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DESPORTO

MIGUEL PINHO ACUSADO DE CORRUPÇÃO PARA FAVORECER O BENFICA

O Ministério Público acusou o empresário Miguel Pinho, que representa jogadores como Bruno Fernandes e Nuno Mendes, de um crime de corrupção desportiva ativa para favorecer o Benfica.

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O Ministério Público acusou o empresário Miguel Pinho, que representa jogadores como Bruno Fernandes e Nuno Mendes, de um crime de corrupção desportiva ativa para favorecer o Benfica.

A acusação, citada pelo Now que avançou a notícia, descreve que, na época 2015/2016, Miguel Pinho terá abordado o jogador do Marítimo José Edgar Costa, oferecendo-lhe 30 mil euros para que este “efetuasse uma prestação desportiva contrária aos interesses” do Marítimo num jogo contra o Benfica.

Segundo a certidão obtida no processo dos ’emails’, Miguel Pinho e o pai, Luís Pinho, terão dito ao jogador visado que “bastaria jogar mal e não rematar à baliza” para cumprir o que lhe estava a ser pedido. O Ministério Público defende também que, “caso aceitasse a oferta”, era assegurado a Edgar Costa que teria um “novo contrato de trabalho, melhor remunerado num outro clube”.

Em janeiro de 2023, o semanário “Expresso” noticiou a denuncia do antigo avançado do Marítimo Edgar Costa, em 2019, sobre uma tentativa de aliciamento por parte de Miguel Pinho, para facilitar no jogo frente ao Benfica, algo que o empresário negou.

Em causa estava o jogo da 33.ª e penúltima jornada da edição de 2015/16 da I Liga, que o Benfica foi vencer no terreno do Marítimo, por 2-0, antes de selar a conquista do título, na derradeira ronda, com dois pontos de vantagem sobre o Sporting, então segundo classificado.

No comunicado divulgado esta quarta-feira, o MP dá conta de que “foi requerida a aplicação da pena acessória de proibição do exercício da profissão ou atividade de agente desportivo” e “foi requerida a perda de bens e vantagens no valor de trinta mil euros, correspondente ao valor da vantagem/recompensa prometida pelo arguido”. “O MP promoveu ainda a aplicação de medidas de garantia patrimonial, mais propriamente o arresto de bens existentes no património do arguido”, remata o MP.

Em declarações ao Observador, o advogado de Miguel Pinho defende que “a acusação não tem pés nem cabeça”. “É um ataque ao Benfica que vem desde 2018 e como não acusaram o Benfica, acusaram agora o Miguel Pinho. A própria acusação explica que não tem provas da oferta de 30 mil euros ao jogador e as únicas provas são as declarações do jogador e o Miguel ter estado no hotel”, disse Tiago Rodrigues Bastos, que anunciou ainda que vai “requerer a abertura de instrução”.

Em fevereiro de 2024, o também agente César Boaventura foi condenado a três anos e quatro meses de prisão, suspensa na sua execução, por três crimes de corrupção ativa no futebol, tendo, então, o Tribunal de Matosinhos dado como provado o aliciamento aos ex-jogadores do Rio Ave Cássio, Marcelo e Lionn para que facilitassem num desafio com o Benfica, igualmente na temporada 2015/16, a troco de contrapartidas financeiras e contratuais.

Do referido processo dos emails foram ainda retiradas certidões para a abertura de processos a José Luís Moça, então diretor desportivo do Desportivo das Aves, e o antigo jogador do Vitória de Setúbal Nuno Pinto, pelo crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem.

Este caso aludia à proposta a um desempenho contrário aos interesses da própria equipa, mediante a atribuição de uma contrapartida, não concretamente apurada”, relativamente à visita do Benfica aos sadinos, em 07 de abril de 2018, da 29.ª jornada da I Liga de 2017/18, que os ‘encarnados’ venceram por 2-1, com dois golos de Raúl Jiménez, um deles de grande penalidade, aos 90+2.

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