NACIONAL
PRIMEIRO DIA DE GREVE DOS REGISTOS COM 85% DE ADESÃO E UMA PEQUENA MANIFESTAÇÃO
O primeiro dia de greve dos trabalhadores dos registos e notariado registou uma adesão a rondar os 85%, segundo dados do sindicato que convocou uma manifestação que hoje à tarde juntou poucas dezenas destes trabalhadores em Lisboa.
O primeiro dia de greve dos trabalhadores dos registos e notariado registou uma adesão a rondar os 85%, segundo dados do sindicato que convocou uma manifestação que hoje à tarde juntou poucas dezenas destes trabalhadores em Lisboa.
“Nós temos um ‘feedback’ de uma forte adesão nomeadamente ao nível do interior do país e ilhas e sabemos que também no litoral há uma adesão. Pode não haver significativamente a nível de encerramento, mas grande percentagem dos trabalhadores está em greve. Estimamos a adesão em cerca de 80 a 85%”, disse à Lusa Rui Rodrigues, presidente do Sindicato Nacional dos Registos (SNR)
Do outro lado da rua, por determinação das autoridades, mas frente ao Campus de Justiça, em Lisboa, onde se situa a sede do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), poucas dezenas de trabalhadores destes serviços, provenientes sobretudo de regiões do interior, manifestavam de forma visível e ruidosa o seu desagrado contra duas décadas de assimetrias salariais, já consideradas inconstitucionais pela Provedora de Justiça, sublinhou Rui Rodrigues.
“Até hoje não há conhecimento de qualquer diligência para retificar a inconstitucionalidade”, disse o presidente do SNR, frisando que essa sugestão foi feita ao Governo pela Provedora de Justiça.
Em causa estão diferenças salariais para a mesma função e categoria profissional que podem ser duas a três vezes inferiores nas regiões do interior.
Segundo Rui Rodrigues, um vencimento de 900 euros no interior pode corresponder, na mesma categoria, a um de cerca de 2.500 a 3.000 euros “nas grandes conservatórias” do litoral, acusando o atual primeiro-ministro, António Costa, de ter publicado em 2001, enquanto ministro da Justiça, a portaria que efetivou as assimetrias e de ao fim de sete anos no Governo ainda não ter feito nada para o corrigir.
Ainda assim, disse o presidente do SNR, o diálogo e negociações com a tutela estão em aberto, das quais espera também a resolução de temas como a falta de recursos humanos e outras questões salariais, como a dos complementos, que se traduzem em mais uma assimetria, uma vez que estão a ser pagos de forma proporcional ao vencimento base, em vez de serem pagos de forma equitativa, como proposto pelo próprio IRN, após diálogo com sindicatos.
Adélia Vieira de Castro, oficial de registos no norte do país há 40 anos, diz estar desde 2000 a sofrer pessoalmente as assimetrias salariais, mas justificou a presença na pequena manifestação hoje em Lisboa por uma questão de solidariedade para quem não pode estar.
“A mim afeta porque há uma perda muito grande de dinheiro, que é transversal a muitos outros, que infelizmente nem dinheiro tiveram para perder com um dia de greve. Estamos aqui por nós e em solidariedade com esses, que infelizmente nem dinheiro têm para uma viagem do norte e perder um dia de trabalho”, disse à Lusa.
Assumindo-se membro da “família socialista”, disse ter tido “confiança de que algo mudaria” com António Costa a liderar o executivo, “mas não mudou nada” e deixou-lhe uma pergunta.
“Uma conservadora, licenciada, há 20 anos, ganhar menos do que um oficial de registos que hierarquicamente é inferior, com 20 anos de serviço também, na mesma conservatória, acha isto justo? Senhor primeiro-ministro, pergunto-lhe, acha justo?”, questionou.
José Abraão, líder da Federação Sindical da Administração Pública (FESAP), na qual o SNR é filiado, marcou presença para sublinhar a necessidade de consolidação nas carreiras destes trabalhadores, nomeadamente salários e falta de recursos humanos, agravada pela crescente dificuldade de recrutamento.
As esperanças e expectativas sindicais voltam-se agora para as negociações do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), para inverter aquilo que José Abraão apelidou de “política de remendos e do poucochinho”.
“Ou o Governo, de uma vez por todas, e não tem mais hipóteses de fuga, no OE2023, olha para estes problemas, ou então vamos ter um outono de grande agitação social, na negociação do OE2023 se estes problemas não forem resolvidos”, avisou.
O SNR convocou dois dias de greve por semana em agosto após as últimas reuniões com o IRN não terem conseguido desbloquear o impasse nas negociações.
As reivindicações contidas no pré-aviso de greve para os dias 01, 05, 08, 12, 19, 22, 26 e 29 de agosto abrangem matérias como remunerações e falta de recursos humanos, a que acresce “o risco, de já este verão, fecharem conservatórias por falta de trabalhadores”.
Para Rui Rodrigues, uma greve em agosto não prejudica os objetivos sindicais, antes pode ajudar, com a vinda de emigrantes neste mês, a mostrar a falta de recursos humanos nas conservatórias do interior, que em alguns locais abrem com apenas dois ou mesmo só um funcionário, colocando em causa a sua segurança, defendeu.
Quanto aos serviços mínimos que devem ser assegurados durante a greve, o sindicato apresenta os atos reativos aos casamentos civis urgentes por perigo de morte ou iminência de parto, testamentos por iminência de morte e casamentos civis já agendados antes da data da convocação da greve.
Entende o SNR que não tem caráter de urgência a emissão de cartão de cidadãos ou passaporte, uma vez que os cidadãos estão cientes da validade dos seus documentos e devem promover a revalidação atempada.
NACIONAL
HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.
“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.
Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.
Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.
Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.
O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.
O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.
NACIONAL
ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.
De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.
No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.
Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.
-
REGIÕES3 semanas atrás
ANACOM E ERC RENOVAM LICENÇAS DA RÁDIO REGIONAL
-
NACIONAL2 semanas atrás
JOSÉ MANUEL MOURA É O NOVO PRESIDENTE DA PROTEÇÃO CIVIL
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: VITÓRIA E SPORTING EMPATAM EM JOGO “ÉPICO” COM CHUVA DE GOLOS (VÍDEO)
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: JOGO “NACIONAL X PORTO” INTERROMPIDO DEVIDO AO NEVOEIRO
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: BENFICA PERDE NA LUZ COM O BRAGA E DESPERDIÇA EMPATE DO SPORTING (VÍDEO)
-
REGIÕES4 semanas atrás
TROFA: ACIDENTE DE TRABALHO CAUSA UM MORTO EM SANTIAGO DE BOUGADO
-
NACIONAL4 semanas atrás
MINISTÉRIO PÚBLICO ACUSA MULHER DE ACESSO ILEGAL A MAIS DE 80 CONTAS BANCÁRIAS
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: MOREIRENSE EMPATA COM O AVES E SOMA QUATRO JOGOS SEM VENCER (VÍDEO)