REGIÕES
PORTO: SALA DE CONSUMO ASSISTIDO COM 431 NOVOS UTILIZADORES ENTRE MARÇO E MAIO
A sala de consumo assistido do Porto admitiu, entre março e maio, 431 novos utilizadores, sendo que a maioria dos toxicodependentes usaram o espaço para consumo fumado, revela hoje o relatório do terceiro trimestre do programa.
A sala de consumo assistido do Porto admitiu, entre março e maio, 431 novos utilizadores, sendo que a maioria dos toxicodependentes usaram o espaço para consumo fumado, revela hoje o relatório do terceiro trimestre do programa.
O relatório trimestral do Programa de Consumo Vigiado do Porto, publicado na página da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) e consultado pela Lusa, revela que dos 431 novos utilizadores admitidos, apenas 11,4% são do sexo feminino.
“O mês de março foi o período mais expressivo no que respeita ao número de utilizadores que frequentam o programa e ao número de consumos realizados desde o seu início”, lê-se no relatório, que acrescenta que em abril e maio se registou uma “diminuição progressiva” destes indicadores.
“Esta operação poderá estar relacionada com a operação policial de combate ao tráfico de droga que teve início a 20 de abbril e que se manteve ativa, desde essa data, no bairro da Pasteleira Nova, com presença diária de agentes policiais”, destaca.
Entre 01 de março e 31 de maio, foram realizados 15.706 consumos, mantendo-se a “tendência já verificada anteriormente no que concerne à preferência pela via de consumo fumada”: 10.099 consumos fumados (87,7%) e 5.607 injetados (12,3%).
Neste período continua também a verificar-se “uma prevalência da combinação de Heroína + Crack”, substância consumida por quase metade dos utilizadores (49%).
A esta substância segue-se o uso do ‘crack’, reportado por 171 utilizadores, e a heroína por 50 utilizadores.
Durante o período em análise não foram registados episódios de sobredosagem, “pelo que não se verificou a necessidade de recurso a apoio de emergência”.
O relatório indica ainda que foram usadas 16.100 agulhas e seringas, e disponibilizadas 52.800 seringas e agulhas para usar no exterior da sala de consumo.
Os utilizadores do programa recolheram 28.260 agulhas e seringas.
Entre março e maio, foram ainda realizadas 67 consultas descentralizadas de infecciologia e 15 utilizadores iniciaram tratamento.
A sala de consumo assistido do Porto começou a funcionar a 24 de agosto de 2022, cerca de dois anos depois da aprovação do Programa de Consumo Vigiado.
Em julho de 2020, a Câmara do Porto aprovou o Programa de Consumo Vigiado, resultante da cooperação entre o município, o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD), o Instituto de Segurança Social e a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) para a criação de respostas deste tipo na cidade.
Com capacidade máxima para 15 utentes em simultâneo, a sala de consumo assistido do Porto, localizada no local conhecido como ‘Viela dos Mortos’, funciona das 10:00 às 20:00, sete dias por semana.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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