INTERNACIONAL
NIKE SOB INVESTIGAÇÃO POR SUSPEITA DE TRABALHO FORÇADO NA CHINA
Uma agência governamental canadiana anunciou hoje que está a investigar a Nike Canadá e a mineira Dynasty Gold pelos seus vínculos a empresas que beneficiam do recurso ao trabalho forçado de uigures na China.

Uma agência governamental canadiana anunciou hoje que está a investigar a Nike Canadá e a mineira Dynasty Gold pelos seus vínculos a empresas que beneficiam do recurso ao trabalho forçado de uigures na China.
A Defensora do Povo do Canadá para o Comportamento Empresarial Responsável (CORE, na sigla em Inglês), Sheri Meyerhoffer, anunciou hoje a abertura de duas investigações independentes, depois de receber relatórios iniciais sobre as duas empresas.
Esta é a primeira vez que a CORE avança com investigações desde que começou a funcionar no início de 2021.
Segundo informações preliminares, a Nike “mantém relações de fornecimento com empresas chinesas conhecidas por utilizarem ou beneficiarem do trabalho forçado da mão de obra uigur”, apesar de a empresa de equipamento desportivo garantir que não tem relações com essas empresas.
Sobre a Dynasty Gold, a CORE afirmou que beneficiou do uso do trabalho forçado da mão de obra uigur em uma mina na China, na qual a mineira canadiana tem uma participação maioritária.
Em comunicado, Meyerhoffer disse que decidiu “avançar com investigações sobre estas denúncias para conhecer os factos e recomendar as medidas adequadas”.
A CORE pode propor ao governo canadiano que retire ajudas financeiras ou apoio para à realização de atividades comerciais a empresas que operem no estrangeiro, quando determinar que essas operações não se ajustam às normas canadianas.
Várias organizações de defesa dos direitos humanos têm questionado a efetividade da CORE e, em particular, apontam a sua falta de capacidade de realizar investigações exaustivas e castigar as empresas que violam as leis canadianas.

INTERNACIONAL
ONG PORTUGUESA HELPO ‘VIRA’ NOME DE ALFAIATARIA EM CABO DELGADO
Gamito Mirengue é o mestre alfaiate mais antigo da aldeia de Impire, província moçambicana de Cabo Delgado, e decidiu dar o nome da ONG portuguesa Helpo à alfaiataria que instalou junto à estrada.

Gamito Mirengue é o mestre alfaiate mais antigo da aldeia de Impire, província moçambicana de Cabo Delgado, e decidiu dar o nome da ONG portuguesa Helpo à alfaiataria que instalou junto à estrada.
“Gosto muito bem [de trabalhar com a Helpo]. É por isso que tem o nome”, começa por explicar o mestre, de 47 anos, orgulhoso da escolha do nome daquela Organização Não-Governamental (ONG) que ostenta, juntamente com o logótipo original, numa placa colocada no telhado da sua banca.
Presente em Moçambique desde 2009, com projetos de apoio nas províncias de Nampula e Cabo Delgado, a relação da Helpo com Gamito começou em 2021, quando a organização portuguesa passou a encomendar-lhe centenas de máscaras de proteção em plena pandemia de covid-19.
Seguiram-se os uniformes escolares – obrigatórios nas escolas moçambicanas – dos alunos de programas de apoio da Helpo, em que o trabalho ficava a cargo do mestre Gamito e a ONG portuguesa fornecia os tecidos.
“Até ao ano passado já fiz 900 e poucos uniformes”, acrescenta, à conversa com a Lusa, recordando que já teve até formação em Nampula, na Helpo, para passar a produzir pensos higiénicos reutilizáveis, num projeto em preparação por aquela ONGD.
“Até já me deram esta máquina elétrica”, refere, sobre o apoio da Helpo, que é também nome e logótipo da sua pequena loja, que partilha com outro colega e mais sete crianças de Impire, aldeia que acolhe dezenas de famílias deslocadas em fuga dos ataques terroristas dos últimos anos em Cabo Delgado, e que ali aprendem a arte da Gamito.
Hoje é o mestre alfaiate mais antigo da aldeia, ofício que começou a aprender com os mais velhos, em 1992, tendo, entretanto, “formado” outros oito: “Todos são mestres, têm as suas máquinas, todos vivem aqui (…) Agora tenho aqui sete crianças”.
Gamito Mirengue partilha desde 2001 as máquinas de costura, ainda a pedal, com Luís Taroé, cinco anos mais novo.
“O mestre ensina-nos como fazer calças, blusas, calções. Consigo alimentar a família”, explica.
Na “alfaiataria Helpo” cada par de calças sai por 250 a 300 meticais (3,60 a 4,30 euros), mas sempre sujeito a negociação, admite Luís: “Há pessoas que pedem para diminuir os preços, porque aqui estamos na machamba [no campo]”.
O negócio que vai sendo propiciado pela Helpo vai permitindo iniciar outras crianças da aldeia de Impire na mesma arte, o “problema” é mesmo haver poucas máquinas de costura para tantas interessadas e que se têm de revezar na aprendizagem.
“Sempre nos ajudam, trazem tecidos para fazer os uniformes. Todas as crianças gostam do projeto da Helpo”, conclui Luís Taroé.
INTERNACIONAL
ESFORÇOS DO FACEBOOK PARA REMOVER CONTEÚDO ANTIVACINAÇÃO FALHARAM
Os esforços da rede social Facebook para eliminar conteúdos antivacinação da sua plataforma, durante os piores meses da pandemia de covid-19, não serviram para reduzir a exposição dos seus utilizadores a este tipo de publicações, refere um estudo.

Os esforços da rede social Facebook para eliminar conteúdos antivacinação da sua plataforma, durante os piores meses da pandemia de covid-19, não serviram para reduzir a exposição dos seus utilizadores a este tipo de publicações, refere um estudo.
Investigadores da Universidade George Washington, em Washington D.C., descarregaram dados públicos da plataforma de diferentes datas, quer antes do início da política de eliminação de informações falsas sobre vacinas, em dezembro de 2020, quer depois.
Os autores do estudo, publicado esta sexta-feira na revista Science Advances, constataram que o nível de interação do utilizador com este tipo de publicação não só não diminuiu como em alguns casos aumentou.
Em comunicado, um dos investigadores, Lorien Abroms, destacou que os seus resultados demonstram como é difícil eliminar a desinformação sobre questões de saúde nos espaços públicos.
A sua principal hipótese é que foi a própria arquitetura do Facebook, e especificamente os seus sistemas concebidos para promover a criação de grupos e partilhar informação, que provocou este aumento nas interações com conteúdos antivacinas, apesar dos esforços da plataforma para eliminá-los.
“Indivíduos que têm uma grande motivação para encontrar e partilhar conteúdo antivacinação estão simplesmente a utilizar o sistema da forma como foi concebido”, frisou David Broniatowski, principal autor do estudo, citado no comunicado.
A conclusão dos investigadores é que de nada adianta remover conteúdos ou alterar algoritmos se o objetivo principal das plataformas não for modificado, que é a conexão de diferentes pessoas que partilham interesses comuns, neste caso, o medo das vacinas.
Os investigadores salientaram que este é o primeiro estudo científico a analisar a eficácia dos esforços do Facebook para eliminar a desinformação da sua plataforma.
Segundo a universidade, as descobertas sugerem que as empresas de redes sociais podem mitigar estes efeitos nocivos colaborando entre si para criar “códigos de construção” para as suas aplicações, informados pela ciência, da mesma forma que os arquitetos precisam de conhecimento para garantir a segurança dos seus edifícios, através da incorporação de ventilação, saídas de emergência e outras medidas.
-
INTERNACIONAL2 semanas atrás
CIBERATAQUES AUMENTAM A NÍVEL GLOBAL, MAS ESTABILIZAM EM PORTUGAL
-
MAGAZINE2 semanas atrás
CINEMA E DESPORTO: UMA UNIÃO DE SUCESSO
-
CIÊNCIA & TECNOLOGIA2 semanas atrás
DESCOBERTOS OS MAIS ANTIGOS VESTÍGIOS DE PEIXES DO MAR PROFUNDO COM ‘MÃO’ PORTUGUESA
-
REGIÕES2 semanas atrás
COIMBRA: ESTUDANTES PEDEM AO GOVERNO PACOTE DE MEDIDAS MAIS ROBUSTO
-
REGIÕES2 semanas atrás
CATORZE DISTRITOS SOB AVISO AMARELO DEVIDO À PREVISÃO DE CHUVA
-
REGIÕES1 semana atrás
PORTO: MÚSICOS E ARTISTAS DO STOP MARCAM MANIFESTAÇÃO PARA 22 DE SETEMBRO
-
NACIONAL2 semanas atrás
ANA GOMES CONDENADA A PAGAR 8 MIL EUROS A MÁRIO FERREIRA POR INSULTO NO TWITTER
-
ECONOMIA & FINANÇAS2 semanas atrás
SINDICATOS AVANÇAM PARA A JUSTIÇA POR IRREGULARIDADES NO CÁLCULO DE PENSÕES