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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

COVID-19: 42% DOS RECUPERADOS COM SINTOMAS DE STRESS PÓS-TRAUMÁTICO

Cerca de 42% dos recuperados da covid-19 apresentam sintomas de stresse pós-traumático e mais de 40% mostram-se preocupados com o julgamento negativo de outras pessoas por terem sido infetados, estima um estudo hoje divulgado.

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Cerca de 42% dos recuperados da covid-19 apresentam sintomas de stresse pós-traumático e mais de 40% mostram-se preocupados com o julgamento negativo de outras pessoas por terem sido infetados, estima um estudo hoje divulgado.

“Cerca de 40% dos sobreviventes da infeção apresentaram pelo menos alguns sentimentos de insegurança relacionados com a infeção pelo vírus SARS-CoV-2, a perceção de que outros poderão julgá-los negativamente por terem sido infetados e sentimentos de isolamento pelo mesmo motivo”, indica a investigação do Observatório Social da Fundação La Caixa.

Segundo este inquérito sobre as consequências da pandemia na saúde mental, os resultados relativos à Escala de Vergonha associada a Doença (CISS, no original) demonstraram que os “sentimentos de vergonha dos sobreviventes parecem estar mais relacionados com os julgamentos feitos por outras pessoas do que os julgamentos feitos pelo próprio”.

As conclusões adiantam ainda que cerca de 42% dos sobreviventes da infeção por SARS-CoV-2 apresentaram um possível diagnóstico de perturbação de stress pós-traumático (PTSD, na sigla em inglês) relacionado com a experiência de ter sido infetados pelo SARS-CoV-2.

O estudo analisou um total de 640 adultos, divididos por três grupos: recuperados da infeção, pessoas que foram testadas, mas nunca tiveram um resultado positivo e pessoas que nunca fizeram teste de despiste para o coronavírus.

A amostra foi recolhida em Portugal através de um inquérito `on-line´ durante fevereiro deste ano.

“Apesar de não terem sido identificadas diferenças entre os três grupos, os níveis de ansiedade e depressão observados foram mais elevados do que aqueles considerados normativos previamente à pandemia”, revelam as conclusões agora divulgadas.

Além disso, os resultados também revelaram que a existência de um historial psiquiátrico prévio tornou as pessoas mais vulneráveis a ansiedade e depressão durante a pandemia da covid-19.

A investigação do Observatório Social da La Caixa permitiu ainda perceber que a maioria dos inquiridos (59,2%) apresentou níveis de ansiedade no limite entre o subclínico e o clinicamente significativo (23,3% leve, 28,1% moderado e 7,8% grave).

Estes valores contrastam com dados anteriores que apontavam para menos de 20%.

“Estes resultados parecem indicar que a pandemia está a ter efeitos semelhantes na saúde mental dos indivíduos, independentemente de terem sido ou não infetados pelo vírus SARS-CoV-2”, apontam os investigadores.

Mais de metade das pessoas que não foram infetadas com o vírus reportaram pelo menos “muito medo” de ter complicações graves devidas à covid-19 (74,2%), de morrer da doença (60,9%), de ter contacto com alguém infetado (70,4%), de ter contacto com alguém com sintomas respiratórios (64,4%) ou de ter contacto com alguém que tenha tido contacto com um doente infetado (60,4%).

“Embora não seja surpreendente que pessoas não infetadas manifestem medo da Covid-19, estes dados são interessantes se considerarmos a média de idades dos participantes (cerca de 36 anos), demonstrativa de que uma proporção relevante dos participantes pertence a grupos de baixo risco”, adianta ainda o estudo.

“Sentimentos de vergonha e sintomas de PTSD nos sobreviventes são particularmente preocupantes. São, no entanto, necessários mais estudos para analisar a evolução do sofrimento psicológico dos grupos estudados. No momento atual, parece revelar-se importante tomar atenção à saúde mental da população em geral e a potenciais necessidades de intervenção psiquiátrica e psicológica”, concluiu o estudo.

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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

SAÚDE: CASOS DE DEMÊNCIA PODEM DUPLICAR NOS PRÓXIMOS 50 ANOS – ESTUDO

Investigadores do Centro de Investigação, Diagnóstico, Formação e Acompanhamento das Demências (CIDIFAD) da Misericórdia de Riba D’Ave, em Famalicão, estimam que os casos de demência possam duplicar nos próximos 50 anos em Portugal, envolvendo 450 mil pessoas.

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Investigadores do Centro de Investigação, Diagnóstico, Formação e Acompanhamento das Demências (CIDIFAD) da Misericórdia de Riba D’Ave, em Famalicão, estimam que os casos de demência possam duplicar nos próximos 50 anos em Portugal, envolvendo 450 mil pessoas.

Em comunicado, o Centro de Investigação da Santa Casa da Misericórdia esclarece esta terça-feira que a investigação, publicada no Journal of Geriatric Psychiatry and Neurology, conclui que em Portugal a demência “pode duplicar e chegar aos 450 mil casos em 2080, representando quase 5% da população portuguesa”.

Para chegarem a este resultado, os investigadores usaram taxas de prevalência de demência, por idade e sexo, com base em dois critérios de diagnóstico encontrado noutros estudos nacionais.

“Essas taxas foram aplicadas às projeções da população portuguesa até 2080, para diferentes cenários de crescimento populacional”, refere o centro, acrescentando que os dados apontam “para o peso expressivo nos grupos com idade mais avançada”.

Segundo os dados, três em cada quatro pessoas com demência em 2080 deverão ter 80 ou mais anos. O estudo aponta ainda que a doença continuará a ser mais frequente em mulheres.

Citada no comunicado, a investigadora líder, Sara Alves, destaca que este é “um estudo pioneiro das tendências da prevalência de demência em Portugal, que estima o impacto que este grupo de doenças poderá ter no país até 2080″.

Nas próximas décadas, o número de pessoas com demência “deverá escalar, sobretudo devido ao envelhecimento acentuado da população”.

“A idade é um dos principais fatores associados ao aparecimento deste tipo de doenças, que inclui, por exemplo, a doença de Alzheimer e demência frontotemporal”, lê-se no comunicado.

O estudo contou com a colaboração da investigadora Natália Duarte, do CIDIFAD, mas também de Bárbara Gomes, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Face aos resultados do estudo, as investigadoras defendem não só ser “urgente a concretização dos planos nacionais e regionais da saúde para as demências”, mas também a implementação de medidas para o diagnóstico precoce.

“Há muito a fazer em termos de prevenção de fatores de risco modificáveis (sedentarismo, diabetes, hipertensão), aumento da capacidade de diagnóstico, criação de serviços especializados na comunidade, incluindo cuidados de longa duração e cuidados paliativos, capacitação e formação de profissionais e cuidadores para responder aos desafios da doença, aumento de campanhas de sensibilização, e um maior investimento para a investigação nesta área”, acrescenta Sara Alves.

A investigação contou com o apoio do programa Norte 2020 que apoia a Santa Casa de Misericórdia de Riba D’Ave, em Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga.

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GOOGLE ANUNCIA MEDIDAS PARA COMBATER DESINFORMAÇÃO NAS ELEIÇÕES EUROPEIAS

A Google anunciou hoje quatro medidas para combater a desinformação ‘online’, no âmbito das eleições europeias, onde se inclui o Elections24Check, coligação de factos para a qual a tecnológica contribui com 1,5 milhões de euros.

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A Google anunciou hoje quatro medidas para combater a desinformação ‘online’, no âmbito das eleições europeias, onde se inclui o Elections24Check, coligação de factos para a qual a tecnológica contribui com 1,5 milhões de euros.

“Partilhamos os anúncios mais recentes da Google na cimeira ‘Fighting Misinformation Online’ com foco nas eleições, que decorre em Bruxelas, sobre como estamos a trabalhar com o ecossistema, de forma mais ampla, para combater a desinformação e apoiar a literacia mediática”, refere a tecnológica.

Este passo, adianta, “vem na sequência da atualização no início deste ano (blogpost) sobre como estamos a apoiar as eleições para o Parlamento Europeu, disponibilizando informações de alta qualidade aos eleitores, salvaguardando as nossas plataformas e proporcionando às campanhas as melhores ferramentas de segurança e formação”.

Entre as medidas está o Elections24Check, uma nova coligação de verificação de factos.

“A Google está a contribuir com 1,5 milhões de euros para a Rede Europeia de Normas de Verificação de Fatos (EFCSN) para o lançamento do Elections24Check”, uma coligação de mais de 40 organizações de notícias e de verificação de factos que trabalha em conjunto para verificação de factos sobre as eleições para o Parlamento Europeu, adianta.

Outra medida diz respeito a “recursos de desinformação da AFP para jornalistas”, em que no “período que antecede as eleições europeias de junho, a AFP vai disponibilizar recursos aos jornalistas para aumentar a sensibilização sobre a desinformação e ações para a combater, com o apoio da Google News Initiative”.

Há ainda um donativo de um milhão de dólares da Google.org ao ThinkYoung “para financiar ‘hackathons’ liderados por jovens em toda a Europa e capacitar os jovens eleitores no âmbito do processo democrático”.

Também vai ser lançado o Google Trends Elections Hub para as eleições parlamentares europeias “de forma a proporcionar informações sobre as questões e os tópicos sobre os quais os eleitores desejam saber mais”.

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