rural no concelho de Bragança está a ser abastecida de água por autotanques devido à seca, que levou o município a anunciar hoje medidas de poupança.

O meio rural é o que “mais preocupa” a autarquia de Bragança que, desde fevereiro, está a levar água em autotanques, em colaboração com os bombeiros, a 26 aldeias do concelho, onde vivem perto de quatro mil pessoas, segundo o ponto da situação relativo à seca feito hoje pelo município.

A maior parte dos 34.589 habitantes do concelho vive na cidade, concretamente mais de 22 mil, com o abastecimento assegurado pela barragem de Serra Serrada, que ainda tem água para mais três meses sem chover, e pela reserva estratégica da barragem de Veiguinhas, que está cheia e só é utilizada em situações extremas.

Cerca de 12 mil pessoas vivem nas 114 aldeias do concelho, algumas das quais necessitam recorrentemente de ser abastecidas com autotanques no verão, quando aumenta a população com a chegada de emigrantes e turistas.

O que está a acontecer este ano é que os números são “três vezes superiores à média dos últimos três anos”, segundo disse hoje o presidente da câmara, Hernâni Dias, com 26 aldeias e quase quatro mil pessoas a precisarem de transporte de água.

Embora as necessidades não sejam diárias, como referiu o autarca, em meio ano os camiões cisterna já fizeram 350 viagens e o município gastou 20 mil euros porque as 105 captações e 68 furos artesianos que abastecem estas populações não conseguem encher os depósitos.

O número de pessoas afetadas pela falta de água é superior ao avançado, na quarta-feira, à Lusa pelo autarca que falou de “25 aldeias e mil pessoas” a serem abastecidas por autotanques, à margem da assinatura de protocolos com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em Carrazeda de Ansiães.

Bragança foi um dos municípios contemplados com financiamento para o reforço de autotanques através do Fundo Ambiental, que disponibilizou 1,3 milhões de euros para mitigar a falta de água em sete concelhos de Trás-os-Montes.

Deste montante, um milhão destina-se ao transporte de água em autotanques a cerca de 11 mil pessoas de mais de 50 localidades de cinco concelhos, nomeadamente Bragança, Carrazeda de Ansiães, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Alijó.

Apesar de garantir que os depósitos das aldeias afetadas em Bragança têm capacidade suficiente, o presidente da câmara reconheceu que existem problemas estruturais nas redes que precisam de ser reabilitadas e que este ano estão também a ser afetadas pelo calor.

Segundo disse, o município já registou “o dobro” das ruturas de anos anteriores, “porque o terreno fica mais seco, mais pesado” e causa danos nas canalizações.

Hernâni Dias salientou que a situação este ano é mais complicada e prova disso é que o município está “a levar água a algumas aldeias que nunca tinham tido problemas”.

A autarquia lançou uma campanha de sensibilização à população de todo o concelho para a poupança de água, nomeadamente evitar regar hortas, jardins, viaturas e encher piscinas com água da rede, tanto no meio rural como urbano.

O município diz que está a dar o exemplo com a instalação de redutores de água nas torneiras e autoclismos dos edifícios municipais, redução das lavagens da frota municipal e que vai acabar com a rega de alguns jardins e espaços verdes, apesar de parte ter como fonte sistemas alternativos.

O autarca referiu ainda que o município tem vindo a criar charcas, que já existem em “mais de metade das freguesias” do concelho e onde as pessoas podem ir buscar água para as hortas e dar de beber aos animais.

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LISBOA: AUTARQUIA “PREOCUPADA” COM O AUMENTO DE SEM-ABRIGO EM ARROIOS

A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira um voto de preocupação sobre o aumento de pessoas em situação de sem-abrigo no largo da Igreja dos Anjos, em Arroios, e sobre os obstáculos que enfrentam para a regularização em Portugal.

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A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira um voto de preocupação sobre o aumento de pessoas em situação de sem-abrigo no largo da Igreja dos Anjos, em Arroios, e sobre os obstáculos que enfrentam para a regularização em Portugal.

Em reunião pública do executivo municipal, o voto foi apresentado pela vereadora do Bloco de Esquerda (BE), Beatriz Gomes Dias, e foi aprovado por unanimidade.

Entre as pessoas em situação de sem-abrigo a pernoitar no largo da Igreja dos Anjos, a vereadora do BE destacou a existência de 30 migrantes timorenses, lembrando a proposta que apresentou e que foi aprovada para a criação de um projeto municipal de acolhimento de emergência de cidadãos timorenses, através de uma resposta nas áreas de habitação, trabalho, saúde e educação.

Apresentada há mais de um ano, essa proposta foi aprovada em fevereiro, com sete votos contra da liderança PSD/CDS-PP e 10 votos a favor, nomeadamente três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.

Nessa altura, a vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Sofia Athayde (CDS-PP), justificou o voto contra a proposta do BE com o apoio dado pelo município aos cidadãos timorenses através do centro de acolhimento de emergência na freguesia lisboeta de Campolide, criado em março de 2022 para acolher refugiados ucranianos e que encerrou em 30 setembro de 2023.

Sofia Athayde disse que foram apoiadas “172 pessoas” no centro de acolhimento de emergência de Campolide, foi feito um ponto de situação passado três meses e foi registado “97% de sucesso de automatizados”, referindo que as equipas estão a acompanhar 15 cidadãos timorenses que estão a pernoitar na Praça da Figueira e nove na Praça do Martim Moniz, no sentido de os integrar.

No voto de preocupação apresentado esta quarta-feira, o BE reforçou que “continua válida” a proposta de criação de um projeto municipal de acolhimento de emergência “ITA HOTU HAMUTUK – todos juntos”, para apoio e acompanhamento das pessoas timorenses que chegaram nos últimos meses à cidade de Lisboa, através da disponibilização de condições de habitação, trabalho, saúde e educação.

Além disso, o voto alerta para obstáculos que os cidadãos estrangeiros enfrentam para a regularização em Portugal, inclusive devido à decisão da Junta de Freguesia de Arroios de exigir um título de autorização de residência válido (arrendamento ou compra de casa) para emitir atestados de residência.

No âmbito da votação, o vereador do PCP João Ferreira disse que à câmara se pede mais do que manifestar preocupação e defendeu que esta situação “carece de uma intervenção social”, pelo que o município deve intervir “o mais rapidamente possível”.

Acompanhando a preocupação, o presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), deixou um voto de louvor ao trabalho que está a ser feito todos os dias na resposta às pessoas em situação de sem-abrigo, sublinhando que “a preocupação é de todos”.

A vereadora do BE reforçou que a câmara tem de concretizar a proposta de criação de um programa municipal para dar resposta às “pessoas timorenses que se encontravam em situação de sem-abrigo em outubro de 2022 e que continuam a encontrar-se em situação de sem-abrigo agora em março de 2024”.

Atualmente, o executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) — que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta —, três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.

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REGIÃO OESTE INTEGRADA NA REDE MUNDIAL DE GEOPARQUES DA UNESCO

A região Oeste é um dos 18 novos sítios mundiais que passaram a integrar a Rede Mundial de Geoparques da UNESCO, confirmou esta quarta-feira a organização.

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A região Oeste é um dos 18 novos sítios mundiais que passaram a integrar a Rede Mundial de Geoparques da UNESCO, confirmou esta quarta-feira a organização.

O Geoparque Oeste passa a ser o sexto em Portugal e um dos 213 em todo o mundo.

Em comunicado, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) destaca a costa marítima da região Oeste, com 15 quilómetros de praias, arribas compostas por camadas geológicas com 230 milhões de anos e as tradições ligadas à pesca.

A UNESCO faz ainda referência ao património paleontológico, com mais de 180 jazidas, nas quais foram descobertas 12 espécies e dois dos 12 ninhos fossilizados com embriões de dinossauro existentes em todo o mundo.

“É a primeira pedra de um legado para as futuras gerações, pois passarão a olhar para o seu património natural e local como algo de excecional e único,” afirma João Serra, representante do município da Lourinhã na direção da associação, citado numa nota de imprensa da Associação Geoparque Oeste.

Também citado na nota, o coordenador executivo do Geoparque Oeste, Miguel Reis Silva, sublinha que a candidatura faz parte da estratégia de desenvolvimento regional alicerçada na geologia, na biodiversidade, na história, na preservação e promoção das tradições e dos costumes que constituem a identidade da região.

A UNESCO designou esta quarta-feira 18 novos geoparques localizados no Brasil, China, Croácia, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Polónia, Portugal e Espanha, entre os quais o Geoparque Oeste.

O Geoparque Oeste é gerido pela AGEO — Associação Geoparque Oeste, constituída em 2018 pelos municípios do Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras.

Em 2020, a equipa técnica iniciou a investigação de sítios, atividades e programas turísticos que fundamentaram a candidatura apresentada formalmente em 2022 à Rede Mundial de Geoparques.

Além do Geoparque, o Oeste possui outras chancelas da UNESCO: as Berlengas — Reserva da Biosfera, Caldas da Rainha — Cidade Criativa do Artesanato e Artes Populares, o Mosteiro de Alcobaça – Património Mundial da UNESCO e Óbidos Cidade Criativa da Literatura.

A região Oeste integra os concelhos de Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral (distrito de Leiria), Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras, Sobral de Monte Agraço, Alenquer e Arruda dos Vinhos (distrito de Lisboa).

A Rede de Geoparques Mundiais da Unesco foi criada em 2004 e conta atualmente com 213 geoparques distribuídos por 48 países do mundo.

Em Portugal, o Oeste junta-se a mais cinco geoparques: Naturtejo, Arouca, Açores, Terras de Cavaleiros e Serra da Estrela.

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