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VALONGO: EXPLORAÇÃO DE CAVALOS SOB INVESTIGAÇÃO POR ALEGADOS MAUS-TRATOS

A Câmara de Valongo, a Brigada de Proteção Ambiental da PSP e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) estão a investigar alegados maus-tratos numa exploração de cavalos em Ermesinde, disse esta terça-feira à Lusa o veterinário da autarquia.

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A Câmara de Valongo, a Brigada de Proteção Ambiental da PSP e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) estão a investigar alegados maus-tratos numa exploração de cavalos em Ermesinde, disse esta terça-feira à Lusa o veterinário da autarquia.

As autoridades foram alertadas por uma denúncia anónima, tendo na segunda-feira e esta terça-feira comparecido na exploração, na freguesia de Sampaio, para avaliar o estado dos animais, acrescentou Fernando Rodrigues.

“Fui juntamente com a DGAV verificar se havia maus-tratos a animais e se havia cadáveres de animais na exploração, como dava a entender a denúncia feita. Percorremos todo o perímetro da exploração, e fora dela, e não encontrámos animais mortos”, começou por relatar o veterinário.

Do que encontraram na antiga vacaria, “desativada há cerca de 15 anos e, entretanto, transformada em exploração de cavalos, recolhidos pelo país inteiro, sendo ali engordados para depois serem exportados para França para consumo humano”, Fernando Rodrigues afasta o cenário de “maus-tratos a animais”.

“Vimos muitos animais em mau estado, que se apresentavam subnutridos, mas o dono da exploração alegou já terem sido recolhidos assim. Cabe agora à DGAV fazer a verificação das informações recolhidas”, acrescentou o veterinário.

Garantindo terem esta terça-feira feito “a verificação, um a um, dos 83 cavalos que estão na exploração” e lhes ter sido “garantido alimento”, Fernando Rodrigues salientou “haver, também, animais em bom estado“, situação que não abona em favor dos alegados “maus-tratos a animais” com que avança a denúncia.

Segundo o especialista, a DGAV, que “ficou com o dispositivo do chip dos cavalos, vai averiguar se a exploração está licenciada – e caso não esteja será levantado um auto -, a proveniência dos animais e se foram entregues naquele estado de debilidade, pois se o chip estiver ativo estará indicado o dia e a hora em que o cavalo foi entregue ao novo proprietário”.

“Da parte da câmara verificámos que não havia sofrimento animal, eles estavam magros, mas não maltratados. Todos os animais foram detidos pela DGAV mantendo-se, contudo na exploração, sendo-lhes garantida a alimentação, com a vigilância das autoridades, até o processo acabar”, acrescentou.

Um familiar do dono da exploração “ficou como fiel depositário para garantir a alimentação dos cavalos”, processo que será “supervisionado” pela autarquia, disse ainda.

Fernando Rodrigues considerou existir “excesso de animais na exploração”, razão por que terão de “arranjar maneira de os tirar dali, pois só deveriam estar lá metade”.

A Lusa tentou ouvir a DGAV, mas até ao momento não foi possível.

Anabela Castro, da distrital do Porto do partido Pessoas-Animais-Natureza, manifestou à Lusa a sua preocupação por “coisas estranhas” que se passam na exploração, frisou tratar-se de “uma questão económica e de saúde pública” e que, devido a isso, o PAN “vai avançar com uma queixa ao Ministério Público”.

“Estamos a falar de mais de 80 cavalos e há indicações de que existem mais terrenos explorados pelo mesmo senhor e que não sabemos se os animais estarão nas mesmas condições”.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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