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MONCORVO: GNR DETEVE “CABECILHA” QUE CONTROLAVA REDE DE LENOCÍNIO
Um dos dois homens detidos na madrugada desta segunda-feira em Torre de Moncorvo pela GNR pelo alegado crime de lenocínio é tido como o cabecilha de uma rede que controlava por videovigilância, disse esta segunda-feira fonte da GNR.

Um dos dois homens detidos na madrugada desta segunda-feira em Torre de Moncorvo pela GNR pelo alegado crime de lenocínio é tido como o cabecilha de uma rede que controlava por videovigilância, disse esta segunda-feira fonte da GNR.
Em declarações à Lusa, a comandante do destacamento da GNR de Torre de Moncorvo, Edna Almeida, disse que o cabecilha da rede controlava três dos estabelecimentos de bebidas e restauração com recurso a sistemas de videovigilância remota, em concelhos dos distritos de Bragança e Guarda.
“O cabecilha desta rede, mesmo não estando nos estabelecimentos que ele geria, conseguia à distância controlar todo o que passava nesta casas e assim controlar a atividade que lá era desenvolvida”, explicou.
Para além do cabecilha, a GNR deteve mais um homem e uma mulher em estabelecimento de restauração também pela alegada prática do crime de lenocínio ao recrutamento, incentivo e favorecimento do exercício da prostituição localizados nestes três estabelecimentos localizados nestes concelhos de Torre de Moncorvo, Aguiar da Beira e Seia.
Ainda de acordo com a comandante esta operação, à qual foi dado o nome de código “Operação Hímeros”, foram identificadas 11 mulheres na madrugada desta segunda-feira, na sua maioria sul americanas, mas também de nacionalidade portuguesa, que trabalhavam nestas casas tidas como estabelecimentos de restauração e bebidas.
“Estas 11 mulheres são na sua maioria sul-americanas, mas também mulheres de nacionalidade portuguesa estão a ser ouvidas para memória futura pelo Procurador da República de Torre de Moncorvo [distrito de Bragança]”, avançou Edna Almeida.
Segundo a comandante, ao longo da investigação desencadeada, e que durava há cerca de um ano, foi ainda possível apurar que “as mulheres que trabalhavam nestas três casas não eram sempre as mesmas, já que saíam umas e outras entravam”.
“Toda esta operação teve início no concelho de torre de Moncorvo e levou a investigação aos outros dois concelhos do distrito da Guarda”, disse.
No seguimento das diligências policiais, foi dado cumprimento a três mandados de detenção e a 16 mandados de busca, 11 domiciliárias e cinco não domiciliárias (em veículos e estabelecimento comercial), culminando na detenção dos três suspeitos e na apreensão de 12.728 euros em numerário, cinco telemóveis, um tablet, três sistemas de videovigilância e diversos artigos. 3.000 cartões de consumo e documentos relacionados com a prática do crime.
Os três detidos, um deles [o cabecilha] com antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime, serão presentes na terça-feira pelas 10h00 no Tribunal Judicial de Torre de Moncorvo para aplicação das medidas de coação.
A operação policial contou com o reforço dos militares dos Postos Territoriais de Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Vila Flor, dos Núcleos de Investigação Criminal (NIC) de Bragança, Mirandela, Miranda do Douro, Seia e Gouveia, do Núcleo de Apoio Operativo (NAO) de Bragança, dos Destacamentos de Intervenção (DI) de Bragança, Guarda e Viseu e ainda de militares da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras (UCCF).
