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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

NASA TESTA FOGUETÃO QUE VOLATARÁ A LEVAR ASTRONAUTAS À LUA

O foguetão que há de levar novamente astronautas à Lua, o SLS, é hoje lançado para a órbita do satélite natural da Terra num primeiro voo de teste, sem tripulação.

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O foguetão que há de levar novamente astronautas à Lua, o SLS, é hoje lançado para a órbita do satélite natural da Terra num primeiro voo de teste, sem tripulação.

Adiado sucessivamente ao longo dos anos, o lançamento será feito da base da agência espacial norte-americana NASA, em Cabo Canaveral, na Florida, nos Estados Unidos, com uma “janela de oportunidade” de duas horas que se abre às 13:33 de Lisboa.

Espera-se no evento a presença do ex-astronauta Harrison Schmitt, o último homem a pisar a Lua, em dezembro de 1972.

O lançamento do SLS, que tem acoplada no topo a nave Orion, marca o início do programa lunar Artemis da NASA, com que os Estados Unidos pretendem regressar à superfície da Lua em 2025, um ano depois do previsto, colocando no solo a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro.

O novo foguetão da NASA chegou à plataforma de lançamento em 17 de agosto e se a descolagem prevista para hoje for abortada existem mais duas datas possíveis, 02 e 05 de setembro.

Mas se o lançamento for bem-sucedido, e depois de circundar a Terra, o foguetão, do qual só restará no fim o módulo superior, dará o derradeiro impulso que posicionará a Orion na trajetória da Lua aproximadamente hora e meia depois da descolagem.

Além da nave Orion, o SLS transportará dez microssatélites científicos (do tamanho de uma caixa de sapatos) que, depois de largados no espaço, permitirão estudar os efeitos da radiação, um asteroide ou a superfície gelada da Lua.

A bordo da Orion, que já fez um voo de teste à volta da Terra em 2014, seguem lascas de rochas lunares recolhidas pelo primeiro e segundo homens a pisarem a Lua, Neil Armstrong e Buzz Aldrin, em julho de 1969.

No interior da nave viajam também três manequins que simulam astronautas.

Um deles, no lugar do comandante, vai equipado com sensores que irão medir os efeitos da aceleração e vibração. Os outros dois, duas “mulheres”, são feitos de materiais que imitam os ossos ou órgãos humanos. Um destes dois manequins vai vestido com um fato antirradiação. Sensores vão medir as taxas de radiação recebidas a bordo.

A nave tem um módulo europeu (da Agência Espacial Europeia, ESA) que a levará ao seu destino e de regresso a “casa”, permitindo aos astronautas de missões futuras terem luz, água, oxigénio, nitrogénio e controlo de temperatura.

A viagem até à Lua, que durará cerca de quatro dias, terá um passageiro muito peculiar, o boneco Ovelha Choné, que irá estar a cerca de meio milhão de quilómetros da Terra (a Estação Espacial Internacional, onde vivem e trabalham temporariamente os astronautas, está aproximadamente a 400 quilómetros).

Na primeira missão Artemis (Artemis I), que tem a duração total de cerca de mês e meio, a Orion irá voar em redor da Lua, depois de se separar do foguetão SLS, numa órbita distante durante algumas semanas antes de regressar à Terra e amarar no oceano Pacífico.

A Orion voará a cerca de 100 quilómetros acima da superfície da Lua e usará depois a força gravitacional do satélite natural da Terra para fazer uma nova órbita, mais profunda, a cerca de 70 mil quilómetros.

A nave permanecerá nesta órbita durante cerca de seis dias, para recolher dados e para que os controladores da missão possam avaliar o seu desempenho, circulando em redor da Lua na direção oposta à que a Lua orbita a Terra.

Para regressar à Terra, a Orion sobrevoará a Lua mais próximo, novamente a cerca de 100 quilómetros, e aproveitará a sua gravidade para acelerar em direção ao planeta.

Várias câmaras no interior da nave permitirão seguir a viagem do ponto de vista de um passageiro e câmaras colocadas nas extremidades dos painéis solares, que fornecem energia à Orion, irão tirar fotos da nave com a Lua e a Terra em pano de fundo.

Segundo a ESA e a NASA, a Orion permanecerá no espaço mais tempo que qualquer outra nave para astronautas, sem acoplar a uma estação espacial, e regressará à Terra mais rápido e mais quente.

A nave tem o maior escudo térmico alguma vez construído – cinco metros de diâmetro – e ao reentrar na atmosfera terrestre vai suportar uma velocidade de 40 mil quilómetros por hora e uma temperatura de cerca de 2.800ºC (praticamente metade da temperatura da superfície do Sol).

A velocidade será depois abrandada para 480 quilómetros por hora pela atmosfera e para 32 quilómetros por hora por três paraquedas, até a nave amarar ao largo de San Diego, nos Estados Unidos. Algumas horas depois, a Orion será recolhida para o interior de um navio da marinha norte-americana.

Depois da missão Artemis I, que custou mais de quatro mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros), a NASA espera em 2024 levar astronautas para a órbita da Lua (Artemis II) e em 2025 para a sua superfície (Artemis III).

Apenas astronautas norte-americanos, 12 ao todo, estiveram na superfície da Lua, entre 1969 e 1972, no âmbito do programa Apollo.

Apesar de ser mais pequeno que o foguetão Saturno V, do programa Apollo, o SLS, de 98 metros de altura, é mais potente, mas é igualmente não reutilizável, pelo que terão de ser construídos vários lançadores consoante as missões para as quais for projetado.

A nave Orion, parcialmente reutilizável, é mais espaçosa que as cápsulas do programa lunar Apollo, uma vez que pode levar quatro astronautas em vez de três.

Com o programa lunar Artemis, a NASA espera “estabelecer missões sustentáveis” na Lua a partir de 2028 com o intuito de enviar posteriormente astronautas para Marte. A partida para estas missões lunares ou para Marte será feita de uma estação espacial a instalar na órbita da Lua, a Gateway.

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POR QUE RAZÃO HÁ “CANHOTOS” ? DEVIDO A GENES RAROS

A característica de ser canhoto ou destro depende do hemisfério cerebral dominante, mas pode também estar associada, no caso dos esquerdinos, a variantes raras de um gene envolvido na formação de células, aponta um estudo.

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A característica de ser canhoto ou destro depende do hemisfério cerebral dominante, mas pode também estar associada, no caso dos esquerdinos, a variantes raras de um gene envolvido na formação de células, aponta um estudo.

A investigação publicada esta terça-feira pela Nature Communications centrou-se no estudo de diversas genéticas raras, que afetam menos de 1% da população, e se estas poderiam de alguma forma influenciar a preferência pelo uso da mão esquerda.

Cerca de 10% das pessoas são canhotas, o que ocorre quando o hemisfério direito do cérebro é mais dominante no controlo dessa mão, enquanto é o hemisfério esquerdo no caso dos destros. As assimetrias cerebrais que levam à dominância das mãos desenvolvem-se cedo na vida e indicam que é provável um envolvimento genético.

Estudos anteriores já encontraram diversas variantes genéticas comuns associadas aos canhotos. Neste caso, uma equipa de investigadores neerlandeses procurou variantes genéticas raras que também pudessem estar associadas, para as quais analisaram dados do genoma de 38.043 canhotos e 313.271 destros, do biobanco do Reino Unido.

O estudo sugere que o gene TUBB4B tem 2,7 vezes mais probabilidade de conter variantes de codificação raras em pessoas canhotas. No entanto, ao nível da população, a heritabilidade de ser canhoto devido a variantes de codificação raras revelou-se baixa, ligeiramente inferior a 1%, de acordo com a investigação.

O gene TUBB4B está envolvido na codificação dos microtúbulos, que fazem parte do citoesqueleto, a estrutura que dá forma às células.

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IDENTIFICADAS PROTEÍNAS QUE PODEM DIAGNOSTICAR AUTISMO ATRAVÉS DA URINA

Um grupo de investigadores do Instituto Butantan do Brasil identificou uma série de proteínas e aminoácidos que podem facilitar o diagnóstico do autismo em amostras de urina.

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Um grupo de investigadores do Instituto Butantan do Brasil identificou uma série de proteínas e aminoácidos que podem facilitar o diagnóstico do autismo em amostras de urina.

“Se antigamente não se falava tanto sobre autismo como hoje, não significa que ele não estava lá. O transtorno sempre existiu, mas com o avanço das tecnologias, ele tem sido detectado cada vez mais cedo. Esses estudos vêm para complementar as formas de diagnóstico e acompanhamento clínico”, explicou o investigador do Butantan Ivo Lebrun.

Os potenciais biomarcadores podem “auxiliar no desenvolvimento de métodos complementares de diagnóstico e acompanhamento da evolução do quadro” de pessoas com transtorno do espetro autista (TEA), indicou esta terça-feira o organismo científico.

Os resultados da investigação foram publicados na última edição da revista científica Biomarkers Journal, coincidindo com as comemorações do Dia Mundial da Consciencialização do Autismo.

Os investigadores brasileiros descobriram diferenças nas concentrações de proteínas e de aminoácidos em amostras de urina de pessoas com autismo e de pessoas sem autismo, segundo o centro científico, que está ligado ao Governo do estado brasileiro de São Paulo.

A coordenadora do estudo, Nádia Isaac da Silva, comparou amostras de urina de 22 crianças entre três e 10 anos diagnosticadas com TEA com as de crianças sem o transtorno.

O estudo detetou alterações na quantidade de algumas proteínas e aminoácidos, como glicina, leucina, ácido aspártico e tirosina, nas amostras das crianças com o transtorno.

“Os níveis anormais de proteínas e aminoácidos podem estar relacionados a vários sinais observados em pessoas com TEA”, disse o Instituto Butantan em comunicado.

De acordo com a agência, dada a complexidade do diagnóstico e do tratamento do autismo, foram desenvolvidas várias abordagens sobre o distúrbio, incluindo a criação de bancos de dados de amostras de sangue e de sequências genéticas.

Estes estudos visam, entre outras coisas, identificar novos genes associados ao autismo e biomarcadores para caracterizar o autismo.

A descoberta de possíveis biomarcadores na urina, no entanto, pode facilitar o diagnóstico, já que as amostras podem ser coletadas em casa pelos pais ou cuidadores de pessoas com autismo, destacou o Instituto Butantan.

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