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PORTO: MARCELO PEDE ‘SOLUÇÕES CONSENSUAIS’ SOBRE A TOXICODEPENDÊNCIA

O Presidente da República defendeu, esta quarta-feira, que se encontrem ‘as soluções mais consensuais possíveis’ para resolver o problema da toxicodependência no Porto, dizendo que esta matéria tem de ser acompanhada com ‘serenidade’, ‘bom senso’ e ‘conhecimento da realidade’.

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O Presidente da República defendeu, esta quarta-feira, que se encontrem “as soluções mais consensuais possíveis” para resolver o problema da toxicodependência no Porto, dizendo que esta matéria tem de ser acompanhada com “serenidade”, “bom senso” e “conhecimento da realidade”.

“Penso que é uma questão a ser acompanhada com serenidade, bom senso, com conhecimento daquilo que se passa na vida real e ao mesmo tempo com o encontrar as soluções mais consensuais possíveis para que funcione bem o esquema que é concebido na lei, seja aplicado depois na magistratura judicial, seja acompanhado pelas forças de segurança e tenha um contexto económico e social, porque tudo isto tem causas económicas e sociais”, afirmou o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas à margem da cerimónia de entrega do Prémio Bial de Medicina Clínica, que decorreu na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), destacou que este é um problema que “exige a colaboração de muitas entidades”, entre as quais, “entidades estatais”, o Governo, forças de segurança, municípios e instituições da sociedade civil.

Recusando antecipar um “juízo” sobre o que considerou que pode vir a ser “uma ponderação” do legislador, nomeadamente do Parlamento quanto à alteração da lei sobre as drogas, Marcelo Rebelo de Sousa destacou, contudo, que “a ideia de que se resolvem os problemas só mudando as leis é uma ideia que não parece sedutora”.

“A mudança da lei pode ser importante em certas circunstâncias, acompanhada naturalmente da aplicação da lei e tendo a noção exata das condições económicas e sociais que favorecem certos fenómenos”, acrescentou, recusando-se também a comentar a alegada falta de meios policiais na cidade do Porto para combater o fenómeno do tráfico e consumo de droga.

Na terça-feira, o presidente da Câmara do Porto considerou que a resposta do Ministério da Defesa à carta que enviou a 26 de janeiro, a propósito da ocupação das instalações militares por toxicodependentes, demonstra que “o Governo central vive completamente ausente e alheado dos problemas com que nós [cidadãos] nos vemos confrontados”.

“Nunca imaginei que um ministro assumisse uma carta desta natureza quando lhe chamamos a atenção para aquilo que é uma coisa absolutamente óbvia, que toda a gente percebe que está a acontecer em que no fundo estamos a pedir para o Estado, naquilo que é seu, garantir o normal funcionamento democrático”, salientou.

Na carta, enviada na segunda-feira a Rui Moreira e a que a Lusa teve acesso, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, agradece a missiva e o relato feito pelo autarca, que, considera, “naturalmente, a todos deve preocupar”.

À semelhança da resposta enviada pelo Ministério da Defesa Nacional à agência Lusa, a ministra esclarece que o processo de afetação do imóvel está “em fase final” e que a conclusão do processo permitirá “concretizar um desígnio tão importante como a disponibilização de habitação para arrendamento acessível, mas também colocar termo a potenciais situações de ocupação indevida”.

Em 2 de fevereiro, Rui Moreira instou o ministro da Administração Interna a assumir “competências” para resolver o problema do consumo e tráfico de estupefacientes na cidade, e “não esconder debaixo do tapete” esta matéria.

“Por mim é fácil, se o ministro da Administração Interna tiver uma varinha mágica para resolver o problema, ele que resolva porque a competência é dele. A competência é do senhor ministro. Enquanto ele não assumir essa competência, porque não tem sabido assumir, nós faremos o que está ao nosso alcance”, afirmou Rui Moreira, depois de um encontro com moradores de zonas afetadas pelo consumo e tráfico de droga na via pública, em particular, nas proximidades dos bairros da Pasteleira e Pinheiro Torres.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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