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MIGUEL GUIMARÃES: PORTUGAL TEM MÉDICOS SUFICIENTES – O SNS NÃO É ATRATIVO

O bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, disse hoje que Portugal tem médicos suficientes e um Serviço Nacional de Saúde (SNS) que não é atrativo.

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O bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, disse hoje que Portugal tem médicos suficientes e um Serviço Nacional de Saúde (SNS) que não é atrativo.

“Os jovens médicos não querem ficar no SNS, querem ir para o privado ou para o estrangeiro”, disse o responsável num debate sobre o tema “Faltam médicos em Portugal?”, considerando que Portugal tem um SNS que é de excelência, mas que funciona como há 42 anos.

Depois, apontou, há também o problema dos salários baixos, com o país a ter dos vencimentos médicos mais baixos de toda a Europa.

No debate, promovido pela Academia Nacional de Medicina de Portugal, o bastonário salientou que nos últimos 20 anos triplicou o número de estudantes de medicina, o que se reflete no número de médicos inscritos na OM.

Os números apresentados indicam que há hoje 59.697 médicos inscritos na OM, e que em 2008 eram 38.932.

Citando dados do INE, Miguel Guimarães disse que o rácio de médicos por mil habitantes também subiu em 20 anos, 74%, e que no ano passado havia 5,5 médicos por mil habitantes, mais 2,4 do que há 20 anos.

E segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em 36 países estudados Portugal é o terceiro com mais médicos por 100 mil habitantes.

Os números apresentados pelo bastonário dizem que dos quase 60.000 médicos inscritos na OM trabalham no SNS 30.000 (10.000 internos).

E mesmo excluindo os médicos com idade de reforma (66,5 anos) há mais 17.000 médicos fora do setor público da saúde.

No ano passado, mais de um terço das vagas para contratar médicos recém-especialistas nas áreas hospitalares e de saúde publica para o SNS ficou por preencher. E este ano, no último concurso de medicina geral e familiar, ficaram por preencher cerca de 40% das vagas, disse também o responsável.

Nos dados apresentados pelo bastonário mostrou-se por exemplo que há 1.752 especialistas em anestesiologia inscritos na OM mas que 665 deles trabalham fora do SNS. O mesmo na radiologia, com 869 especialistas inscritos na OM, 509 deles a trabalhar fora do SNS. Ou na pediatria, com mais de um terço dos especialistas também fora do SNS.

No debate, além de Miguel Guimarães, participaram também Henrique Cyrne de Carvalho, presidente do Conselho das Escolas Médicas Portuguesas, e Adalberto Campos Fernandes, antigo ministro da Saúde.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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NACIONAL

RELATÓRIO DE SEGURANÇA INTERNA DE 2024 SEM DADOS DE NACIONALIDADE E GÉNERO

O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024 está a ser elaborado e não vai incluir dados sobre criminosos e vítimas por nacionalidade, idade ou género, indicou o Sistema de Segurança Interna, avançando que uma eventual alteração será efetuada no próximo ano.

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O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024 está a ser elaborado e não vai incluir dados sobre criminosos e vítimas por nacionalidade, idade ou género, indicou o Sistema de Segurança Interna, avançando que uma eventual alteração será efetuada no próximo ano.

“O Relatório Anual de Segurança Interna 2024, encontra-se em fase de execução, não se prevendo alterações relativamente ao modelo e conteúdo. Deste modo, os dados respeitantes a crimes praticados por estrangeiros, vão continuar a poder ser consultados no capítulo relativo à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais”, refere o Sistema de Segurança Interna, numa resposta enviada à Lusa.

A 15 de janeiro, num debate quinzenal na Assembleia da República, o primeiro-ministro manifestou abertura a uma proposta do presidente da Iniciativa Liberal para que o Relatório Anual de Segurança Interna inclua no futuro dados sobre criminosos e vítimas por nacionalidade, idade ou género.

Na resolução entregue no parlamento, a IL defende que o RASI passe a divulgar a nacionalidade e o género dos criminosos e das vítimas, argumentando que esses dados contribuiriam para combater a desinformação.

O Sistema de Segurança Interna acrescenta ainda que “qualquer eventual alteração que este relatório possa vir a sofrer, apenas deverá ter lugar no próximo ano”.

O RASI, que reúne as estatísticas da criminalidade das forças e serviços de segurança, é da responsabilidade do Sistema de Segurança Interna e é entregue anualmente na Assembleia da República até 31 de março.

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