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NACIONAL

MAIORIA DAS VACINAS COM COBERTURA IGUAL OU SUPERIOR A 95%

As coberturas da maioria das vacinas incluídas no Programa Nacional de Vacinação (PNV) atingiram ou ultrapassaram no ano passado a meta de 95%, segundo o balanço hoje divulgado.

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As coberturas da maioria das vacinas incluídas no Programa Nacional de Vacinação (PNV) atingiram ou ultrapassaram no ano passado a meta de 95%, segundo o balanço hoje divulgado.

“As metas das vacinas que já estavam implementadas no PNV foram todas cumpridas e, mesmo para as novas vacinas, também já se cumpriu uma meta e as outras estão todas a caminho e a correr bastante bem”, disse à agência Lusa a coordenadora do PNV, Teresa Fernandes.

No segundo ano de pandemia e de grande foco na campanha de vacinação contra a covid-19, com o adicional de duas novas vacinas no PNV (meningite B e vírus do papiloma humano – HPV para rapazes) e a repescagem de quatro coortes com estas vacinas, “foram cumpridas, no geral, todas as metas do PNV, à semelhança dos anos anteriores”, refere o documento de balanço hoje divulgado.

De acordo com a avaliação do PNV 2021, da Direção-Geral da Saúde (DGS), a vacinação contra o sarampo e a rubéola (VASPR) “continua a cumprir todas as metas nacionais e internacionais do Programa Nacional de Eliminação do Sarampo e da Rubéola”.

“Constata-se, através das avaliações realizadas nos últimos anos, que todas as coortes até aos 18 anos de idade têm coberturas vacinais iguais ou superiores a 95%”, refere o documento, a que a Lusa teve acesso.

Questionada pela Lusa sobre a vacinação do sarampo, depois de na quarta-feira a Organização Mundial da Saúde ter alertado para o aumento de casos de sarampo no mundo nos primeiros dois meses do ano, Teresa Fernandes disse que em Portugal as taxas de cobertura são muito completas e que os casos são esporádicos.

“Aos dois anos de idade (…) 98% das crianças estão vacinadas (…), aos seis anos 95% e os que ainda não foram vacinar-se continuam a ser repescados [de forma que] aos sete anos já temos 96%”, explicou, acrescentando: “A OMS já nos certificou, desde 2015, que o sarampo está eliminado porque temos sempre estes bons indicadores e não temos casos de sarampo. Temos apenas casos esporádicos”.

Segundo os dados da Direção Geral da Saúde, no ano passado não houve qualquer registo de casos de sarampo. Em 2019 e 2020 foram contabilizados 10, todos importados.

A avaliação do PNV sublinha ainda que um dos grandes desafios do ano de 2021 foi a operacionalização da vacinação com as novas vacinas introduzidas em outubro de 2020, que cumpriu um ano em setembro de 2021.

Na vacina contra a meningite B, foi ultrapassada a meta de 95% para o esquema recomendado aos menores de um ano de idade e mais de 90% terminou o esquema até aos dois anos de idade.

No caso da vacina contra o HPV nos rapazes, o documento refere que, apesar de esta estar ainda no seu primeiro ano, “a coorte de 2011, que iniciou a vacinação em 2021, registou resultados muito próximos dos obtidos no sexo feminino, cuja vacinação foi implementada no ano de 2008”.

A vacina contra o HPV abrange os rapazes nascidos a partir de 2009.

Segundo o relatório do PNV, a vacinação com a 1.ª dose da vacina HPV no sexo masculino registou coberturas de 81% e 79%, respetivamente, para as coortes de 2010 e 2009.

Nestas coortes, “mais de 50% dos rapazes já se encontram completamente vacinados (53% e 56%, respetivamente)” e a coorte que iniciou a vacinação em 2021 (nascidos em 2011), “atingiu a cobertura de 64% no sexo masculino, semelhante à atingida no sexo feminino (68%)”, refere.

“O ano de 2021 foi um ano de grande investimento na vacinação de rapazes contra HPV, nomeadamente nas coortes em repescagem (2009 e 2010), uma vez que em 2020 houve sérios constrangimentos na disponibilidade da vacina a nível mundial. Apesar deste facto, no final de 2021, mais de 50% destes rapazes já tinha a vacinação completa”, explica o documento.

Questionada pela Lusa, a coordenadora do PNV disse que os constrangimentos em relação a esta vacina já estavam resolvidos e que o fornecimento já tinha sido normalizado.

Apesar destes constrangimentos, sublinhou, que “mesmo assim ainda se administraram 34.000 doses em 2020”.

No que se refere ao cumprimento da vacinação de reforço contra o tétano e a difteria ao longo da vida, variou entre 97% de cobertura vacinal na coorte que completou dois anos de idade e 80% na que completou 65 anos de idade.

Sobre a vacinação no adulto, Teresa Fernandes sublinhou: “apesar de tudo são excelentes resultados para adultos porque ao longo da vida as pessoas vão aderindo cada vez menos ao PNV, principalmente porque se vão esquecendo e vão perdendo a noção do risco”.

“Gostaríamos de ter os 95%, mas a verdade é que não temos casos de tétano. O ano passado não houve casos de tétano”, acrescentou, lembrado que “os enfermeiros fazem a vacinação oportunística, aproveitam quando a pessoa vai à consulta e convidam-na a fazer a vacina”.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: HÁ 17 RUAS EM PORTUGAL COM O NOME DE “OLIVEIRA SALAZAR”

As principais figuras do antigo regime, 50 anos após o fim da ditadura em Portugal, mantêm-se presentes em pelo menos 721 artérias do país, de 195 concelhos, sendo que 17 têm o nome de Salazar.

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As principais figuras do antigo regime, 50 anos após o fim da ditadura em Portugal, mantêm-se presentes em pelo menos 721 artérias do país, de 195 concelhos, sendo que 17 têm o nome de Salazar.

De entre estradas, avenidas, ruas, vias, travessas, azinhagas, alamedas, praças, largos, escadas, calçadas, becos, terreiros, pracetas, pontes e bairros, permanecem no espaço público largas centenas de topónimos de protagonistas do Estado Novo, de acordo com a base de dados dos CTT — Correios de Portugal facultada à agência Lusa, embora Humberto Delgado ou Aristides de Sousa Mendes também fiquem como símbolos de resistência na ditadura.

Sobrevivendo à iniciativa de apagar a ideologia e memórias de 48 anos de ditadura, após o 25 de Abril de 1974, pelo menos 17 ruas mantêm o nome de António de Oliveira Salazar, que governou entre 1932 e 1968, primeiro como ministro das Finanças e depois como presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro).

Em Santa Comba Dão, distrito de Viseu, o ditador que nasceu na antiga freguesia de Vimieiro dá nome a avenida (e apelido a escola), em Armamar, no mesmo distrito, destaca-se com outra avenida, praça e travessa, em Castelo Branco e Leiria, com duas ruas, e Ansião (Leiria), Cadaval (Lisboa), Carregal do Sal e Penodono (Viseu), Odemira (Beja), Santo Tirso (Porto), Tomar (Santarém), Vila Flor (Bragança), Vila Nova de Gaia (Porto), na maioria com uma rua cada.

Na cadeira de Salazar sucedeu Marcelo Caetano, último primeiro-ministro do Estado Novo, que se rendeu no Quartel do Carmo na “revolução dos cravos”, com 16 placas, de quatro ruas em Pombal, em distintos lugares ou freguesias, e um beco em Peniche, no distrito de Leiria, duas ruas e largo em Cadaval, avenida e largo na Maia (Porto), largo em Arganil (Coimbra), travessa em Penalva do Castelo (Viseu), e ruas em Rio Maior e Tomar (Santarém) e Cascais e Sintra (Lisboa).

O último Presidente da República do Estado Novo, Américo Tomás, almirante apelidado pelo povo de “corta-fitas”, dá nome a avenida na Covilhã (Castelo Branco), e ruas de Celorico da Beira (Guarda), Ferreira do Zêzere (Santarém), e Cadaval e Loures (Lisboa).

O marechal Francisco Craveiro Lopes, Presidente da República entre 1951 e 1958, figura em 16 placas de duas ruas em Loures e em Odivelas (Lisboa), avenidas em Vendas Novas (Évora), Cascais e Lisboa, e rua em Almeirim, Santarém, Bragança, Castelo Branco, Mirandela (Bragança), Peniche, Ponte de Sor (Portalegre), Santa Maria da Feira (Aveiro) e Vila Nova de Gaia.

O general Óscar Carmona, chefe de Estado entre 1926 e 1951, soma 41 referências toponímicas, de avenidas em Cascais (duas e uma rua), em Chaves (Vila Real), Santa Comba Dão, Tabuaço (Viseu) e Vila Flor, e ruas também nos distritos de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Faro, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém e Viseu.

Carmona dá ainda nome a praças em Alcanena e Entroncamento (Santarém), Castelo Branco e Felgueiras (Porto), a largos em Anadia (Aveiro), Fronteira (Portalegre), Leiria e Odivelas, e uma ponte em Vila Franca de Xira (Lisboa).

O marechal Gomes da Costa, monárquico que foi Presidente da República em 1926, deposto por um golpe liderado por Carmona, possui 35 topónimos, e Carrazeda de Ansiães (Bragança) lidera em número, com duas ruas e uma travessa, seguindo-se Almeirim com duas ruas, ou Nisa (Portalegre) e Portimão (Faro) com uma rua e uma travessa cada.

O nome do marechal está também patente em avenidas de Oeiras, Lisboa, Matosinhos, Vila Nova de Gaia e Porto, assim como em ruas da Horta (Açores) e municípios dos distritos de Beja, Braga, Beja, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Viseu, Santarém ou Setúbal.

O escritor e jornalista António Ferro dá nome a rua e praceta em Cascais, a ruas em Amadora (Lisboa), Matosinhos, Portalegre e Portimão e praceta em Oeiras.

Pelo menos 72 topónimos nos distritos de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Vila Real têm o nome de Duarte Pacheco, engenheiro que foi ministro das Obras Públicas e responsável por projetos como o aeroporto de Lisboa e a Ponte Salazar, rebatizada Ponte 25 de Abril, que liga Lisboa a Almada.

O cônsul português em França Aristides de Sousa Mendes, que concedeu à revelia de Salazar vistos a judeus, que fugiam ao exército alemão nazi, na Segunda Guerra Mundial, regista 63 topónimos nos distritos de Aveiro, Beja, Braga, Bragança. Coimbra, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu.

O general Humberto Delgado, que tentou derrubar o regime salazarista através de eleições, possui 448 topónimos, com destaque para Sintra, com 17 placas em quatro avenidas, nove ruas, duas pracetas e duas travessas, em distintos lugares ou freguesias, seguido de Loures, com 16, dos quais 12 ruas, dois largos e uma praça.

Além da toponímia, figuras do Estado Novo estão ainda presentes na estatuária ou na ponte e viaduto Duarte Pacheco, em Penafiel e Lisboa, respetivamente.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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