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COIMBRA: EMPRESA PROMOVE INCLUSÃO LABORAL DE JOVENS COM TRISSOMIA 21

Seis jovens com trissomia 21 integram a equipa de um café de Coimbra que, a partir de hoje, levam às mesas um café ou um bolinho, acompanhado por um sorriso e muita vontade de bem servir.

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Seis jovens com trissomia 21 integram a equipa de um café de Coimbra que, a partir de hoje, levam às mesas um café ou um bolinho, acompanhado por um sorriso e muita vontade de bem servir.

É com um misto de alegria e de orgulho que o jovem Rafael Figueiredo, de 17 anos, leva a uma das mesas do café Koala, em Celas, um carioca de limão e um biscoitinho a uma das primeiras clientes do seu turno de três horas.

A bandeja ainda treme, afinal a “aventura” ainda agora começou, mas a simpatia e a felicidade irradiada através de um sorriso acabam por marcar uma das clientes, que até nem é muito frequentadora de cafés.

“Vou fazer um esforço para vir cá mais vezes, pois vale a pena pela simpatia com que somos atendidos”, destacou Ana Paula Jorge, uma empresária reformada, que vive na rua António José de Almeida, a poucos metros do Koala, um café que reabre hoje e que mantém o nome “dos tempos das tertúlias, que adquiriu nos anos 1960”.

O turno “está a correr muito bem” a Rafael, que se encontra em fase de formação e que não se esquece de saudar todas as pessoas que entram no estabelecimento.

“Estou a gostar muito. É fácil servir às mesas o que as pessoas pedem”, destacou, enquanto é seguido de perto por uma formadora, que lhe vai ensinando alguns “truques” para segurar a bandeja com mais firmeza.

À agência Lusa, o jovem de 17 anos explicou que já sabe tirar cafés, fazer tostas mistas e até confecionar sopas, o que foi aprendendo na Cozinha Pedagógica, uma atividade desenvolvida na Olhar 21 – Associação de Apoio à Inclusão do Cidadão com Trissomia 21.

A abertura do café Koala é mais um dos projetos de inclusão desta associação da cidade de Coimbra que, segundo Carla Codeço, da direção da Olhar 21, nasceu para ajudar a colmatar as dificuldades que os jovens com trissomia 21 enfrentam para entrar no mercado de trabalho, quando terminam a escola.

“Esta é uma formação onde, depois da cozinha pedagógica, estes jovens têm também a oportunidade de praticar o serviço de mesa. Esperamos que possam depois entrar mais facilmente no mercado de trabalho, pois já levam formação e experiência no currículo”, justificou.

A formação no café Koala é de três horas por dia, com os seis jovens, com idades entre os 16 e os 20 anos, a distribuírem-se em turnos: um de manhã e dois durante a tarde.

“Percebemos a sua felicidade, por estarem numa posição onde são produtivos e reconhecidos, porque, muitas vezes, as pessoas com deficiência acabam por ser invisibilizadas na hora da interação. As pessoas acabam por endereçar as perguntas ao adulto mais próximo, ficando quase sempre em segundo plano e com uma autonomia muito reduzida”, referiu.

Carla Codeço, que é também a mãe de Rafael, realçou a importância que este reconhecimento profissional oferece em termos emocionais a estes jovens com défice cognitivo, que “deixam de estar em segundo plano para passarem a ter mais autonomia”.

“Às vezes, mesmo que inconscientemente, tolhemos estes jovens porque demoram um pouco mais a fazer as coisas. O aprenderem a fazer e serem eles a fazer é uma experiência muito positiva, que lhes traz grande felicidade”, acrescentou.

No seu entender, é muito importante conviverem entre si, partilhando dificuldades em comum, de forma a “perceberem que não são os únicos a demorarem mais tempo a aprender”.

“É essencial sentirem-se incluídos e conseguirem fazer tarefas sozinhos. Este é o grande objetivo do projeto”, vincou.

Para além de Rafael, integram ainda a equipa do café Koala o Gonçalo, a Matilde, o João, o Miguel e a Francisca, os seis responsáveis por distribuírem, a partir de hoje, um café ou um bolinho, devidamente acompanhado por um sorriso.

O Síndrome de Down, descrito em 1866 pelo médico John Langdon Down, é uma alteração genética causada pela presença integral ou parcial de uma terceira cópia do cromossoma 21, motivo pelo qual é também designado como trissomia 21.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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