NACIONAL
SAÚDE: HÁ 238 CASOS DE MPOX EM PORTUGAL DESDE JUNHO DE 2023
Cerca de 240 casos de Mpox foram detetados em Portugal desde 1 de junho do ano passado, revela um balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS), segundo o qual o surto continua ativo, mas com tendência decrescente.
Cerca de 240 casos de Mpox foram detetados em Portugal desde 1 de junho do ano passado, revela um balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS), segundo o qual o surto continua ativo, mas com tendência decrescente.
O primeiro alerta para a doença data de 3 de maio de 2022, com a confirmação laboratorial pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), de cinco casos do vírus Monkeypox (mpox) em Portugal, o segundo país a reportar casos de um surto que veio a ser mundial.
Em junho de 2023, foi identificado um segundo surto, ao fim de três meses sem casos reportados no país.
“Este segundo surto, embora mantendo a tendência decrescente durante o último mês [fevereiro], mantém-se ativo, com um total de 238 casos, com data de início de sintomas entre 1 de junho de 2023 e 29 de fevereiro de 2024”, refere a DGS num balanço publicado no site, adiantando que, este ano, foram reportados quatro novos casos.
Neste segundo surto, mantém-se o perfil epidemiológico e clínico do primeiro surto, refere a autoridade de saúde, adiantando que a maioria dos casos são homens (três mulheres), com idades compreendidas entre os 19 e os 64 anos (mediana 32)
A maioria reside na Região de Lisboa e Vale do Tejo (145 casos; 61%), seguida da Região Norte (82; 34%), da Região Autónoma da Madeira (5; 2,1%), da Região Centro (5; 2,1%) e da Região do Alentejo (1; 0,4%).
Dos casos confirmados, 33 (14%) estavam vacinados contra a mpox e, dos que tinham coinfecção por VIH (94), 13 eram vacinados: 2 (2%) com uma dose da vacina contra mpox e 7 (7%) com duas doses e 4 (4%) com vacinação contra a varíola previamente ao surto.
Considerando os 21 dias anteriores ao início dos sintomas, 53 (22%) casos referem frequência de saunas, 142 (60%) tiveram contactos sexuais com múltiplos parceiros, 66 (28%) participaram em atividades de sexo em grupo e/ou anónimo e 21 (9%) referem viagem recente ao estrangeiro.
Desde o início da disponibilidade de vacinas, a 16 de julho de 2022, até ao passado dia 29 de fevereiro foram vacinadas 8.607 pessoas.
Das 15.211 inoculações, 13.937 (92%) ocorreram em contexto de pré-exposição.
A DGS continua a salientar “a importância da deteção precoce de novos casos”, apelando para as pessoas evitarem o contacto físico íntimo durante o período de contagiosidade e promoverem o mais precocemente possível a vacinação de contactos próximos.
Apela ainda à vacinação preventiva na população de maior risco de infeção.
No mundo, entre 1 de janeiro de 2022 e 31 de janeiro de 2024, foram reportados à Organização Mundial da Saúde (OMS) 93.921 casos confirmados e 662 casos prováveis de Mpox, em 117 países, incluindo 179 óbitos.
Durante o mês de janeiro, o número de novos casos reportados aumentou 29,7%, comparativamente com o mês anterior.
A maioria dos novos casos do mês passado foi notificada na Região das Américas (52,1%) e na Região Europeia (22,1%). No mês mais recente de notificação completa, 18 países notificaram um aumento no número mensal de casos.
No último mês, 29 países reportaram casos.
NACIONAL
25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL
A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.
A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.
O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.
O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.
De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.
A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.
O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.
Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.
No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.
Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.
Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.
“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.
Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).
A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.
NACIONAL
25 DE ABRIL: A HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO
O dia 25 de Abril de 1974 será para sempre o “Dia da Liberdade”. Afinal o que se passou exactamente nesse dia ? Para compreenderes temos aqui um resumo do que realmente se passou nesse dia e da importância que representa para Portugal e para os Portugueses. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
A Revolução de 25 de Abril, também referida como Revolução dos Cravos, refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de Abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de Abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.
Esta ação foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por atingir o regime político em vigor. Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a resistência do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa pelas balas da DGS.
O movimento confiou a direção do País à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado. A 15 de Maio de 1974, o General António de Spínola foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuído a Adelino da Palma Carlos. Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos militares que, terminaram com o 25 de Novembro de 1975.
Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional no dia 25 de Abril, denominado como “Dia da Liberdade”.
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