REGIÕES
VALPAÇOS: QUEBRA DE PRODUÇÃO DE CASTANHA PODE ATINGIR OS 70 A 80%
A quebra de produção de castanha na serra da Padrela, em Valpaços, poderá atingir os “70 a 80%” e, entre as causas apontadas, está o ataque da septoriose, uma doença que afeta os castanheiro, foi hoje anunciado.
A quebra de produção de castanha na serra da Padrela, em Valpaços, poderá atingir os “70 a 80%” e, entre as causas apontadas, está o ataque da septoriose, uma doença que afeta os castanheiro, foi hoje anunciado.
“É um problema acima de tudo social, devido ao impacto económico que representa uma quebra de produção, diria em alguns soutos a 100% e uma média a rondar entre os 70 a 80%, num território em que predomina a cultura da castanha”, afirmou o presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida, que falou numa “tragédia” e que reclamou ao Governo ajuda técnica e linhas de apoio para os agricultores.
O autarca realizou hoje uma visita a soutos na Terra Fria do concelho, conjuntamente com as associações do setor, presidentes de juntas e produtores para ver, no terreno, o estado dos castanheiros que têm as folhas castanhas e amarelas, como se estivessem “queimadas”, e o ouriço não desenvolveu e caiu antecipadamente.
“Eu acho que há aqui uma conjugação de vários fatores que deram nesta desgraça, neste flagelo. Há aqui, em primeiro lugar, um acidente climático, a conjugação de uma precipitação bastante forte, que ocorreu a partir de meados de setembro, com calor que originou o desenvolvimento deste fungo que é a septoriose do castanheiro”, explicou José Gomes Laranjo, investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e dirigente da Associação Portuguesa da Castanha (RefCast).
A septoriose, apontada pelos especialistas como uma das responsáveis pelas quebras verificadas na produção, provoca a secagem e queda antecipada da folha do castanheiro que fica de cor acastanhada e rebordo amarelo.
Amílcar Almeida reclamou do Governo a criação de linhas de apoio para ajudar os produtores a, por exemplo, repor o potencial produtivo ou também isenções a nível de pagamentos à Segurança Social.
Ao mesmo tempo, pediu a intervenção da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), para que sejam feitas análises e se apure exatamente qual é o problema que está a afetar estes castanheiros e que tratamentos podem ser feitos para evitar consequências em futuras produções.
O autarca quer saber o que está a originar “quedas a pique” na produção de castanha neste concelho que, este ano, foi também muito afetado por intempéries que afetaram a produção de azeite, vinho e amêndoa.
Numa década, esta será já a quarta vez que se verifica um forte ataque deste fungo.
“Que isto sirva de sensibilização e de aprendizagem para que cada vez menos isto possa acontecer. Contrariamente a outros problemas que o castanheiro tem, este pode ser obviado se tratado”, salientou José Gomes Laranjo, apontando que, no entanto, a maioria dos produtores não fez os tratamentos preventivos com produtos à base de cobre.
Em Valpaços, o investigador prevê um “prejuízo na ordem das 12.000 toneladas de castanha, o que significa qualquer coisa como 26 milhões de euros de prejuízo”.
“Isto tem impacto social e é para este impacto social que estamos aqui a alertar e a pedir ajuda para estas pessoas”, salientou José Gomes Laranjo, que sublinhou que esta situação tem muito a ver com as “alterações climáticas e os eventos extremos”.
Na zona da Padrela há cerca de 7.000 hectares de soutos e aqui existe a maior mancha de castanha judia da Europa.
“Estamos às portas da nossa Feira da Castanha e estamos em dúvida se vamos ter castanha sequer para ser apresentada nessa feira”, lamentou Amílcar Almeida.
José Gomes Laranjo referiu que este fungo é um problema que, este ano, está “espalhado pelo país”.
“Do ponto de vista nacional, o impacto pode ser brutal”, frisou.
REGIÕES
IPMA: REGIÃO NORTE EM ALERTA AMARELO DEVIDO À PREVISÃO DE NEVE
Os distritos de Bragança, Viseu, Vila Real, Braga, Porto, Viana do Castelo, Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo até à manhã de sábado por previsões de queda de neve, adiantou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Os distritos de Bragança, Viseu, Vila Real, Braga, Porto, Viana do Castelo, Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo até à manhã de sábado por previsões de queda de neve, adiantou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Os avisos amarelos (terceiro mais grave de uma escala de quatro) para os oito distritos vigoram entre as 21h00 de hoje e as 09h00 de sábado, 27 de abril, segundo informou o IPMA.
O IPMA alerta para previsões de queda de neve acima dos 1.100 metros ou 1.200 metros, consoante o distrito, prevendo-se também acumulação de neve a variar entre os cinco centímetros e os 10 centímetros.
A acumulação de neve e a previsível formação de gelo levam o IPMA a avisar para os possíveis condicionamentos como estradas cortadas, danos em estruturas ou árvores e dificuldades de abastecimentos.
REGIÕES
SANTARÉM: GRUPO LUZ SAÚDE INVESTE 58 MILHÕES EM NOVO HOSPITAL
O Grupo Luz Saúde vai construir um novo hospital em Santarém, num projeto que prevê um investimento de 58 milhões de euros e a criação de 500 postos de trabalho, anunciou esta sexta-feira o grupo.
O Grupo Luz Saúde vai construir um novo hospital em Santarém, num projeto que prevê um investimento de 58 milhões de euros e a criação de 500 postos de trabalho, anunciou esta sexta-feira o grupo.
Num comunicado, a que a Lusa teve acesso, o grupo indica que já obteve todos os licenciamentos necessários para o início da construção, tendo a obra sido adjudicada este mês à empresa Teixeira Duarte.
A Luz Saúde prevê que a construção do novo hospital esteja concluída até ao final de 2025, apontando a abertura para o primeiro semestre de 2026.
Com um investimento de 58 milhões de euros, esta nova unidade hospitalar prevê criar 500 postos de trabalho e reforçar “os serviços médicos de proximidade para os cerca de 425 mil ribatejanos, nomeadamente dos concelhos de Santarém, Ourém, Tomar, Abrantes, Torres Novas, Almeirim, Cartaxo, entre outros”.
Segundo a mesma fonte, esta nova infraestrutura vai contar “com um vasto leque de consultas de diversas especialidades médicas e cirúrgicas” e com equipamentos de última geração.
O hospital, que está a ser construído junto ao “Retail Park”, na zona sul de Santarém, vai ter uma unidade de internamento com 42 camas, um bloco operatório com 4 salas cirúrgicas, um centro de imagiologia diferenciada, um centro para a saúde da Mulher, um centro de Oncologia e um centro de Medicina Dentária.
Está também prevista a instalação de 40 salas de consulta, várias especialidades médicas como medicina interna, medicina geral e familiar, pediatria, ginecologia-obstetrícia, ortopedia, cardiologia, neurologia, cirurgia geral, entre outras.
Está também previsto um parque de estacionamento com 300 lugares.
Segundo o grupo, este novo hospital vai ser construído com o objetivo de “reforçar a rede de hospitais e clínicas que a Luz Saúde tem no território nacional” e pretende “ser uma referência na saúde no Ribatejo, criando uma oferta de cuidados altamente diferenciada, que permitam um acompanhamento integral e especializado da população desta região”, lê-se no comunicado.
A Luz Saúde presta atualmente os seus serviços através de 28 unidades (14 hospitais privados, 13 clínicas privadas e uma residência sénior).
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