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PORTO: MUSEU DO HOLOCAUSTO RELEMBRA TRAGÉDIA QUE ‘NÃO SE PODE REPETIR’

Dezenas de pessoas estiveram hoje presentes na abertura do Museu do Holocausto do Porto que, além de um equipamento cultural, pretende relembrar e informar sobre uma tragédia que “não se pretende que volte a acontecer”.

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Dezenas de pessoas estiveram hoje presentes na abertura do Museu do Holocausto do Porto que, além de um equipamento cultural, pretende relembrar e informar sobre uma tragédia que “não se pretende que volte a acontecer”.

A poucos minutos da abertura, prevista para as 14:30, eram já várias as pessoas que aguardavam à porta do Museu do Holocausto do Porto, na zona do Campo Alegre.

Depois de verem o anúncio da abertura do museu nas redes sociais, Vânia Luis e Joel Valente decidiram visitar o espaço, especialmente, por retratar um tema que “suscita bastante interesse” a ambos.

“O Holocausto não se passou assim há tanto tempo e não deve ser esquecido, sobretudo para que não se repita”, afirmou Vânia.

Também Joel salientou a importância deste museu para reavivar a memória: “É importante manter vivo este sentimento, de que isto [holocausto] foi muito mau para a humanidade”, acrescentou.

À entrada no museu, os visitantes têm de deixar todos os seus pertences, incluindo telemóveis e máquinas fotografias, em cacifos próprios para que usufruam em pleno a visita.

“Este museu não é só um equipamento cultural que abriu portas, as pessoas, efetivamente, querem saber mais sobre o tema”, afirmou Hugo Vaz, curador do espaço.

À semelhança de outros espaços, o Museu do Holocausto do Porto segue uma linha cronológica, mas começa pelo fim com uma fotografia do “portão da morte” para “forçar as pessoas a pensarem em toda a história antes de começarem a visita”.

“O que aconteceu durante o holocausto pode voltar a acontecer. É imperativo passar a mensagem e informar para que tal não volte a acontecer”, disse, lembrando que essa é a principal missão do equipamento cultural.

Também na primeira sala do museu, não passa despercebida a “simbólica” menorá – um candelabro e um dos principais símbolos do judaísmo – presa por arame farpado e, logo de seguida, uma réplica de uma camarata.

“As camaratas servem para nos questionarmos e pensarmos. Nunca para substituir”, referiu Hugo Vaz.

Várias fotografias tiradas em camaratas por oficiais da União Soviética ou provenientes do Museu do Holocausto ‘Yad Vashem’, em Jerusalém, preenchem as paredes do espaço.

Na sala dos nomes, os vários que aparecem expostos nas paredes “representam os seis milhões de judeus” que morreram nos campos de concentração nazis durante a Segunda Guerra Mundial.

À semelhança da menorá, também dois Sifrei Torá (rolos da Torá, um texto sagrado do judaísmo), outrora oferecidos à sinagoga do Porto por refugiados que chegaram à cidade com as suas vidas desfeitas, estão presentes no espaço presos por arame farpado.

São precisamente os dois Sifrei Torá que encaminham os visitantes a lerem as mais de 400 fichas de refugiados judeus (que integravam o acervo da Comissão de Assistência dos Judeus Refugiados) que passaram pelo Porto.

“Estas fichas visam individualizar a história, uma vez que falam das origens destes refugiados, do que passaram e para onde pretendiam ir”, disse curador.

As fichas, outrora pertencentes a jovens, advogados, juízes e artistas, vão ser usadas como referência para o estudo sobre a “passagem dos refugiados judeus no Porto”.

Entre fotografias, fichas e legendas, vários filmes vão retratando a vida judaica antes do holocausto, o nazismo, a expansão nazi na Europa, os guetos, os refugiados, os campos de concentração, de trabalho, a solução final, as marchas da morte, a libertação e a população judaica no pós-guerra.

Além de homenagear as vítimas do holocausto, o museu homenageia também “os justos entre as nações”, isto é, as pessoas que não pertenciam à comunidade judaica, mas que acabaram por a ajudar, como é o caso de Aristides de Sousa Mendes ou do padre Joaquim Carreira.

“O ser humano tem tendência a esquecer e é preciso promover a educação”, afirmou Hugo Vaz.

O Museu do Holocausto, tutelado por membros da Comunidade Judaica do Porto, cujos pais, avós e familiares foram vítimas dos nazis na Segunda Guerra Mundial funcionará nos dias úteis entre as 14:30 e as 17:30.

O museu, que será de acesso livre até ao final de maio, vai investir no ensino, na formação profissional de educadores, bem como na promoção de exposições.

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MAIA: ATUAL PRESIDENTE DE CÂMARA E EX-AUTARCAS JULGADOS POR PECULATO

O atual presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago, o seu antecessor, Bragança Fernandes, e outros quatro arguidos vão ser julgados pelo crime de peculato, por “apropriação indevida de dinheiros” dos serviços municipalizados de água e saneamento.

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O atual presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago, o seu antecessor, Bragança Fernandes, e outros quatro arguidos vão ser julgados pelo crime de peculato, por “apropriação indevida de dinheiros” dos serviços municipalizados de água e saneamento.

Em outubro de 2021, o Ministério Público (MP) deduziu acusação contra os seis arguidos, alegando que os ilícitos criminais ocorreram entre 2013 e 2018, período durante o qual cinco dos envolvidos exerceram funções no Conselho de Administração do SMEAS – Serviços Municipalizados de Eletricidade, Água e Saneamento da Câmara Municipal da Maia, no distrito do Porto, e, simultaneamente, no executivo camarário.

Alguns dos acusados requereram a abertura de instrução, mas o Tribunal de Instrução Criminal de Matosinhos pronunciou (decidiu levar a julgamento) todos os arguidos nos exatos termos da acusação do MP, adiantou hoje fonte judicial à agência Lusa.

Segundo a mesma fonte, decorre ainda prazo para eventuais contestações, sendo que o julgamento vai decorrer no Juízo Central Criminal de Vila do Conde, deslocalizado em Matosinhos.

Um sexto arguido era funcionário do município e foi nomeado, à data, diretor-delegado do SMEAS.

O MP defende que os arguidos, “atuando em comum acordo, apresentaram a pagamento ou solicitaram o reembolso de diversos valores, sob o aval” do Conselho de Administração do SMEAS, “pretensamente referentes a serviços obtidos ou compras efetuadas no interesse e em benefício do Serviço Municipal, o que não correspondia à verdade”.

Segundo a acusação, entre os reembolsos solicitados estavam valores “referentes a almoços e jantares, quer em dias de semana como em fins de semana, e outras despesas pessoais, tratando-se de despesas que já se mostravam abrangidas por ajudas de custo ou despesas de representação de que também eram beneficiários, duplicando o respetivo recebimento”.

O MP sustenta que, “como consequência da atuação dos arguidos, o erário público sofreu um prejuízo global” de quase 53 mil euros, dinheiro que corresponde “ao valor pago indevidamente pela empresa municipal local em benefício dos arguidos”.

O MP pede na acusação que sejam aplicadas aos arguidos, em caso de condenação, sanções acessórias de perda de mandato e de proibição do exercício de função.

Contactado hoje pela Lusa, o município da Maia remeteu para o comunicado emitido pelo presidente aquando da divulgação da acusação do MP, em outubro de 2021.

Nessa ocasião, António Silva Tiago, reeleito para um segundo mandato com maioria absoluta pela coligação PSD/CDS-PP nas eleições autárquicas de 26 de setembro de 2021, disse nada temer.

“Face à acusação recebida e nada tendo a temer, todos os visados requereram a correspondente abertura de instrução do processo tendo em vista o cabal esclarecimento dos factos e a contribuição para a celeridade da justiça”, frisou o autarca, que é também o presidente do Conselho de Administração do SMEAS.

O autarca disse ainda manter a confiança nos vereadores que compõem o seu executivo, alguns deles também são arguidos neste processo.

“Mantenho a inteira confiança em todos os elementos da minha equipa de vereação, confiança essa que advém da garantia de que, qualquer dos visados que venha a ser condenado, independentemente do que a lei determine, colocará o seu lugar à disposição, pois, não tendo praticado qualquer ato com intenção de lesar o património municipal, se tal ocorreu, a legalidade dos factos deve ser reposta”, assegurou Silva Tiago.

A Lusa tentou também contactar Bragança Fernandes, anterior presidente da câmara e atual presidente da Assembleia Municipal da Maia, mas até ao momento não atendeu as chamadas telefónicas.

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LISBOA E VALE DO TEJO: UM EM CADA QUATRO UTENTES SEM MÉDICO DE FAMÍLIA

Um em cada quatro utentes inscritos nos cuidados de saúde primários não tinha médico de família em Lisboa e Vale do Tejo (LVT) em 2023, enquanto no Norte apenas 2,3% dos utentes estavam nessa situação.

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Um em cada quatro utentes inscritos nos cuidados de saúde primários não tinha médico de família em Lisboa e Vale do Tejo (LVT) em 2023, enquanto no Norte apenas 2,3% dos utentes estavam nessa situação.

“Continua a observar-se uma tendência de diminuição na percentagem de utentes com médico de família atribuído, e grandes heterogeneidades a nível regional, com impacto nos indicadores de acesso aos cuidados de saúde prestados nas unidades de cuidados de saúde primários (CSP)”, alerta a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) numa monitorização divulgada esta segunda-feira.

Segundo os dados do portal da transparência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) consultados pela agência Lusa, no final de abril deste ano, 1.565.880 utentes não tinham médico de família em Portugal continental, mais 26.658 do que no mês anterior.

A monitorização da ERS sobre acesso aos CSP indica que, no último ano, 24,6% dos utentes inscritos em LVT não tinham um médico de família atribuído, percentagem que aumentou face aos 18,2% de 2021 e 19,2% de 2022.

O Algarve é a segunda região de Portugal continental com mais pessoas sem acesso a um especialista de medicina geral e familiar, um cenário que também evoluiu negativamente nos últimos três anos — 15,1% em 2021, 17,6% em 2022 e 20% em 2023.

De acordo com os dados da ERS, no Alentejo verificou-se o maior aumento percentual de pessoas sem médico de família — oito pontos percentuais —, passando dos 9,4% em 2021 para os 17,3% em 2023.

No Centro, o número de pessoas inscritas, mas sem terem médico de família atribuído, passou dos 6% para os 12,6% de 2021 para 2023.

A região Norte destaca-se pela positiva nesse indicador, uma vez que apenas 2,3% dos utentes inscritos nos centros de saúde não tinham médico de família no último ano, um ligeiro crescimento face aos 1,9% de 2021 e de 2,2% de 2022.

No final de 2023, 83,5% dos utentes inscritos nos CSP tinham médico de família atribuído em Portugal continental, continuando a verificar-se uma tendência de redução de 2,1 pontos face a 2022 e de 5,3 pontos em relação a 2021.

O Norte apresentou a maior percentagem de utentes inscritos com médico de família atribuído (97,6% em 2023), enquanto em LVT esse valor baixa para cerca de 70%.

Segundo os dados da entidade reguladora, a taxa de utilização de consultas médicas apresentou, em 2023, um valor de 69%, com todas as regiões a seguirem esta tendência de redução.

“Do confronto das percentagens de utentes com médicos de família com as taxas de utilização de consultas, destaca-se que as regiões LVT e do Algarve exibiram as taxas mais baixas em todos os anos em análise nestes indicadores, o que sugere que a disponibilidade de médico de família representa um importante fator promotor do acesso aos CSP no SNS”, alerta a ERS.

Em 2023, as consultas médicas presenciais aumentaram 3,7%, seguindo a mesma tendência de 2022, mas ainda em número inferior aos registados em 2019 (20.715.482).

Já as consultas médicas não presenciais registaram uma diminuição de 6,3% em 2023, face a 2022, também seguindo a tendência de 2022.

A comparação destes dados “parece sugerir uma alteração na forma da prestação de cuidados de saúde, com o reforço das consultas médicas presenciais, em detrimento das consultas não presenciais, e, por outro lado, privilegiando as consultas de enfermagem não presenciais, face às presenciais”, indica a entidade reguladora.

Relativamente aos rastreios de doenças oncológicas, com exceção das mamografias, que registaram uma diminuição em 2023, os restantes rastreios de base populacional analisados (colpocitologias e cancro do colo e reto) aumentaram, tendo todos registado valores superiores aos de 2019.

Segundo a ERS, tendo em conta que o Norte apresenta melhores indicadores e que é a região com maior percentagem de Unidades de Saúde Familiares de modelo B, o seu “melhor desempenho poderá estar associado ao modelo organizacional destas unidades”.

Já no que se refere à retoma da atividade assistencial, a ERS constatou “não ter sido possível recuperar os níveis do ano de 2019”, ano anterior à pandemia da Covid-19, nos indicadores de consultas presenciais (médicas e de enfermagem), consultas médicas ao domicílio, percentagem de recém-nascidos com domicílio de enfermagem até aos 15 dias de vida e consultas por motivo de gripe.

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