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PRODUTORES DEFENDEM MAIOR VALORIZAÇÃO DO AZEITE TRANSMONTANO

Operadores e produtores defenderam um caminho de maior valorização do azeite colhido nos tradicionais olivais transmontanos, onde os custos de produção são cada vez mais elevados e os agricultores lutam pela manutenção.

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Operadores e produtores defenderam um caminho de maior valorização do azeite colhido nos tradicionais olivais transmontanos, onde os custos de produção são cada vez mais elevados e os agricultores lutam pela manutenção.

“Os custos de produção estão a aumentar demasiado”, afirmou à agência Lusa David Letra, olivicultor de Murça, distrito de Vila Real, que possui 730 oliveiras.

A colheita está a ser feita mais tarde do que queria porque, devido à chuva, não conseguiu entrar com as máquinas para a apanha mecânica da azeitona. Neste momento traz seis pessoas a trabalhar e ainda as máquinas e, feitas as contas, diz que “fica tudo demasiado caro”, uma preocupação que se intensifica quando se somam também dois anos seguidos de má produção.

“Desde os adubos aos químicos, tem subido tudo. Os combustíveis também é uma coisa que nos assombra muito, porque estão caríssimos”, acrescentou o também agricultor de Murça António Rodrigues, que faz a apanha apenas com a ajuda de familiares.

Ambos estão já reformados, mas teimam em manter os olivais tradicionais transmontanos onde o custo de produção é superior ao de outras regiões do país.

“O nosso azeite tem o dobro da despesa de um olival no Alentejo, um olival intensivo onde entra uma máquina que apanha tudo”, afirmou Hélder Morais, da empresa Epordouro, que tem um lagar em Sabrosa.

Embora reconheça que o preço de venda do azeite esteja caro, o responsável apontou para os muitos gastos que os produtores têm, nomeadamente em mão-de-obra, e contou que, nesta campanha, “foram aproveitadas todas as oliveiras”, ou seja, pessoas que em anos anteriores não colheram ou deram a azeitona os vizinhos, este ano apanharam nem que fosse um saco de 20 quilos.

Num território de cultivo de sequeiro e onde predomina a pequena propriedade, o grande desafio é valorizar o azeite.

Quem o defende é Francisco Pavão, da Associação dos Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro (APITAD) que classificou como um problema a “venda a granel” que ainda se verifica na região.

“Temos que ser competitivos pela qualidade, porque pela produção por hectare nós não somos nada competitivos”, salientou, recordando que um olival intensivo produz cerca de 10 vezes mais do que um olival tradicional.

O responsável disse que o “azeite de Trás-os-Montes não é melhor nem pior que o azeite do Douro, da Beira ou do Alentejo”. “É um azeite com uma tipicidade diferente. O que nós temos é que promover essa noção de diferenciação junto do consumidor”, afirmou.

Na sua opinião, é preciso, encontrar novas formas de comunicar o azeite, deixar de comunicar o garrafão e o granel e passar a comunicar o azeite embalado e de Denominação de Origem Protegida (DOP), é preciso elaborar um plano de reeducação para o azeite, explicar que é um produto escasso, desenvolver programas nas escolas e promover o consumo do azeite associado às questões da saúde, já que esta “é a única gordura que faz parte da roda dos alimentos”.

Feitas as contas ao consumo médio de azeite em Portugal, Francisco Pavão disse que o custo corresponde a menos de “um café por dia”.

“Porque olhamos para o preço por litro, não temos que olhar. Obviamente que o azeite não poderá ser este preço que está a ser agora, mas também tem que ser um preço superior àquilo que tinha há dois anos que andava pelos três euros. Temos que arranjar um meio-termo”, defendeu.

Em 2023, o litro do azeite atingiu os 10 euros.

“Acredito que alguns consumidores possam não ter carteira para conseguir pagar este sumo de fruta, este néctar que faz muito bem à saúde, mas o agricultor que produz também tem que se manter”, afirmou Francisco Ribeiro, da cooperativa dos Olivicultores de Murça e da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD).

O azeite possui diferentes características e categorias, como as DOP, azeite virgem ou virgem extra.

Há, no entanto, segundo Francisco Ribeiro, alguma falta de informação e, por isso, defendeu que é preciso sensibilizar o consumidor para as diferenças que o azeite tem, um produto que é 100% natural.

A escalada do preço do azeite levou já a uma retração do consumo e à venda fraudulenta.

Francisco Ribeiro disse que é para desconfiar quando se vê à venda o garrafão de azeite a 25 euros e apelou a uma atenção redobrada por parte dos consumidores para que comprem um produto devidamente embalado, certificado e com proveniência conhecida.

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IPMA: REGIÃO NORTE EM ALERTA AMARELO DEVIDO À PREVISÃO DE NEVE

Os distritos de Bragança, Viseu, Vila Real, Braga, Porto, Viana do Castelo, Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo até à manhã de sábado por previsões de queda de neve, adiantou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

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Os distritos de Bragança, Viseu, Vila Real, Braga, Porto, Viana do Castelo, Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo até à manhã de sábado por previsões de queda de neve, adiantou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Os avisos amarelos (terceiro mais grave de uma escala de quatro) para os oito distritos vigoram entre as 21h00 de hoje e as 09h00 de sábado, 27 de abril, segundo informou o IPMA.

O IPMA alerta para previsões de queda de neve acima dos 1.100 metros ou 1.200 metros, consoante o distrito, prevendo-se também acumulação de neve a variar entre os cinco centímetros e os 10 centímetros.

A acumulação de neve e a previsível formação de gelo levam o IPMA a avisar para os possíveis condicionamentos como estradas cortadas, danos em estruturas ou árvores e dificuldades de abastecimentos.

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SANTARÉM: GRUPO LUZ SAÚDE INVESTE 58 MILHÕES EM NOVO HOSPITAL

O Grupo Luz Saúde vai construir um novo hospital em Santarém, num projeto que prevê um investimento de 58 milhões de euros e a criação de 500 postos de trabalho, anunciou esta sexta-feira o grupo.

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O Grupo Luz Saúde vai construir um novo hospital em Santarém, num projeto que prevê um investimento de 58 milhões de euros e a criação de 500 postos de trabalho, anunciou esta sexta-feira o grupo.

Num comunicado, a que a Lusa teve acesso, o grupo indica que já obteve todos os licenciamentos necessários para o início da construção, tendo a obra sido adjudicada este mês à empresa Teixeira Duarte.

A Luz Saúde prevê que a construção do novo hospital esteja concluída até ao final de 2025, apontando a abertura para o primeiro semestre de 2026.

Com um investimento de 58 milhões de euros, esta nova unidade hospitalar prevê criar 500 postos de trabalho e reforçar “os serviços médicos de proximidade para os cerca de 425 mil ribatejanos, nomeadamente dos concelhos de Santarém, Ourém, Tomar, Abrantes, Torres Novas, Almeirim, Cartaxo, entre outros”.

Segundo a mesma fonte, esta nova infraestrutura vai contar “com um vasto leque de consultas de diversas especialidades médicas e cirúrgicas” e com equipamentos de última geração.

O hospital, que está a ser construído junto ao “Retail Park”, na zona sul de Santarém, vai ter uma unidade de internamento com 42 camas, um bloco operatório com 4 salas cirúrgicas, um centro de imagiologia diferenciada, um centro para a saúde da Mulher, um centro de Oncologia e um centro de Medicina Dentária.

Está também prevista a instalação de 40 salas de consulta, várias especialidades médicas como medicina interna, medicina geral e familiar, pediatria, ginecologia-obstetrícia, ortopedia, cardiologia, neurologia, cirurgia geral, entre outras.

Está também previsto um parque de estacionamento com 300 lugares.

Segundo o grupo, este novo hospital vai ser construído com o objetivo de “reforçar a rede de hospitais e clínicas que a Luz Saúde tem no território nacional” e pretende “ser uma referência na saúde no Ribatejo, criando uma oferta de cuidados altamente diferenciada, que permitam um acompanhamento integral e especializado da população desta região”, lê-se no comunicado.

A Luz Saúde presta atualmente os seus serviços através de 28 unidades (14 hospitais privados, 13 clínicas privadas e uma residência sénior).

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